sexta-feira, dezembro 23, 2022

Festas Felizes

Para todos e todas que, ao longo do ano, me visitaram desejo um Feliz Natal e um Novo Ano com muita Saúde, Paz e Companhia por aqui! Abraço

quinta-feira, dezembro 15, 2022

Reconstrução

Peço desculpa pela minha ausência que foi, aliás, muito sentida. A propósito da destruição provocada pelas cheias, na zona da Grande Lisbos e na zona de Portalegre, dos milhões de euros perdidos e os que têm de se gastar para repor a vida das pessoas nos eixos, lembrei-me de um documentário que vi, já há algum tempo, sobre a reconstrução de Berlim depois da 2ª Guerra Mundial. Como sabem a cidade ficou destruída mas com milhares de moradores que até dos jardins públicos fizeram hortas para sobreviverem. Primeiro com o auxílio dos Aliados, depois por conta própria, os alemães iniciaram o seu caminho para a normalidade. Só que, imaginem, a requalificação final deu-se em 2010, já no séc. XXI. Agora é só pensar um pouco, começando na Ucrânia, passando pela Palestina e continuando por esse mundo fora!

terça-feira, novembro 29, 2022

50º Aniversário do Chorus Auris

No sábado pude assistir em Ourém a um belíssimo espetáculo que não se cingiu apenas às vozes do coro mas também teve a participação da Orquestra de Sopros de Ourém que fazem parte da mesma Academia ( AMBO ) e ainda à projeção de imagens alusivas à guerra e à paz. No domingo concluímos os festejos num almoço de coralistas, familiares e ex-coralistas como eu. No final o nosso "hino" "Acordai" de Ferando Lopes Graça foi cantado com as condicionantes da sala, da não separação de vozes e da falta de aquecimento vocal. Lamento não ter conseguido introduzir o vídeoa que gravei com a música. Alguém disse e eu subscrevo que quem canta ou cantou junto permanece amigo para sempre. Foi o que senti com tanto beijo e tanto abraço!

quinta-feira, novembro 24, 2022

Leituras

Manuel Lopes, o autor deste livro, nasceu na ilha de S. Vicente, em Cabo-Verde, em 1907. Quando jovem foi estudar para Coimbra mas acabou por voltar à sua terra natal, depois foi para os Açores e, finalmente, fixou-se em Lisboa onde morreu em 2005. No domínio literário como no sociopolítico, procurou demonstrar que o homem cabo-verdiano tinha uma profunda consciência das insuficiências do seu meio hostil por natureza e que não se conformava com isso. No Clube de Leitura onde a obra foi analisada classifiquei-a de horrivelmente bela. Horrível pelo conteúdo que narra o drama vivido na ilha de Santo Antão durante uma seca muito prolongada que originou fome, morte, roubos, assassínios e a maestria genial no uso da língua do ponto de vista formal. Sei que alguns dirão que não querem ler acontecimentos trágicos mas vale a pena conhecer Manuel Lopes como um excelente escritor.

quarta-feira, novembro 16, 2022

Homenagem

Seria completamente descabido da minha parte que não homenageasse José Saramago no dia em que se assinala o seu centenário. Como muitos o fizeram, vou limitar-me a uma frase para não vos cansar. " É necessário sair da ilha para ver a ilha, não nos vemos se não saímos de nós. " José Saramago , in "O Conto da Ilha Desconhecida"

sexta-feira, novembro 04, 2022

Celebrações

Depois de três dias muito bem passados com os meus rapazes, à beira do mar do oeste, com direito à festa do Halloween que não faz parte do meu calendário mas que os miúdos adoram, foi tempo de retorno a casa. O Dia do Bolinho não foi assinalado por falta de presença mas lá fiz a romagem aos cemitérios,no dia 2, evocando os Fiéis Defuntos. Tradição que se mantém na família até não haver mais ninguém que se lembre de quem partiu.

sábado, outubro 22, 2022

Davam Grandes Passeios ao Domingo

É uma curta anarrativa de José Régio, mais conhecido como poeta mas também romancista, ensaísta, dramaturgo, etc. Li esta obra há muitos anos e, embora já não tenha idade nem paciência para repetir leituras, pelo seu tamanho atrevi-me a relê-lo. Encontrei pontos de reflexão, questionamentos, alguma revolta na história da pobre órfã Rosa Maria, recolhida por esmola por uma tia rica de Portalegre, cidade dominada por ricos proprietários e seus filhos em busca de casamentos socialmente aceitáveis. Este livrinho custou-me a módica quantia de 15$00!

quarta-feira, outubro 19, 2022

Livros

Fala-se bastante por aqui de livros, a este propósito deixo-vos com um poema de Manuel António Pina jornalista, escritor, poeta, que nos deixou fisicamente há 10 anos. Para uma leitura mais acessível é só clicar sobre o poema para aumentar a visibilidade.

segunda-feira, outubro 17, 2022

Praia de Outono

E foi uma excelente semana de Verão no Outono português, rodeada de ingleses! Quando não souberem de mim procurem-me junto ao mar, já que vivo em terra seca!

quinta-feira, outubro 06, 2022

Migrantes

E, tragicamente, o Mar Egeu continua a ser a sepultura para centenas de migrantes!

terça-feira, outubro 04, 2022

A Arte da Escrita

" O que não dizemos pertence-nos para sempre. Escrever é jogar com o silêncio, é dizer de maneira indireta, segredos que na vida real seriam indizíveis. A literatura é uma arte da contenção. Contemo-nos como nos primeiros momentos do amor, quando nos vêm à mente expressões banais, declarações inflamadas, que nos forçamos a omitir para não estragar a beleza do momento. A literatura consiste numa erótica do silêncio. O que conta é o que não se diz. Leïla Slimani, in O perfume das flores à noite

sexta-feira, setembro 30, 2022

sexta-feira, setembro 23, 2022

Novo Ano Letivo

Sempre que chega o início das aulas vem-me à memória um conto de Trindade Coelho presente no seu livro "Os Meus Amores" e que reflete as técnicas de ensino da época. Para a Escola No velho casarão do convento é que era a aula. Aula de primeiras letras. A porta lá estava, com fortes pinceladas vermelhas, ao cimo da grande escadaria de pedra, tão suave que era um regalo subi-la. Obra de frades, os senhores calculam...Já tinha principiado a aula quando a Helena entrou comigo pela mão. Fez-se um silêncio nas bancadas, onde os rapazes mastigavam as suas lições e a sua tabuada, num ritmo cadenciado e monótono, cantarolando. E ouviu-se então a voz da Helena dizer para o Sr. Professor, um de óculos e cara rapada, falripas brancas por baixo do lenço vermelho, atado em nó sobre a testa. - Muito bons dias. Lá de casa mandam dizer que aqui está a encomendinha. - Oh! Oh! A encomendinha era eu, que ia pela primeira vez à escola. Ali estava a encomendinha! Trindade Coelho foi um defensor esclarecido e sincero dos direitos do povo com que leal e francamente se identificava. Suicidou-se em 1909, facto que desconhecia. Também eu fui no domingo fui levar as minha duas encomendinhas a Lisboa, ao pai, para o novo início do ano letivo.

sexta-feira, setembro 16, 2022

Monarquias

Há dias, quando passava por um canal generalista, deparei-me com um comentador que se manifestava sobre o papel das monarquias em certos países. Segundo ele, desempenhavam um papel aglutinador, uma espécie de cimento nos países formados por várias nações. Deu como exemplo o Reino Unido, a Espanha e a Bélgica que já se teriam desagregado sem esse tal papel da monarquia. Lembrei-me ainda dos festejos dos duzentos anos da independência do Brasil e da opinião expressa na altura por outro comentador sobre a unidade do Brasil quando passou a República a partir da Monarquia. O território já estava bem coeso nessa altura. Claro que isto são opiniões, como sou republicana não compreendo que haja famílias ungidas por Deus para estarem acima da escolha dos habitantes do seu país para os governarem. Com um novo rei, novos contextos e novos tempos quanto tempo durará o Reino Unido?

quarta-feira, setembro 14, 2022

Jean-Luc Godard

Recorrendo ao suicídio assistido, faleceu ontem Jean-Luc Godard o cineasta franco-suísso da Nouvelle Vague. Foi um dos realizadores dos anos 60 que me marcou como entusiasta do cinema francês. Lembro-me de ter visto: O Acossado, Pedro, o Louco, Jules e Jim, Viver a Vida, Alphaville, entre outros. Agora, fora algumas séries policiais, neste momento está a passar na RTP2 "Salvar Lisa", pouco se ouve falar francês nos vários canais da nossa televisão.

domingo, setembro 11, 2022

sexta-feira, setembro 09, 2022

Folhas caídas

Neste fim/princípio de ciclo tenho a sensação de que o que me sobra em folhas caídas falta-me em palavras!

terça-feira, setembro 06, 2022

Mar

O insustentável peso do ser sobre as águas!

domingo, setembro 04, 2022

Porque hoje é domingo

António Reis foi poeta e cineasta. Nasceu a 27/8/1927 e faleceu a 10/9/1991

terça-feira, agosto 30, 2022

Barcos na noite

Sempre que tiro uma foto deste género me lembro do poema de Manuel da Fonseca: Milhões de barcos perdidos no mar! Perdidos na noite! ................................. ................................ Quem vem acender faróis na costa do mar bravo?! Quem? Estes não estão perdidos mas nada a fazer, é sempre este poema que me ocorre, embora a foto não ajude nada!

sábado, agosto 27, 2022

Mar

Para mim o mar é um livro aberto que vai mudando de página de acordo com as horas do dia, por isso nunca levo qualquer livro para a praia.

terça-feira, agosto 09, 2022

Poeta ou poetisa?

A propósito da morte de Ana Luísa Amaral foi entrevistado num dos canais da TV Carlos Reis, professor, investigador, ensaíta na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Enquanto em roda-pé srugia o termo poetisa e a entrevistadora usava o mesmo termo, Carlos Reis ia falando da poeta. Como foi meu professor há muitos anos e lhe conheço o perfeccionismo fiquei um pouco perplexa. Eu uso sempre poetisa mas sei que poeta não é incorreto. Afinal qual será a melhor opção? Qual é que usam? Ana Luísa Amaral é poeta ou poetisa, qual seria o termo que ela usaria? Nota: o meu blog continua a não aceitar parágrafos, peço desculpa!

domingo, agosto 07, 2022

Fomos às amoras

O mês de julho foi quentíssimo como todos nós sabemos, por isso as férias dos miúdos foram a dar para o caseiro. Ontem lá me decidi a ir até ao campo para apanharmos amoras. Eles ficaram muito entusiasmados mas cheios de pena por não conseguirem chegar aos ramos mais altos e declararam que para a próxima tinham que levar um ancinho para puxarem as silvas. A colheita foi fraca mas as condições no terreno também não ajudaram.

sábado, agosto 06, 2022

Testamento

Morreu hoje Ana Luísa Amaral, escritora e poetisa, tinha 66 anos e foi distinguida no ano passado com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero Americana. Não consegui captar melhor este poema que vem mesmo a propósito deste triste desfecho. Escrevê-lo seria um desatino porque o meu blogue deixou de fazer espaços e parágrafos.

quinta-feira, agosto 04, 2022

Leituras

Com os rapazes comigo ainda vou conseguindo praticar a minha atividade preferida - ler. O primeiro é um ensaio autobiográfico de uma escritora que desconhecia totalmente e que terminei há dias; o segundo foi concluído ontem, pertence à biblioteca dos meus filhos e fui-o lendo à noite com os miúdos já na cama, gostaram muito; o terceiro está na minha mesa de cabeceira e vai-me acompanhando até me dar o sono. O seu autor é um velho conhecido. E assim dei um sinal de vida.

sexta-feira, julho 29, 2022

Banalidades

Estamos a chegar ao fim de julho e eu para aqui pasmada mas lá vou comentando. Já o disse outras vezes e repito, admiro quem consegue ter sempre o seu blog em dia. Até tenho muita coisa para contar mas depois ponho-me a pensar que não tem o mínimo interesse para os meus poucos leitores, daí desisto. Tenho os netos comigo o que também não ajuda...é uma boa desculpa. Para quem está de férias, bonnes vacances.

terça-feira, julho 19, 2022

Fósseis que não são fósseis

Agradeço à Dalma que veio esclarecer a minha ignorância em relação a fósseis. Afinal o que mostrei eram formações calcárias que ela, uma expert em Geografia explicou muito bem. Quanto ao meu silêncio não é apenas devido à habitual indolência mas sobretudo pelos tempos difíceis que se têm vivido por aqui com o norte do concelho em chamas. Do ponto de vista familiar também tem havido algum desassossego mas tudo há de acalmar.

segunda-feira, julho 11, 2022

Fósseis

Sugeriu-me a nossa Teresa Anónima de coração azul que eu postasse os fósseis timorenses que tenho, trazidos pelo meu guerreiro da paz. Não me parecem animais mas são vegetais, por isso seres vivos, e apanhados no mar. Alguém é capaz de opinar sobre o assunto, é que eu sou de Letras e ela também.

sexta-feira, julho 08, 2022

António Lobo Antunes

Sou uma amante de crónicas em geral e das de Antóno Lobo Antunes em particular. Só não percebo como tenho tanta dificuladade em ler os seus romances. Ando há meses com " Até Que As as Pedras Se Tornem mais Leves Que a Água" e só a minha teimosia em levá-lo até ao fim ainda não me fez desistir. Tenho a sensação que o autor escreveu pelo menos três narrativas,cortou-as, colou-as e publicou um romance onde se misturam os horrores da guerra colonial com a matança do porco na aldeia, com uma irmã muito estranha e uma mãe com cancro.

quarta-feira, julho 06, 2022

segunda-feira, julho 04, 2022

segunda-feira, junho 27, 2022

Chama-se Ana

No sábado recebi a visita da minha cunhada mais nova e fui marcar mesa ao restaurante que fica a poucos metros da minha casa. É que ao fim de semana esta santa terrinha enche. A jovem que me atendeu falava um Português correcto mas com uma pronúncia estranha. À 13 lá estávamos e foi a mesma jovem que nos recebeu muito gentilmente. Às tantas perguntei-lhe a nacionalidade, repondeu que era portuguesa. -Então de onde vem essa pronúncia? -Da Alemanha, fui para lá muito pequenina. - Quer dizer que voltou de vez? - Não, como gosto de Portugal e da Alemanha aproveito o que os dois países têm de bom, venho fazer aqui o Verão e depois regresso. - E como se chama? - Ana! Disse tudo isto com um ar felícissimo e nós duas felizes ficámos por não ouvirmos queixas. Que bom haver portugueses jovens e felizes!

sábado, junho 25, 2022

quinta-feira, junho 02, 2022

Não é um gato, é uma gata

Poema inédito de José Luís Peixoto Só conhecia este jovem autor como prosador, um dia destes no programa da RTP2," Nada é como Dante", pela voz de Pedro Lamares fiquei a conhecer este poema. Como sou fã até dizer basta dos felinos, achei graça e aqui está ele com algo de metafórico no interstício de alguns versos, pelo menos eu descortinei isso.

quarta-feira, maio 18, 2022

Palavras ao vento

Poema de João Pedro Mésseder, poeta que desconhecia e que encontrei no livro "Desacordo Ortográfico". Nasceu no Porto em 1957, é doutorado em Literatura Portuguesa do século XX e professor na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. A estranha mancha gráfica decorre do artifício que engendrei para se ver que era um poema.

terça-feira, maio 17, 2022

São rosas

São rosas, senhoras e senhores, são rosas do meu jardinzinho. Nascem cor-de-rosa e vão desmaiando até ficarem brancas como se fossem cabeleira de gente. E como cabelo de gente ondeiam ao sabor do vento. São rosas de Maio!

quinta-feira, maio 12, 2022

Leituras

Abdulrazak Gurnach nasceu em 1948 em Zanzibar. Na década de 60 foi forçado a sair do seu país, então a braços com uma revolução e chegou como refugiado ao Reino Unido. Foi professor de Inglês e de Literaturas Pós-coloniais na Universidade de Kent, em Canterbury onde vive. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2021 " pela forma determinada e humana com que aborda e aprofunda as consequências do colonialismo e o destino do refugiado no fosso entre culturaS e continentes. Entrelaçando História e ficção , Vidas Seguintes é um romance lúcido e trágico sobre África o legado colonial e as atrocidades da guerra, bem como as infinitas contradições da natureza humana." Eu desconhecia totalmente esta guerra iniciada em 1914, coincidindo com a 1ª Guerra Mundial na Europa e tendo como inimigos Britânicos e Alemães a degladiarem-se pela posse de territórios na África Oriental. Desta luta sairam vencedores os Britânicos mas o legado alemão ficou bem vincado nos nativos que aprenderam a ler e a escrever a língua alemã.

segunda-feira, maio 09, 2022

Jarros

O muro acusa a falta de cal, a erva tomou conta de todo o espaço mas debaixo da figueira os jarros floriram. Já a buganvília se esqueceu de o fazer. Os donos continuam ausentes numa residência sénior. Será que para o ano ainda verei os jarros a florirem?

sexta-feira, maio 06, 2022

Desabafo

A mancha gráfica do poema de Manuel Alegre que postei ontem não saiu como poema mas como prosa. O que vale é que os meus leitores não fizeram qualquer reparo. O meu blogue ou o meu computador ou os dois não andam nada certos. Peço desculpa porque ainda por cima não identifiquei o seu autor.

quinta-feira, maio 05, 2022

Dia Mundial da Língua Portuguesa

A Fala Sou de uma Europa de periferia na minha língua há o estilo manuelino cada verso é uma outra geografia aqui vai-se a Camões e é um destino. Vela veleiro vento. e o que se ouvia era sempre na fala o mar e o signo. Gramática de sal e maresia na minha língua há um marulhar contínuo. Há nela o som do sul o tom da viagem. O azul. O fogo de Santelmo e a tromba de água. E também sol. E também sombra. Verás na minha língua a outra margem. Os símbolos os ritmos os sinais. E Europa que não mais Mestre não mais. In Sonetos do Obscuro Quê, 1993

segunda-feira, maio 02, 2022

sexta-feira, abril 29, 2022

Chamava-se Rex

Durante as férias íamos almoçar de vez em quando ao restaurante do parque de campismo que ficava mesmo em frente do nosso alojamento. Num dos dias encontrámos lá um casal com um cão, com uma trela elástica presa numa das cadeiras. Onde há crianças e cães há logo empatia, aproximação. Daí a pouco, usando o inglês, o francês, o espanhol e o português já estávamos em divertido diálogo. Ela era polaco, ela dinamarquesa, perguntei-lhes se estavam no parque e se tinham vindo em autocaravana mas tinham vindo de avião e depois alugaram um carro. Conheciam Portugal de Cascais para baixo, eu disse que conhecia Varsóvia e Cracóvia, ele disse que era de Cracóvia e que tinha tido um restaurante no Bairro Judeu. Entretanto o cão, que se chamava Rex brincava com os meus netos. Perguntei se o cão tinha vindo de avião com eles mas não. Tinham por hábito sempre que iam de férias, ir a um abrigo de animais buscar um cão e passavam com ele as férias. E lá sairam depois de muitos sorrisos e "adeuses", com o cão pela trela como se lhes pertencesse desde sempre e o cão feliz da vida como se eles fossem seus donos. Fiquei a pensar que era uma bela acção dar uma família a um cão durante uns tempos mas por outro lado pensei na tristeza do animal ao ser deixado de novo no abrigo.

segunda-feira, abril 18, 2022

Fim de férias em Espanha

Depois de termos mergulhado no mar, na piscina, de termos passeado, comido, bebido, rido, lido, conversado, enfim, o normal que uma família faz em férias, regressámos a Lisboa no sábado. No domingo ainda almoçámos juntos, depois os meninos foram para casa da mãe até segunda e eu voltei para a santa terrinha. Confesso que durante a semana não pensei na guerra nem no covid e não senti remorsos. Lamento mas, desta vez, fiquei mesmo sem acesso a fotos!

sexta-feira, abril 08, 2022

quinta-feira, abril 07, 2022

terça-feira, abril 05, 2022

segunda-feira, abril 04, 2022

quarta-feira, março 30, 2022

A Mulher do meu Marido



Sou fã da RTP2 onde vejo o telejornal de meia hora e as séries que se seguem.
Atualmente está a passar "A Mulher do meu Marido", série finlandesa que relata os acontecimentos traumatizantes que desabam sobre duas famílias quando um empresário de sucesso morre e essas duas famílias se veem diante de um facto desconhecido, ele tinha uma família em Talin, na Estónia onde estava sediada a sua fábrica e outra em Helsínquia, na Finlândia, dividindo-se entre elas.
As duas mulheres tinham o mesmo marido e os filhos tinham o mesmo pai. A relação entre as duas começa muito mal mas acabam por fazer algum esforço de entendimento para salvarem a herança delas e dos filhos uma vez que ele tinha deixado os negócios muito periclitantes. 
Ainda não terminou mas adivinha-se um caminho árduo até a um final feliz ou pelo menos satisfatório.
Gosto das séries nórdicas pela contenção dos diálogos e das personagens, pelos silêncios prolongados que mostram a luta que se passa dentro delas,  pelo preto e branco das paisagens, pela música. 
È ficção mas não deixa de refletir o real.
Acontece!
 


 

segunda-feira, março 28, 2022

Para dasanuviar


 

Tenho andado a limpar algumas das prateleiras da casa onde se foi acumulando tralha ao longo de mais de 50 anos.

Dar, chamar um alfarrabista, pôr à venda no OLX, contactar vendedores de feiras de antiguidades, tenho pensado em tudo e mais alguma coisa e isso tem-me trazido alguma azia.

Pouca coisa tem ajudado a aliviar este misto de cansaço e de indisposição por isso decidi embrenhar-me na leitura deste livro que nada tem de literário.

É uma história verdadeira que narra a tentativa de um sem-abrigo, a viver numa residência assistida, e toxicodependente em recuperação, a sair do poço sem fundo onde mergulhou.

O discurso é feito na 1ª pessoa e a grande ajuda que ele vai encontrar para sair desse caminho sombrio é um gato que simplesmente o adotou, antes que ele o adotasse.

É um livro reconfortante.

segunda-feira, março 21, 2022

Dia Mundial da Poesia

 Para assinalar este dia escolhi José Saramago, no ano do centenário do seu nascimento.


A Ponte


Vidraças que me separam

Do vento fresco da tarde

num casulo de silêncio

Onde os segredos e o ar

São as traves de uma ponte

Que não paro de lançar


Fica-se a ponte no espaço

À espera de quem lá passe

Que o motivo de ser ponte

Se não pára a construção

Vai muito mais da vontade

De estarem onde não estão


Vem a noite e o seu recado

Sua negra natureza

Talvez a lua não falte

Ou venha a chuva de estrelas

Basta que o sono consinta

A confiança de vê-las


José Saramago, in "Provavelmente Alegria"

quinta-feira, março 17, 2022

Primavera



A glicínia começou a florir, as andorinhas mantêm-se serenas...



e a frésia branca completa a ornamentação do quintalório das traseiras.
A cor e o cheiro já anunciam a Primavera e o tom amarelado da atmosfera desapareceu.

 

sábado, março 12, 2022

O poeta faz-se aos 10 anos


Fui passar uns dias a Lisboa e, na quarta feira, quando seguíamos de carro para jantar num restaurante, ouvi a voz do mais velho dos netos, lá atrás, a dizer:

-Acabei de fazer um poema mas sem rima!

- Então diz lá o poema!

A muito custo lá saiu mas não era bem assim, no entanto foi como ele o escreveu quando chegou a casa.


Adoro a chuva

De noite ou de dia,

Adoro o seu cheiro maravilhoso, 

Tal como o seu som

Calmante.


Nota: Será isto poesia?

quinta-feira, março 03, 2022

Little Shirley Beans



Estou a acabar a leitura da obra de J.D. Salinger, "O Apanhador no Campo de Centeio", em inglês " The Catcher in the Rye."
Holden Caulfield, um jovem de 16 anos, é o narrador na 1ª pessoa e deparamo-nos com alguém que está de mal com o mundo e consigo. Tem um amor especial pela irmãzinha mais nova e decide comprar-lhe um disco que fala das crianças que têm vergonha de sair à rua por estarem desdentadas.
Claro que isto não é o resumo da narrativa, é apenas um pretexto para vos oferecer esta delícia de música e ao mesmo tempo uma homenagem a todas as crianças desdentadas do mundo.
Não me lembro de estar desdentada mas lembro-me de me aborrecer solenemente com os enormes dentes que me apareceram depois!

segunda-feira, fevereiro 28, 2022

IMAGINE






Para contrabalançar!

domingo, fevereiro 27, 2022

A Guerra

 " É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, dos sangues, das vidas, e quanto mais come e consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras."


Padre António Vieira


Já no séc. XVII era esta a visão do Padre António Vieira, imagine-se agora! 





sexta-feira, fevereiro 25, 2022

Primavera antecipada


 E, de um dia para o outro, uma das ameixieiras começou a florir, infelizmente, devo acrescentar.

Precisamos de água como de pão para a boca mas, apesar de tudo, estamos longe do conflito.

Estou triste com as notícias que nos chegam de leste e estou incomodada com o papel dos vários canais da TV a apresentarem-nos a guerra em direto.

Estranhos e dolorosos sinais!

terça-feira, fevereiro 22, 2022

São mais as nozes que as vozes


 

Este ano não foi ano de nozes mas mesmo assim uma das nogueiras, pertença do meu filho,  deu algumas e como não vivo sem nozes, sobretudo no inverno, quando se acabaram comecei a comprar.

Tenho sempre um cestinho com elas no balcão da cozinha e umas vezes vão sozinhas, outras vezes são acompanhadas com figos secos.

Não tenho figueiras por isso são sempre de compra, só que este ano, embora viva ao lado de Torres Novas, terra de figos só os tenho encontrado espanhóis. Diga-se em abono da verdade que são doces mas têm mau aspeto.

E a propósito de nozes lembrei-me daquele ditado popular que diz " São mais as vozes que as nozes".

Aqui por casa, apesar de poucas, são mais as nozes que as vozes, tal não é o silêncio que me rodeia! 

sábado, fevereiro 19, 2022

Séries da RTP2

 Não tenho Netflix mas sou fã das séries da RTP2 que ultimamente têm sido um pouco estranhas, talvez para combinarem com os tempos que vivemos.

A que está agora a dar chama-se "Matar o Pai" e gira à volta de uma família que vive em Barcelona e cujo pai quer que todos sigam os seus conselhos porque são os mais acertados.

Os desentendimentos entre mulher, filhos e ele são contínuos ao ponto de acabar a viver sozinho.

É uma espécie de tragicomédia e não faço a mínima ideia como vai terminar.

Gostaria de ter colocado aqui o seu genérico musical mas não consegui.

Deixo-vos o título se tiverem interesse em procurá-lo e ouvi-lo.

Chama-se "Es un buon tipo mi viejo" e é uma adaptação em espanhol de uma música brasileira de Aldemar Dutra.

Eu gostei!

quinta-feira, fevereiro 10, 2022

Termo


 Hoje a Catarina,  compladoraocidental.blogspot.com, fez referência a este jogo que também me está a divertir.

Não vicia porque só podemos jogar uma vez por dia.

Estou a jogá-lo em Português e em Francês. Ontem consegui fazer o francês mas não o português, hoje consegui os dois com rapidez, temos apenas seis hipóteses para o concluir.

E é mais uma maneira de eu passar o tempo!

Peço desculpa pela imagem mas esqueci alguns passos nas transferências.

segunda-feira, fevereiro 07, 2022

Racionamento da água

A propósito da seca prolongada que está a atingir Portugal, duramente, com os animais sem pastagens, os cursos de água e barragens no mínimo, sugeriu um dos pivots de um dos canais da TV que "nos deixássemos de regar os canteirinhos".
Claro que a prioridade é para os animais, para as culturas mas não disse que os campos de golfe também deveriam deixar de absorver tanta água.
Só que aí cairia o Carmo e a Trindade com os que vivem do turismo, sobretudo no Algarve, a insurgirem-se e com razão. Afinal também eles contribuem para a prosperidade do país.
Não teria sido melhor ter apontado uma lista de ações a implementar nos lares de cada um  que evitasse o desperdício desse bem tão precioso e não se ter ficado só pelos "canteirinhos"?





Como deixar de regar os vasos da janela da cozinha, tirando os malmequeres à Vincent van Gogh chinês?


Se não borrifar os narcisos o que será deles?




E as orquídeas?


E o canteirinho das prímulas?


As vacas, as ovelhas, as cabras precisam de pasto, os campos agrícolas precisam de água, os campos de golfe também e vamos deixar morrer as nossas flores?
Se calhar estou a ser demagógica!