quinta-feira, abril 29, 2010

Samarcanda


Pela primeira vez, desde que frequento há uns anos um Clube de Leitura, vou lá chegar hoje sem o T.P.C. feito. Com isto quero dizer que das 355 páginas li apenas 119.
Foram várias as causas que me levaram a não me motivar para a leitura desta obra tão elogiada por muitos.
Ouvirei atentamente as análises das minhas companheiras e talvez me entusiasme a chegar ao fim.
Se por acaso passar por aqui algum dos simpáticos amigos que me costumam visitar e que já tenha lido esta obra gostaria de conhecer a sua opinião.
Deixo-vos com um poema de Omar Khayym, personagem principal, e que é uma espécie de nota introdutória do livro.


Que homem jamais transgrediu a Tua Lei, diz-me!
Uma vida sem pecado, que gosto tem ela, diz-me!
Se punes pelo mal o mal que eu fiz,
Qual é a diferença entre Ti e mim, Diz-me!

segunda-feira, abril 26, 2010

Rescaldo

Ontem o meu coro, Chorus Auris, participou num concerto inserido num Ciclo de Música Coral, concretamente em Alqueidão da Serra, freguesia do concelho de Porto de Mós.
Além do coro da "casa", Calçada Romana e do nosso, estiveram presentes o Orfeão de Arouca e o Coro Polifónico da Casa do Povo de Tondela.
"Sons entre o Mar e a Serra" era a temática do concerto e, segundo a opinião generalizada do público (modéstia à parte), foi um bom espectáculo com uma qualidade muito equilibrada entre os quatro coros presentes.
Como não podia deixar de ser, além de canções de acordo com a temática de cariz eminentemente popular, também não foram esquecidas as canções de Abril.
Destaco entre outras o "Acordai" ,"Ó Pastor que Choras", "Canto do Livre" de F. Lopes Graça, "Canção da Emigração" com letra de Rosalía de Castro e música de José Niza, "Quando um Povo" de José Barata Moura e "Grândola" de Zeca Afonso.
Faço um balanço muito positivo deste dia. Não li jornais, nem ouvi discursos o que foi bom mas acabei por não assistir, à noite, a um espectáculo com Carlos Alberto Moniz.
É que já não tenho vertigens mas passei a ter um sono tal que, mal cheguei a casa, fiquei a dormir, literalmente,
Nota 1:
A imagem mostra-vos um troço da Calçada Romana (que deu o nome ao coro) existente nesta localidade e que foi percorrido por Nuno Álvares Pereira para chegar ao Campo de S. Jorge na véspera da batalha de 15 de Agosto de 1385, vindo do acampamento de Atouguia das Cabras, concelho de Ourém.
Nota 2:
Os mais atentos já verificaram que estou em mudanças à esquerda. Estas mudanças encontram-se em curso.

sábado, abril 24, 2010

Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação


Sophia de Mello

Nota: Porque amanhã não tenho tempo deixo-vos hoje um poema a lembrar que a cada um de nós pertence a construção de um homem novo...

quarta-feira, abril 21, 2010

Elas não acreditam...

Elas não acreditam que a Primavera tenha chegado, por isso passam o tempo a dormir, em casa...


Mas a Primavera está nos meus lírios roxos, os amarelos ainda não se decidiram abrir...


Na glicínia que até está a perder um pouco do seu fulgor por se sentir muito comprimida num espaço tão estreito...

Nas rosas albardeiras cor-de-rosa, as brancas estão atrasadas e nas flores amarelas cujo nome desconheço, só o meu fiel jardineiro o saberá...
Entretanto o espanta-espíritos pendurado à saída da marquise continua a tilintar.
O que é que ele estará a anunciar?
Chuva?
Que os maus espíritos estão de partida?
Outra coisa qualquer ilegível para uma leiga em espanta-espíritos?



segunda-feira, abril 19, 2010

Fim-de-semana vertiginoso

Depois de ter passado um fim-de-semana vertiginoso, na verdadeira acepção da palavra, quer dizer cheia de vertigens que me obrigaram a passar a maior parte do tempo deitada e daí ter descurado uma data assinalável , hoje ganhei coragem para vos "brindar" com mais um enigma.
Ontem foi comemorado o Dia Internacional dos Sítios e Monumentos Históricos ( não sei se será bem assim o nome do dia...), por isso proponho-vos que façam uma curta rota por três mosteiros beneditinos, todos situados no norte.
E já agora que identifiquem pelo menos um.
As vossas "caretas" mostram bem aquilo que estão a pensar de mim neste momento.
" Se não tem nada melhor para postar esteja quieta e trate das vertigens!"
Para vosso descanso, já marquei consulta na minha neurologista, après on verra...







quinta-feira, abril 15, 2010

Workshop

Ora aqui está um workshop bem original!
Aprender a rir e a sorrir será o objectivo a atingir, ficando os participantes com um diploma e aptos a liderar sessões de ioga do riso, pela "módica" quantia de 250 euros.
Por isso, tristes deste nosso Portugal, tomai uma decisão!
Ide frequentar este curso!
Eu só não vou porque, embora triste, ainda consigo rir e fazer rir quem me rodeia e de graça...

terça-feira, abril 13, 2010

Porque é Abril

Numa rua de um bairro antigo de Lisboa...

sábado, abril 10, 2010

Sapatos de salto alto

Tinha acabado de fazer 18 anos, era Abril e faz amanhã muitos anos, tantos que já lhe perdi a conta, que estreei os meus primeiros sapatos de salto alto.
Eram de verniz preto, abertos atrás e com um lacinho do mesmo verniz à frente.
Tiveram um triste fim estes sapatos que me encheram de vaidade.
Uma noite, já em Lisboa a frequentar a Universidade, numa ida ao cinema para ver " E Tudo o Vento Levou", no velho e saudoso Monumental, ao sair do metro, eu, nada habituada ao caminhar leve e senhoril, enfiei um dos saltos num buraco da calçada, dei um esticão ao pé com toda a força e lá se foi o sapatinho cujo verniz rasgou desde a tira do calcanhar até quase à biqueira.
Entrei e saí do cinema a chinelar de um pé e, como é óbvio, os sapatos ficaram inutilizados.
Na minha memória, sapatos e filme estão na mesma gaveta!
Nota: Esta foi a imagem mais parecida que encontrei na net para legendar o texto.
Em vez das tiras imaginem um lacinho...

quarta-feira, abril 07, 2010

Espécie de enigma...

Quem me visita quase há quatro anos sabe como gosto de água, mar, rios, lagos, fontes, repuxos e sabe que vivo em terra seca...
Sempre que não aguento mais aí vou eu à procura de águas calmas!
A vila ainda estava engalanada...

E alguns barcos também...

Posso abraçar-te? - pergunta um rio ao outro.
Claro! Venham para cá essas águas! Estou sempre à tua espera...
Fácil, não é?
Então onde é que eu fui ontem?
Por favor, finjam que não sabem, mesmo os que sabem!