De carro, da minha casa ao Hospital da Luz é um pulo e tendo estacionamento privado é muito cómodo, só que fica caro esse estacionamento durante umas horas.
Ontem decidi ir de metro, meio de transporte que privilegio em Lisboa, tendo apenas que mudar de linha e correr meia cidade!
No regresso, logo na estação de Carnide, entram na carruagem onde sigo quatro jovens com vários instrumentos musicais e ainda um aparelhómetro que parecia um alti-falante.
Logo que o metro se pôs em andamento, começaram com esta música mas não com esta qualidade como é óbvio e ainda nos brindaram com mais três do género.
Do público não vinha um único sinal de agrado, nem um sorriso.
Eu, que estava de costas para eles, ia lançando uma olhadela de vez em quando, ia balançando a cabeça e sorrindo para a única pessoa que, ao fundo da carruagem, também a virar-se de vez em quando, sorria.
Era um jovem...
Se fosse mais velho tinha-me levantado e tinha-o convidado para dançar!
É que dava mesmo vontade...
No fim, passou um deles com uma pandeireta e recolheu algumas moedas.
Não fui suficientemente generosa para os minutos de prazer que me proporcionaram...
É que andamos tão cabisbaixos!