O seu autor é um jovem nascido em Salvador, Bahia, geógrafo de formação e doutor em Estudos Étnicos Africanos, com pesquisa na formação de comunidades quilombolas no interior do Nordeste brasileiro.
É um romance e ao mesmo tempo um documento histórico sobre a pseudo libertação dos negros que, após esse decreto, passaram a vaguear de fazenda em fazenda em busca de trabalho que não era remunerado e nem tinham direito a construir casa de alvenaria .
Nesse trabalho de sol a sol, de domingo a domingo passariam a trabalhar os filhos de tenra idade e as mulheres.
A condição feminina está bem patente no seu sofrimento mas também numa galeria de mulheres fortes, insubmissas, capazes de enfrentar todas as adversidades.
A magia, a feitiçaria, o encantatório como forma de cultura e de sobrevivência são a única alegria nestas comunidades exploradas até à medula.
Finalmente chega a hora do despertar do direito à verdadeira liberdade com a devida posse da terra, terra essa que faz parte do corpo de cada trabalhador negro.