quinta-feira, março 28, 2013

Feliz Páscoa



Apesar de todos os amargos de boca e do mau tempo, desejo a todos e todas uma Páscoa muito doce!

quarta-feira, março 27, 2013

António Aleixo e não só...

É certo e sabido que, quando damos uma volta pelo interior algarvio, não podemos deixar Loulé para trás.
Assim, mais uma vez, fotografei a escultura de António Aleixo, da autoria de Lagoa Henriques, e aproveito para deixar uma pequena e actualíssima quadra deste poeta popular.




Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
só os burros estão dispostos
a sofrer sem reclamar!



Não é a Ti Anica de Loulé, a tal da caixinha do rapé, mas sim a "Vendedora do Mercado" que se encontra numa das ruas laterais ao mesmo. Esta escultura é da autoria de Teresa Paulino e Pedro Félix, escultores que têm algumas das suas obras localizadas em espaços emblemáticos de alguns municípios algarvios.
Ainda deu tempo para uma visita a uma exposição permanente sobre Duarte Pacheco, o célebre ministro das Obras Públicas do Estado Novo, natural desta terra e que morreu, prematuramente, num  acidente de automóvel quando se dirigia a Lisboa para um Conselho de Ministros.
Esta exposição está patente na casa onde ele nasceu, frente à Câmara Municipal, onde também funciona, no 2º piso, a Assembleia Municipal.
Penso que há dois anos marquei presença por aqui com a visita a Loulé, daí não me alongar muito mais.

segunda-feira, março 25, 2013

Alte

E como já era tempo de desvendar o que já tinha sido desvendado cá estou para agradecer a participação de tantos visitantes...mesmo de alguns que não apreciam enigmas!
Primeiro dirijo-me a quem desvendou o enigma, começando pela Nina que com a palavra "Alte" logo no seu segundo comentário disse tudo...se não fosse a minha jogada para canto, mas a Nina é uma artista da escola do Rui da Bica que chegou tarde mas chegou...
Temos ainda a Teté, a Graça, o Jorge (não habitué), a Laura, a Maria, a Luísa, a Flor de Jasmim, o Carlos Barbosa de Oliveira, a Lilá(s), a Mlu, a Maria Mar e a Catarina.
Segue-se quem tentou ou não chegar lá:
A Justine, a Teresa, a São, a Marina, AC, a MAA e a Mariinha.
A todos e todas repito os meus agradecimentos.
A escultura do post localiza-se na Ribeira de Alte, na aldeia com o mesmo nome no concelho de Loulé, já na serra algarvia. De lá não se vê o mar mas é um local encantador,de uma enorme frescura, cantado pelo poeta altense Cândido de Oliveira.




A Ribeira recebe as águas de duas fontes, a grande e a pequena e esta é a zona da Fonte Pequena!
Havia a jusante desta zona um grupo de jovens alemães a tomar banhos de sol e de água. Também foi o único dia em que não choveu...


Dizem que é uma das aldeias mais preservadas do interior algarvio e uma das mais visitadas por ser tão típica.
A Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, tem um portal manuelino e janelas barrocas mas a sua construção data do século XII, tendo sofrido várias transformações/requalificações ao longo dos tempos.


Esta é a rua fronteira à igreja mas onde não havia as flores tão características das suas ruas.
Azar o meu que escolhi mal!


Finalmente a tal escultura, numa perspectiva um pouco diferente!
É de mármore branco e cinzento da autoria do escultor de Tavira, Vítor Picanço. 
Simboliza a musa da Ribeira de Alte, Naia, nome atribuído pelo poeta, também de Tavira, Emiliano da Costa.
Contudo a ideia inicial seria homenagear as mulheres de Alte que aqui vinham lavar a roupa!
Peço desculpa pelo alongamento, tinha muito mais fotos mas creio ter dito o fundamental.
Há realmente outro Algarve que nada tem a ver com o caos urbanístico do litoral!
Desta vez, como o tempo não dava para esplanar, decidimo-nos por uma tirada na serra algarvia e não nos arrependemos!

sexta-feira, março 22, 2013

Da escapadela ao enigma...


Durante a tal escapadela que demos, viemos até aqui e ficámos bastante agradados com a beleza do local que estava primorosamente limpo!
Agora, já que o Rui da Bica meteu férias de enigmas e com ele não se pode competir, aproveito este intervalo para vos desafiar a dizerem onde fica, o que representa a escultura e quem é o seu autor.
Aceitam-se dicas bem dissimuladas!
E já agora deu para "meter água" - é o seu Dia...

quinta-feira, março 21, 2013

Pirotecnia

Março é um mês rico em efemérides mas, porque fui dar uma escapadela sem computador, lá me passaram ao lado o Dia do Pai, a chegada da Primavera e o Dia da Felicidade inventado este ano não sei bem porquê...
Para dar sinais de vida e para saber notícias vossas aqui fica um poema com o qual pretendo celebrar o Dia Mundial da Poesia.

Pirotecnia

Faço poemas de papel e tinta.
Sou fogueteiro destes artifícios.
Versos...
Girândolas de sonhos e de cilícios
Alinhadas no chão
Das laudas de brancura onde me iludo.
Quando a noite é demais,
E o sol de nenhum modo dá sinais,
Ardem dentro de mim, com lágrimas e tudo.

Miguel Torga

Nota: Uma saudação especial aos fogueteiros de versos que por vezes me visitam!

sexta-feira, março 15, 2013

Recepção calorosa

Quando chegámos à santa terrinha fomos recebidos/as com flores...


...das ameixieiras...


... com um sorriso um pouco amarelo de um canteiro...


...amarelo esse que se prolongava no limoeiro!


A Nina e a Kikas já estavam com saudades da rua e do sol sem ser filtrado por vidros...


Mas a Nocas, que já tem uma certa idade, ficou-se pelo tapete do meu escritório onde o sol batia de chapa!

Nota: Foi uma recepção humilde mas calorosa...
          A todos e todas que por aqui passarem um excelente fim de semana!

segunda-feira, março 11, 2013

Março no bairro...

Apesar da chuva e do vento, as árvores não adiaram a sua explosão de flores!



E os jardins encheram-se de garridice!



Os verdes coexistem com os castanhos...


E até a birra do meu neto, que decidiu sentar-se no chão para não ir para casa, tem o seu quê de primavera!

sexta-feira, março 08, 2013

Mulheres



Entre a apresentação das duas teses sobre o razão da comemoração deste dia, uma localizando-a nos Estados Unidos, outra na Rússia ou deixar aqui a canção "Woman" de John Lennon, ou de falar da enorme discriminação e violência que ainda atingem o género feminino a todos os níveis, em todas as raças e religiões, entre discutir a razão de ser da Lei da Paridade que levou tanta mulher válida às estruturas do poder político mas também levou autênticas nulidades, entre ficar calada porque estes dias já me andam a cansar por não ver grande evolução nas mentalidades, fico-me pela imagem  de mulheres de mãos dadas!
É que de entre as qualidades que temos, como todos os seres humanos têm, penso que temos a enorme capacidade de sermos "cuidadoras" e de sabermos escutar!

terça-feira, março 05, 2013

O meu eu desconhecido...

"As pessoas gostam de usar palavras que não são de ninguém. Todos os dias há milhões de sentimentos, de desejos, de opiniões expressas com palavras forasteiras. Quantas vezes serão os sentimentos a adequar-se às palavras, e não o contrário? Seremos tão parecidos que não precisemos de encontrar palavras que nos sirvam?
Os artistas têm muitos nomes para diferentes azuis, os esquimós têm muitas palavras para diferentes tipos de gelo. Os apaixonados deveriam ter também muitas palavras para "amor": o amor da manhã, o amor do fim, o amor do passado, o amor possível. Todos deveríamos ter diferentes palavras para "eu": o eu que eu sinto, o eu que tu vês, o  eu que eu não sou."

In "No Meu Peito Não Cabem Pássaros" de Nuno Camarneiro

Vou a meio deste livro e esta passagem chamou-me a atenção precisamente pelo período final, o que fala do "eu".
É que eu não sei que "eu" sou e nesse caso precisaria de uma palavra para nomear o "eu" que desconheço!
E desse lado, será que também há gente que se desconhece?
Admiro a segurança com que tantos e tantas falam de si!
Serei um caso patológico?

domingo, março 03, 2013

Também lá estive...

Estive lá porque precisava de cantar, gritar, bater palmas, exprimir de todas as formas a minha revolta contra a política da tesourada!
Foi uma espécie de catarse!



Este foi o jovem animador do "sector" onde, felizmente, me integrei com dois casais amigos encontrados por acaso.
Conseguiu manter-nos a cantar, a saltar, a gritar até chegarmos ao Terreiro do Paço.
De uma enorme energia que a todos contagiou.


E nem o homem das castanhas falhou!
Há que aproveitar as oportunidades.


Caía a tarde quando um mar de gente desaguou junto ao Tejo e finalmente cantámos com todo o ânimo "Grândola".
E continuava gente a entrar na Praça vinda da Rua do Ouro...


Se valeu a pena?
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"!

sexta-feira, março 01, 2013