O seu autor é um jovem nascido em Salvador, Bahia, geógrafo de formação e doutor em Estudos Étnicos Africanos, com pesquisa na formação de comunidades quilombolas no interior do Nordeste brasileiro.
É um romance e ao mesmo tempo um documento histórico sobre a pseudo libertação dos negros que, após esse decreto, passaram a vaguear de fazenda em fazenda em busca de trabalho que não era remunerado e nem tinham direito a construir casa de alvenaria .
Nesse trabalho de sol a sol, de domingo a domingo passariam a trabalhar os filhos de tenra idade e as mulheres.
A condição feminina está bem patente no seu sofrimento mas também numa galeria de mulheres fortes, insubmissas, capazes de enfrentar todas as adversidades.
A magia, a feitiçaria, o encantatório como forma de cultura e de sobrevivência são a única alegria nestas comunidades exploradas até à medula.
Finalmente chega a hora do despertar do direito à verdadeira liberdade com a devida posse da terra, terra essa que faz parte do corpo de cada trabalhador negro.
Todas as sínteses literárias que fazes, me deixam uma enorme vontade de ir a correr, para a Livraria mais próxima...tal é a tua capacidade para nos despertares a curiosidade e a atenção.
ResponderEliminarGosto muito de histórias do tempo em que o povo negro foi alforriado e teve de enfrentar uma luta tão, ou mais, feroz do que a submissão da anterior subserviência.
Muito eu gostaria de encontrar o livro que li há muitos anos: "Mandingo", para o reler e renovar todas as emoções sentida, então.
Este falava sobre a escravatura nos EUA e de como os homens mais fortes daquela etnia - e eles chamavam raça, como se se tratasse de gado - eram postos ao serviço da reprodução.
Há que não deixar morrer o sacrifício e a luta destes seres humanos que, infelizmente, ainda hoje lutam pelo seus direitos.
Desculpa a extensão do comentário e, especialmente, o desvio que fiz ao teu postal.
Um abraço, bom fim-de-semana.
Querida Janita
EliminarGostaria de ter dito mais mas não gosto de me alongar para nao cansar.
Acrescento que do ponto de vista vocabular introduz-nos na fauna, flora e até objectos totalmente desconhecidos de nós, portugueses.
Uma delícia dolorosa!
Abraço
Pela resenha, acredito que seja um livro com uma narrativa muito bela de ler.
ResponderEliminar.
Bom fim de semana … abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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É mesmo, Ryk@rdo!
EliminarAbraço
Parece um livro de muito interesse, embora, neste momento, não seja um tema sobre o qual vá ler.
ResponderEliminarOntem, por coincidência, acabei de ler dois livros e hoje vou começar mais dois, sendo um deles o novo livro do neurocirurgião americano Sanjay Gupta: “Keep Sharp: Build a Better Brain”.
Li a tradução do título como: “Mantenha-se Afiado: Como construir um cérebro melhor em qualquer idade”.
: )
Ler é uma boa maneira de termos o cérebro bem atinado! 🤣
EliminarAbraço
Se o meu cérebro não continuar a ser atinado, não será por falta de leitura. : ))
EliminarAlgumas das minhas amigas jogam Scrabble ou Sudoku todos os dias. Ontem, a minha amiga das caminhadas disse-me que para além do Scrabble começou a dedicar-se à pintura por números. Escolheu uma pintura de Van Gogh. Creio que também vou experimentar... como um desafio à minha paciência e dedicação e persistência. : )
Essa da pintura por números parece-me interessante, vou ver se encontro.
EliminarEu tenho pintado desenhos complicados mas sou eu a escolher as cores e nem sempre ficam famosos. 🤣
Abraço
Deve ser muito interessante.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Eu gostei muito!
EliminarAbraço
Devagarinho muito devagarinho vou regressar com a energia de sempre.
ResponderEliminarEstou a acabar de ler "A Visita da VeLha Senhora" de Friedrich Dürrenmatt para o próximo encontro do "Circulo Literário". Foi um dos primeiros livros que li na aula de alemão.
TERESA PALMIRA HOFFBAUER
Que bom, querida Teresa.
EliminarSê bem vinda!
Abraço