De carro, da minha casa ao Hospital da Luz é um pulo e tendo estacionamento privado é muito cómodo, só que fica caro esse estacionamento durante umas horas.
Ontem decidi ir de metro, meio de transporte que privilegio em Lisboa, tendo apenas que mudar de linha e correr meia cidade!
No regresso, logo na estação de Carnide, entram na carruagem onde sigo quatro jovens com vários instrumentos musicais e ainda um aparelhómetro que parecia um alti-falante.
Logo que o metro se pôs em andamento, começaram com esta música mas não com esta qualidade como é óbvio e ainda nos brindaram com mais três do género.
Do público não vinha um único sinal de agrado, nem um sorriso.
Eu, que estava de costas para eles, ia lançando uma olhadela de vez em quando, ia balançando a cabeça e sorrindo para a única pessoa que, ao fundo da carruagem, também a virar-se de vez em quando, sorria.
Era um jovem...
Se fosse mais velho tinha-me levantado e tinha-o convidado para dançar!
É que dava mesmo vontade...
No fim, passou um deles com uma pandeireta e recolheu algumas moedas.
Não fui suficientemente generosa para os minutos de prazer que me proporcionaram...
É que andamos tão cabisbaixos!
Já fui presenteada também com esse tipo de musica, no metro também, e eu acho que com mais ou menos qualidade, é arte.
ResponderEliminarBeijinho e bom domingo
Ana
Uma canção que agrada sempre e que parece nunca estar fora de moda!
ResponderEliminarQuanto à tua generosidade de certo os jovens músicos ficaram satisfeitos com o teu sorriso que disse mais que o teu contributo pecuniário.
Quando fui à baixa no outro dia, tb de metro, numa das estações estavam dois senhores com aspeto de terem mais de 60 anos a tocarem guitarra e muito bem.
Se mexeu connosco, já valeu a pena.
ResponderEliminarUm bom domingo, Rosa!
Beijo :)
ResponderEliminarMuito sinceramente, penso que esta música, mesmo que com algumas desafinações, nunca deixará de nos dizer alguma coisa.
Beijinho
Laura
São momentos como esse que descreves que eu chamo os fulgores de felicidade! Mudam-nos o humor e dão-nos força para enfrentar os problemas!
ResponderEliminarPena que aconteçam tão pouco...
Querida Rosinha, eram jovens cultos, pois esta música já e mais do "nosso tempo".
ResponderEliminarE só tu e um jovem é que sorriram? Ai, ai esta crise que deixa as pessoas tão tristes e amargas!!
Beijinhos, uma boa noite de Domingo e obrigada pela partilha. :)
talvez o teu sorriso para eles fosse mais valioso do que a contribuição, eles sentiram que não foste indiferente nem à sua presença nem à sua arte!
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
" pago" sempre esses prazeres, tal como quando paro para admirar um " homem estátua" quer em Portugal quer "...por aí"!
ResponderEliminarNo metro de Lisboa nunca vi, mas em Madrid esses cantores improvisados são mato, não só no metro como junto a esplanadas ou em jardins. O que não admira muito, dada a alta percentagem de desempregados em Espanha... ;)
ResponderEliminarAbraço
Já tenho apanhado várias vezes músicos no Metro, mas nem sempre são agradáveis.Principalmente da parte da manhã...
ResponderEliminarNo entanto, obviamente que respeito quem anda ali a tentar ganhar uns tostões que lhe suavizem a fome.
Abraço
Já fui "presenteada" muitas vezes com momentos assim no metro e gosto muito...já dei moedas, uma vez talvez por estar acompanhada, até bati palmas, sorrir sorrio sempre, quanto mais não seja pelo bom momento que nos proporcionam :)
ResponderEliminarAbracinho :)
Outro dia no Chiado tambem apanhei uma banda que me proporcionou uns belos minutos de prazer dei um euro e senti que tinha ficado a dever, o prazer que eles me deram não teve preço.
ResponderEliminarComo anda sisudo o nosso povo, para não ser capaz de sorrir como tu e o jovem fizeram!:(
ResponderEliminarAquele abraço (sorridente), Rosinha!
Não fico indiferente a este tipo de artistas, são eles muitas das vezes que ajudam a colorir os nossos dias.
ResponderEliminar"Rosinha", permita-me este gracejo: - solta a dançarina que há em ti! Quem sabe se não choveriam mais moedas...
:)
Uma ternura de texto
ResponderEliminarfulgurante texto...
ResponderEliminarexacto. sensivel. oportuno
Em Faro não há metro, mas é frequente a presença desse género de artistas na principal rua de comércio da cidade. Não deixa de animar quem passa.. apesar de muitas vezes as pessoas passarem com total indiferença.
ResponderEliminarHavia muitos exemplos em Madrid, estranha forma de vida...mas bela, muito bela!
ResponderEliminarhttp://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt/
Deve ter sido bem especial :)
ResponderEliminarJá fiquei a ouvir grupos ou músicos solitários na rua, mas ainda não tive a sorte de os apanhar também no Metro :)
um beijinho
Aqui, em Ourém, anda, de vez em quando, um senhor já com alguma idade a tocar clarinete, pelas praças e jardins. Já tenho ido atrás do som para o ver e ouvi-o uma vez recusar delicadamente uma moeda: a intenção, disse, é alegrar as pessoas e fazê-las mais felizes! Nos transportes nunca me aconteceu e bem gostava!
ResponderEliminarUm abraço.
eheheh... Ah! Só agora, depois de ver de que música se tratava é que compreendi o não pretenderes dançar com um jovem e preferires um mais velho ! rsrs
ResponderEliminarDe facto os jovens não devem fazer a mínima ideia de como se deve dançar isto ! :)))
Quantas vezes a dancei e que maravilha ! rsrs
É como dizes. Nos tempos que correm sabe bem ouvirmos destas coisas !
Um tema concorrente, que sempre agrada, e que efectivamente convida a dançar. Gosto.
ResponderEliminarAbraços
Como tu és clarividente, Rui da Bica!
ResponderEliminarIa dizer isso mesmo!
O jovem não saberia dançar esta música "à maneira"! :-))
Abraço
Que original! Como não tenho a sorte de ter morada em Lisboa, estou afastada desses mimos urbanos. Que pena as pessoas não reagirem! Somos assim: uns mongos! E nada tem a ver com a crise. Somos desconfiados, encafifados e temos um medo incrível do ridículo! Uns tristes!!!
ResponderEliminarBeijinho