Para assinalar este dia escolhi José Saramago, no ano do centenário do seu nascimento.
A Ponte
Vidraças que me separam
Do vento fresco da tarde
num casulo de silêncio
Onde os segredos e o ar
São as traves de uma ponte
Que não paro de lançar
Fica-se a ponte no espaço
À espera de quem lá passe
Que o motivo de ser ponte
Se não pára a construção
Vai muito mais da vontade
De estarem onde não estão
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
Talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono consinta
A confiança de vê-las
José Saramago, in "Provavelmente Alegria"
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBem escolhido!
ResponderEliminarAbraço
Hoje é também o dia das árvores 🌳 tão silenciosas como belas.
ResponderEliminarOfereci a todos os membros do Círculo Literário o único livro de poesia de José Saramago na língua alemã. Não há pontes entre os povos, somente conflitos.
Abraço 🕊
Por não haver pontes é que escolhi este poema, querida Teresa.
EliminarAbraço
Compreendi isso, Leo, apenas quis confirmar.
EliminarAbraço da amiga com a mente um tanto desarrumada … e desta vez a culpa não é do champanhe 🥂
O que eu gosto da Poesia de Saramago...!
ResponderEliminarExcelente escolha, Leo, excelente.
Abraço.
Que a ponte seja construida...~
ResponderEliminarGostei do poema e do que simboliza!
Beijinho, boa semana
Sim, hoje Dia da Poesia. Quase que me esquecia.
ResponderEliminarE eu gosto de Poesia.
Obrigada, Rosa dos Ventos, por trazer Saramago neste
dia com este poema tão belo.
Beijos
Olinda
Se não somos nós a construir pontes
ResponderEliminarcomo poderão elas existir?
Boa escolha!
A minha será outra...
...e será surpresa
Abraço
Uma excelente escolha. Gosto imenso da Poesia de José Saramago.
ResponderEliminarAbraço, saúde e boa semana
Continuo a preferir a sua prosa! Mas, que se comemore SEMPRE, o Dia Mundial da Poesia!
ResponderEliminarSensacional! A gente lança olhares no espaço como se lançando pontes, buscando o que está do outro lado.
ResponderEliminarUma boa escolha. :)
ResponderEliminarQue maravilha.
ResponderEliminarQue hajam sempre pontes a unir os homens.
Excelente partilha.
Saramago merece.
Brisas doces *