sexta-feira, dezembro 31, 2010

120


Este é um post  apenas para chegar aos 120 neste 2010 que agora termina.
Aproveito para lembrar que, com este mau tempo, não convém sequer chegar aos 120 nas auto-estradas.
Ontem, razões pouco agradáveis obrigaram-me a andar na A1 debaixo de uma chuva torrencial, quase sem visibilidade. Pois não imaginam a quantidade de carros que me ultrapassou a uma  velocidade louca!
Já deixei os meus votos de boas entradas no post anterior e agora reforço esse desejo!
Se se deslocarem de carro sejam muito prudentes!

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Cortar o Tempo


Talvez seja o último post deste ano, por isso desejo a todos os que por aqui passarem um ano de 2011 cheio de Saúde, Trabalho, Alegria...e Paciência!

domingo, dezembro 26, 2010

Foi do melhor...




"Eles" passaram estes dias em casa, a lareira esteve sempre acesa e houve o dobro de colos para dormirmos uma soneca.
Por acaso a fotógrafa apanhou-nos sempre no sofá...

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Mal nos conhecemos...


Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra Amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca.
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão.
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O´Neill


Nota: Sei que não é esta a mancha gráfica do poema mas atrevi-me a alterá-la...

Com os votos de Festas Felizes e um ano de 2011 com Saúde, Trabalho e Harmonia para todos os que passarem por aqui!

domingo, dezembro 19, 2010

Zeca Afonso - Canção de Embalar



Para todos os meninos de suas mães que adormeceram para sempre!

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Dia de rosas...

Vivendo num planalto serrano, quando o coração me pede água nada como partir em direcção ao mar, sobretudo se o dia nasce radioso como o de hoje.


Depois do almoço que foi em local agradável do ponto de vista gastronómico mas nada fotogénico dirigimo-nos aqui...


Mergulhámos o olhar  neste mar, respirámos fundo...


Continuámos pelo pinhal, parámos noutra praia...


E encontrámos este bando de gaivotas em plenário.
Não deu para perceber qual era a ordem de trabalhos.

Nota: 
Se eu tivesse um milésimo da sensibilidade e criatividade de Sophia teria feito um poema a cheirar a maresia mas como sou uma prosaica, deixo-vos apenas com este simples apontamento de um  dia de rosas...

domingo, dezembro 12, 2010

Natal e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio, 
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.


Entremos dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro duma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Mais um enigma literário

Nos comentários ao enigma literário que postei há uns dias apareceram incentivos no sentido do aparecimento de outros.
Assim e motivada pela temática natalícia da Catarina aqui fica mais um:

"Não havia mentido a grande cintilação das estrelas na noite de Natal.
 A manhã do dia seguinte correspondeu ao augúrio meteorológico, rompendo pura e desenevoada, com um céu azul sem manchas, e um sol de fundir os gelos dos montes e os gelos da velhice.
 O frio intenso convidava a sair, e desde pela manhã aldeões de ambos os sexos, de camisas lavadas e roupas domingueiras, atravessavam os campos, saltavam sebes e cancelos, desembocavam das azinhagas e quelhas na direcção da  igreja matriz, onde se deviam celebrar as festas da Natividade.
 Era dia santo entre os que mais o são; e os dias santos na aldeia têm uma feição solene e festiva, que mal avaliamos nós, os que passamos a vida nos apertados horizontes das cidades, fantasiando o campo por meia dúzia de pardais que chilreiam ruidosamente nas copas das enfezadas árvores das nossas praças e jardins. "

Quem escreveu este texto e como se chama a obra de onde foi retirado?


segunda-feira, dezembro 06, 2010

Gabriel's Oboe - Coral Arte Viva de Bauru



Esta é a peça que andamos a ensaiar para "estrearmos" no Concerto de Natal da Associação a que pertence o Chorus Auris e ainda estamos inseguros...

domingo, dezembro 05, 2010

Chove!

Chove...




Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu.




Chove...




Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.




José Gomes Ferreira

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Quando Dezembro entra...

Quando Dezembro entra tenho vontade de fazer como as minhas gatas, enrolar-me num cestinho e deixar passar o tempo...
Talvez um dia faça as pazes com este fatídico mês mas vamos lá aliviar porque hoje até está um belo dia para um enigma.
Onde fica, como se chama e qual a função actual deste edifício?
Estou disposta a responder a todas as questões indirectas...

terça-feira, novembro 30, 2010

No 75º Aniversário da Morte de Fernando Pessoa

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.




Por que tão longe ir pôr o que está perto - 
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este é o momento, isto
É quem somos, e é tudo.




Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.

In "Odes" de Ricardo Reis

quinta-feira, novembro 25, 2010

Lareira


Na sala silenciosa ergue-se o cheiro da enorme cozinha da avó e, subitamente, o silêncio é estilhaçado pelas gargalhadas que dávamos no pátio! 

terça-feira, novembro 23, 2010

Esclarecimento do enigma

Como iria ficar muito alongado se fizesse um esclarecimento em forma de comentário, optei por um novo post.
Informo mais uma vez que foi a minha amiga Kinkas que me sugeriu o enigma.
Posto isto tenho a dizer que:
O primeiro visitante, AC, foi o máximo, acertou logo na "mouche".
O Rui da Fonte, amante de enigmas, deixou pistas bem visíveis e por mail, costumo usar este recurso com ele quando sou das suas primeiras visitantes e tenho a certeza da resposta, apontou o nome do autor e do conto.
A Isa GT, também habituada a estas "cenas", deixou um ambíguo pp. e a f., sugerindo o nome do conto.
A Goiaba disse que sabia mas não deixou qualquer indício...
A Catarina e a Carol, como era mais do que natural, apontaram para Sophia de Mello.
De facto, as semelhanças de estilo neste pequeno extracto são notórias e induziam em erro...
E agora vamos à solução final, passe a redundância, embora haja soluções provisórias que não vêm ao caso.
O seu autor é Máximo Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksmivich Peshokov, e o conto de onde foi retirado o extracto intitula-se "O Jovem Pastor e a Fadazinha".
Este conto e ainda outros dois "O Avô Arkhip e Lionka" e "Na salina" foram editados pela Quasi e distribuídos gratuitamente com um jornal diário num pequeno volume com o título "Três Contos".
Confesso que, tendo embora uma volumosa colecção de 11 tomos da obra de Máximo Gorki, do tomo V que contém 23 dos seus contos não consta esta triologia. Creio que foram publicados por volta de 1908.
Agradeço à Kinkas a sugestão do passatempo e se algum leitor quiser acrescentar algo ou corrigir alguma falha é bem vindo.

sábado, novembro 20, 2010

Desafio literário

Para variar um pouco os meus enigmas e ajudada pela minha amiga Kinkas que não tem blog mas devia ter, deixo-vos com o extracto de uma obra  para identificarem a sua autoria.

      "Na floresta viviam elfos, fadas e velhos gnomos, sábios, que tinham construído sob raízes palácios onde meditavam acerca da vida e de todos os outros assuntos em que convém meditar para se ser sábio.
(...) Era também naquela floresta que habitava a velha rainha das fadas com as suas quatro filhas; a mais jovem era a mais alegre, a mais bela e a mais audaciosa. Era muito pequena e a cabeça delicada, coberta por uma onda de anéis prateados parecia uma flor de lis, amplamente desabrochada.
Percorria a floresta durante dias inteiros; quando se sentia fatigada sentava-se nos ramos de uma velha faia que se erguia perto da orla(...) Era o seu lugar preferido; dali, através da cortina espessa de ramos verdes e perfumados que, como o mar, ondulavam ao menor sopro de vento, via a imensidade infinita de(...)
(...) Sentava-se no alto dos ramos, o vento balançava-os amenamente, e ela cantava, sob a carícia do sol, a felicidade de ser fada e viver numa velha floresta sombria.
      Era amada pelos pássaros, pelas borboletas e por todos os que com ela viviam; era feliz, muito feliz!"

?

segunda-feira, novembro 15, 2010

Andorinhas



Todas partiram há muito!
Todas menos estas que ficaram ao abrigo da folhagem da parreira. Mas, aos poucos, as parras foram ganhando aquele tom dourado incandescente que antecede a queda e a parreira está quase nua...
Irão elas aguentar a chuva, o vento, o frio sem partir?

terça-feira, novembro 09, 2010

Nat King Cole - quizás, quizás, quizás (subtitulado)

Porque continua a chover e apetece-me dançar!

segunda-feira, novembro 08, 2010

Aqui dentro...

Aqui dentro ouço o vento soprar e o espanta-espíritos que, pendurado nas traseiras, tilinta sem parar.
Espreitando por qualquer uma das janelas, vejo os ramos das árvores a agitarem-se num enorme desassossego e  as folhas que vão caindo e cobrindo o terraço com um tapete castanho-dourado. A chuva deixou gotas cristalinas nas folhas que ainda resistem.
Sou uma privilegiada!
Não preciso de sair e de sentir na pele este tempo desagradável.
Dele só capto o melhor - o som do vento, o tilintar do espanta-espíritos, o movimento das folhas que tombam e dos ramos que se agitam, o chão a mudar de cor e as gotas transparentes que, trémulas, não sabem se hão-de soltar-se em lágrimas ...

sexta-feira, novembro 05, 2010

À minha Mãe que faria hoje anos...

De há uns tempos para cá, quando me olho ao espelho, não me vejo a mim...vejo-te a ti, minha Mãe!
Se sorrio, tu sorris...
Se não consigo conter as lágrimas, tu choras...
Pois vou deixar de olhar para o espelho quando estiver triste!
É que não te quero ver chorar, minha Mãe!

sábado, outubro 30, 2010

Chove Chuva



Com o desejo de um bom fim-de-semana!

quarta-feira, outubro 27, 2010

Igualdade do Género







Esta imagem é a ideal para promover a igualdade do género desde a mais tenra idade!
As meninas Carochinhas servem para varrer a cozinha!

domingo, outubro 24, 2010

FAZ ARTESANATO 2010

Promovido pela Junta de Freguesia de Fátima está a decorrer hoje e amanhã uma Feira de Artesanato.



Quem faz um cesto, faz um cento!


Amostragem de rodilhas...


Eu fiz esta...


E posei para a foto com um cântaro vazio à cabeça!


Bonecos feitos com uma técnica mista - barro, arames e malha...

terça-feira, outubro 19, 2010

Caminhos de Outono


Com o Outono a mostrar-se tal como eu gosto, folhas douradas atapetando o chão, céu azulinho e um sol capaz  ainda de nos aquecer, não há como percorrer estes caminhos de terra batida onde o silêncio reina e nem se ouvem os nossos passos...
São os meus caminhos de solidão mas não de tristeza!

sexta-feira, outubro 15, 2010

Tempo de enigma

Como tenho andado arredada de enigmas deixo-vos aqui um muito fácil!
Não por falta de assuntos bem "interessantes" mas para não entrar em "ínvios" caminhos que tenho evitado neste modesto blogue...


Onde fica e a quem pertenceu esta mansão?

quarta-feira, outubro 13, 2010

Enquanto eu dormia...

Este foi o breve texto que escrevi de manhã no meu facebook:

Enquanto eu dormia, no deserto de Atacama um milagre acontecia.
O milagre do espírito de equipa, da solidariedade, da esperança, da fortaleza de espírito e da técnica.
Todo o Povo Chileno está de parabéns!

Neste momento acabou de subir o 17º mineiro, o milagre continua a desenrolar-se com o mundo de olhos postos no Chile.
Hoje não chove em Santiago!

terça-feira, outubro 12, 2010

Nunca digas "jamais"!

Ainda há relativamente pouco tempo eu comentava em posts que "jamais" eu iria entrar numa de facebook...
Pois tenho a declarar que, pela boca morre o peixe (e eu até sou Peixes), não tenho feito outra coisa ultimamente.
Eu que julgava ter poucos amigos já ultrapassei a centena!
É obra!
Claro que estou a brincar, sei perfeitamente que a maior parte não são amigos mas simples conhecidos.
Contudo, foi assim que encontrei uma amiga de infância que casou com um espanhol e da qual nada sabia há mais de uma vintena de anos. Vive agora em Barcelona...
Só por isto valeu a pena!

domingo, outubro 10, 2010

Em Barcelos outro galo canta...


À entrada do Turismo


Lá dentro há uma enorme variedade de galos e de outros objectos de olaria.
Tem uma óptima apresentação esta loja inserida no espaço do Posto de Turismo e um atendimento de grande qualidade.




sexta-feira, outubro 08, 2010

Só para postar qualquer coisa...

Estou a ver que tenho de ir de barco para Ourém...
Hoje há ensaio e com as faltas que já dei tenho "a matéria" bastante atrasada, por isso lá terá que ser!
Andamos a ensaiar um "Glória" que nem daqui a um ano eu o saberei.
Se o quiserem ouvir é só ir a Cant´Auris, depois dirão de vossa justiça.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Cansaço


Não quero, nem posso porque não sei parafrasear Álvaro de Campos mas o que sinto é sobretudo cansaço.
Não disto ou daquilo mas sobretudo de mim, deste frio que me envolve, desta chuva miudinha, deste horizonte tapado!



sábado, outubro 02, 2010

Maratona Fotográfica II

Estas são algumas das fotos que não seleccionei...


Com eira e com beira...


Entrada franca...


Alta segurança...


Uma das torres do Paço do Conde de Ourém

Maratona Fotográfica

Hoje, com a minha modesta máquina digital e as minhas limitadas técnicas de fotógrafa abaixo de amadora, irei participar numa Maratona Fotográfica promovida pelo Departamento de Educação e Cultura do Município de Ourém.

Este é um dos troços da calçada medieval existente na base do castelo (ou talvez mesmo romana) que visitei no sábado passado e que deu origem ao famoso assalto.
Ainda pensei desistir, devido à semana "negra" em busca da mala roubada ou de algum documento, bem como do início do processo de obtenção de novos documentos mas acabei por me decidir a ir. Ver como é para contar como foi é o meu objectivo.
Afinal nunca participei num evento destes...
Em todo o caso não vou perder o meu carrito de vista!

quinta-feira, setembro 30, 2010

Porque é 5ª feira em Barcelos...


Há galinhas misturadas com marmelos e uma nesga de castanhas!

Gatinhos a pedirem que os levem e eu para ali cheia de pena deles...

Maçãs que são uma tentação...
Não me admira que o Adão não tivesse resistido!

Roupa para todas as carteiras, sobretudo para as menos abonadas.


Nota: O painel melhorou mas está com alguns problemas - as imagens já não entram com a ordem do costume e a lentidão é tal que tive de desistir das fotos da espectacular cidade de Barcelos!
Logo vai...

quarta-feira, setembro 29, 2010

Duplamente burra...

Já desabafei em alguns blogues mas vou tentar em poucas palavras contar mais uns desaires meus.
No sábado, dia 25, por ter a mania de gostar de castelos, pelourinhos, pontes romanas, calçadas medievais e afins fui visitar as calçadas medievais que se situam no sopé do castelo de Ourém, integrada num grupo.(1º sinal de burrice,devia era ter ficado em casa a dormir).
Às tantas, no último troço, deixámos os carros num parque de estacionamento e eu, "cautelosamente", deixei a mala no porta-bagagens sem nada à vista.(2ª sinal de burrice, nada fica seguro dentro de um carro, mesmo que não esteja à vista)
No regresso, nove dos carros tinham sido vandalizados e assaltados, entre eles o meu, como é óbvio.
Fiquei sem um único documento pessoal, sem cartão de crédito, sem vinte e poucos euros, sem chaves de casa, sem óculos para ler, sem os documentos do carro e sobretudo sem uma fotografia de um valor afectivo incalculável!
Todos os outros perderam bens semelhantes, alguns mesmo ficaram com os vidros partidos.
Já apareceram alguns documentos sem grande importância, eu também já encontrei um de um outro elemento do grupo e pouco mais.
Resultado - fechaduras novas em casa, provisoriamente o carro abre e fecha, o problema do cartão de crédito também já está resolvido bem como o cartão de cidadão.
Estou cansada, sinto-me burra e ainda tenho a acrescentar que dei qualquer volta esquisita ao painel das postagens e desapareceram praticamente todos os ícones - não há imagens, não há vídeos, não há cores, não há "alinhamentos"...
Enfim, uma tristeza!
Tenho dito!

quinta-feira, setembro 23, 2010

quarta-feira, setembro 22, 2010

Antes que o Outono comece...

Aqui fica uma breve reportagem fotográfica de parte das minhas mini-férias.

Quem se lembraria de vir passar oito dias aqui?

Onde há azul, verde e sobretudo crianças felizes com espaços para correrem, brincarem, caírem e não se magoarem...

Onde a cana é deixada, ali, o dia inteiro como se, também ela, estivesse a gozar da paz desta praia quase vazia, de um mar calmíssimo, de um azul só ligeiramente mais escuro do que o do céu, uma água "algarvia", uma brisa suave...

Onde se caminha ao lado e por cima do rio...

Que se espraia feito prata na foz...

E onde surgem ilhéus de gaivotas...

E onde, um pouco mais a sul, vês os moinhos da Apúlia...

Pois é verdade! Escolhi mesmo Esposende e acertei!

terça-feira, setembro 21, 2010

Da Educação em geral...

No regresso de Serpa passei pela Vidigueira onde visitei o Museu Municipal que é de não perder.
O edifício é uma antiga Escola Primária (como se dizia antigamente) e a sua criação tem uma história muito curiosa que não vou contar.
A 1ª sala recria uma sala de aulas, com todos os objectos da época, mapas, caixa métrica, livros, etc.
Numa das paredes estava um texto que fotografei mas que não sairia nítido aqui, por isso resolvi transcrevê-lo.

"(...) sabendo ler e escrever, nascem-lhes ambições: querem ir para marçanos, caixeiros, senhores; querem ir para o Brasil. Aprenderam a ler! Que lêem? Relações de crimes; noções erradas de política; livros maus; folhetos de propaganda subversiva. Largam a enxada, desinteressam-se da terra e só têm uma ambição: serem empregados públicos. Que vantagens foram buscar à escola? Nenhuma. Nada ganharam. Perderam tudo. Felizes os que esquecem as letras e voltam à enxada. A parte mais linda, mais forte, e mais saudável da alma portuguesa reside nesses 75% de analfabetos."

Virgínia Castro e Almeida "O Século" 5 de Fevereiro de 1927

Dos cadernos que têm vindo com o DN intitulados "As Estórias Nunca Contadas Pela História", faço a transcrição de um extracto do JN de 11/07/1926 intitulado:

A Educação das Mulheres

Na sua admirável conferência sobre a educação da mulher o sr. dr. Serras e Silva fez simultaneamente obra de doutrinário, de sociólogo e, sobretudo, de educador.O eminente professor da Universidade de Coimbra falou largamente sobre a vida interior da mulher.(...) A mulher, que tem o sentimento do modernismo, não faz o menor esforço para aperfeiçoar em si as grandes qualidades que exaltam sempre o que nela há de mais nobre e mais puro. Inferioriza-se lamentavelmente, sempre que pretende aproximar-se do homem, lançando-se numa reivindicação de direitos, que não é própria nem da sua sensibilidade, nem do seu sexo.


Salazar já tinha feito uma breve incursão a Lisboa em 1926, voltou para Coimbra e só regressaria de vez em 1928 mas o ambiente que se iria degradar ainda mais na área da Educação já tinha destas iluminadas elites a opinar sobre a educação do povo em geral e daquela "espécie de sub-género" chamada mulher!
Quando é que o nosso país se livra deste ferrete?
É que ainda há por aí muita "gente" a pensar desta maneira, sobretudo no que diz respeito às mulheres.

domingo, setembro 19, 2010

Antes de falar das mini-férias...

Antes de falar das mini-férias quero terminar o post anterior.
Fui então passar dois dias a um monte alentejano de agro-turismo que foram prenda de Natal e que estavam a correr o risco de "prescrever"...

Esta foi a minha companheira de piscina...

De uma mansidão e ternura que até dava vontade de a trazermos connosco, contra a vontade dos donos!
A cidade, mesmo ali ao lado, tinha ruas brancas e rectilíneas...

Candeeiros presos na boca de dragões e andorinhas a esvoaçar nos preparativos para a partida...
Tinha belos arcos sem flechas...

Jardins proibidos por onde se arrastam fantasmas à procura do esplendor de outrora...

E esta entrada monumental!
Que ninguém fique às portas da cidade!


Nota: Afinal em que cidade estive?
Eu e as minhas manias de enigmas...

sexta-feira, setembro 10, 2010

Pôr-do-Sol

Deixo-vos, por uns dias, com este pôr-do-sol...

que pude contemplar...

a partir deste aprazível alpendre!

Nota:
Agora é que eu vou até à praia...
Espero encontrá-la quase deserta!