domingo, março 30, 2014

Neste fim de semana andei por aqui...


Esperava-nos uma casinha bem simpática...


Com uma piscina onde não foi possível mergulhar porque estava frio...




Com pachorrentos animais a pastar quase na praia...


A povoação bem branquinha e em plano inclinado...


Com uma capela bem modesta com vista para as águas...


...prateadas



e com um belo pôr do sol...


Para descobrir que afinal havia outra!


É bem fácil descobrir por onde andei!

quarta-feira, março 26, 2014

A Rapariga que Roubava Livros


O mundo dos livros é infinito e lermos todos os livros que nos parecem aliciantes é uma tarefa  bem difícil, mesmo impossível.
Pelo meu aniversário, em data bem recente, recebi este que li em oito dias, não só pelo interesse que me despertou mas também por ter muito tempo disponível nas mini-férias acabadas de gozar.
A acção decorre em Molching, um pequeno subúrbio de Munique e vai de 1939 a 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, embora no final tenhamos informações mais actualizadas.
A narradora desta história é a Morte e logo aqui se sente alguma estranheza, mas, apesar da escassez de tudo o que é fundamental à vida e dos bombardeamentos cada vez mais frequentes à medida em que os Aliados avançam, há quem não tenha perdido a capacidade de sonhar na Rua Himmel, uma rua pobre de gente pobre, com um nome bem irónico...ou talvez não.
É uma história de livros e com livros dentro, de crianças e de adultos, de judeus escondidos por alemães e de alemães que destroem o património de judeus, de marchas forçadas a caminho de Dachau...

"Observando tudo isto, Liesel (a rapariga que roubava livros) teve a  certeza de que aqueles eram os mais miseráveis seres vivos. Foi isso que escreveu acerca deles. As suas caras macilentas achavam-se retesadas de angústia. A fome devorava-os enquanto eles prosseguiam, alguns de olhos no chão para evitar as pessoas à beira da estrada. Uns fitavam suplicantes aqueles que tinham vindo observar a sua humilhação, esse prelúdio às suas mortes, outros imploravam a alguém, não importava quem, que avançasse e os apanhasse nos seus braços.
Ninguém avançou.
Quer observassem essa parada com orgulho, temor ou vergonha, ninguém avançou para a interromper. Por enquanto.

No último capítulo ficamos a saber que Liesel, a rapariga que roubava livros, terminou os seus dias em Sidney, na Austrália e nos agradecimentos do autor australiano, Markus Zusak, podemos pressupor que talvez haja muito de real nesta narrativa que recomendo pela originalidade da sua estrutura, pela linguagem que vai do poético ao boçal, pela acção em si que nos mostra não só o sofrimento dos judeus mas também o dos alemães. 
Agora gostaria de ver o filme mas tenho receio de ficar desapontada!

segunda-feira, março 24, 2014

Mini-férias


Foram manhãs brancas, azuis...


...azuis, límpidas, bordadas...


...rendilhadas, atapetadas de verde...


...e até com uma jangada de pedra!


Tardes douradas de esplanada debruçada sobre o mar com veleiros ao fundo...




...e gaivotas atrevidas passeando-se no areal.


Houve anoiteceres incandescentes...


...e flores modestas...

...a lembrar que a Primavera estava a bater à porta.

Tudo isto na última semana de Inverno, no Algarve!

quinta-feira, março 13, 2014

Museu da Cidade


O Museu da Cidade de Lisboa localiza-se no Campo Grande e encontra-se instalado nas dependências e jardins do Palácio Pimenta, desde 1979.
Este palácio foi mandado construir pelo rei D. João V, em meados do séc. XVIII, para a sua amante Madre Paula, uma freira do Convento de São Dinis, em Odivelas.



Neste momento encontra-se num dos jardins do palácio esta exposição temporária que pode ser visitada no Pavilhão Preto.
Confesso que desconhecia este artista e fiquei deveras impressionada com o tamanho das  telas, com as cores fortes das mesmas e com o seu currículo.





Embora não tenha ficado muito boa esta foi a melhor foto que consegui tirar.



Dentro do Jardim do Bucho, separado do principal por muros e um portão, encontra-se, penso que desde 2010, o Jardim Bordalo Pinheiro, um projecto concebido por Joana de Vasconcelos que mandou reproduzir na famosa fábrica das Caldas da Rainha, numa escala superior ao normal, cerca de 1200 peças (animais e outros elementos naturais) do caricaturista e ceramista que dá o nome ao jardim. 
Estas peças decoram fontes, ramagens, paredes, muros e até uma chaminé (embora esta não fique dentro do referido espaço).





















No jardim principal onde se encontra o Pavilhão Preto e também o Branco onde não cheguei a entrar pavoneiam-se vários pavões.
De referir que nas exposições dos pavilhões que se encontram no jardim principal bem como no Jardim Bordalo Pinheiro a entrada é gratuita.
Este foi o passeio de ontem porque o tempo primaveril já convida a deambularmos um pouco pela cidade.
Mas há que voltar ao Museu porque o principal ficou por visitar.


sábado, março 08, 2014

E foi assim que tudo começou...



A 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, fizeram uma grande greve.
Ocuparam as instalações e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho - redução na carga horária para dez horas, trabalhavam dezasseis horas por dia, equiparação de salários com os homens, chegavam a receber um terço do salário de um homem, realizando o mesmo tipo de trabalho e tratamento digno dentro da fábrica.
A manifestação foi violentamente reprimida, as operárias foram trancadas dentro das instalações que foram incendiadas, tendo morrido carbonizadas 130 tecelãs.
Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem a essas heroínas.
Mas só em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
E foi assim que esta data passou a ser comemorada, continuando a haver um longo caminho a percorrer.
Datas não servem para nada se as mulheres continuarem a ser o elo mais fraco!

Nota: a foto é da net e mostra o estado em que ficou a fábrica depois do incêndio criminoso.

quarta-feira, março 05, 2014

Poema de quarta feira de cinzas

( imagem da net)



Entre a turba grosseira e fútil
Um pierrot doloroso passa.
Veste-o uma túnica inconsútil
feita de sonho e de desgraça...

O seu delírio manso agrupa
atrás dele os maus e os basbaques.
Este o indigita, este outro apupa...
indiferente a tais ataques,

Nublada a vista em pranto inútil,
Dolorosamente ele passa.
Veste-o uma túnica inconsútil,
feita de sonho e de desgraça...

Manuel Bandeira

terça-feira, março 04, 2014

Quem sabe, sabe ( marchinha de carnaval - 1956 )



Músicas de Carnaval já entradotas e que animaram os bailes da minha juventude continuam a fazer saltar o pé, mesmo às que não são morenas!