sábado, setembro 29, 2012

A praça da minha vida


Quem tem a gentileza de me visitar já me conhece o estilo a dar para o lento, quase retardado!
Foi assim que demorei tanto a responder ao desafio do Carlos Barbosa de Oliveira que a minha praça saiu num prolongamento que ele, gentilmente, arranjou para mim.
Todos os e as visitantes dele identificaram a praça mas eu ainda a deixo aqui como enigma caso apareça alguém que não o conheça, ao texto, obviamente!

Tinha vinte anos quando desemboquei nela pela primeira vez, vinda de uma das ruas estreitas que caracterizam o bairro. Estava acompanhada por colegas da faculdade e o deslumbramento aconteceu.
Sempre gostei de praças, pracinhas, pracetas e a sua harmonia, simplicidade mas ao mesmo tempo um charme muito especial não podiam deixar-me indiferente.
Voltei lá várias vezes e sempre com diversas companhias mas para a considerar a praça da minha vida não bastava isto.
Levei o meu filho mais velho à cidade onde ela se situa como prenda da conclusão do 12º ano e entrada na universidade com uma excelente média.
Repeti a visita quatro anos mais tarde com o meu filho mais novo, pela mesma razão.
Consegui que o meu "compagnon de route" me acompanhasse até lá uns anos depois.
Gostaria de ainda poder desembocar nela, um dia, com o meu neto e sentir nele o mesmo encantamento que senti nos restantes homens da minha vida.
Falta-me apenas dizer que foi graças ao meu pai, o primeiro homem da minha vida, que lá pude ir quando tinha vinte anos e me apaixonei por esta cidade.
É fácil identificar a praça da minha vida, não é?

Nota: Um pedido de desculpas ao Carlos Barbosa de Oliveira por não ter seguido as suas instruções quanto à data da publicação no meu blogue mas nem na 5ª nem na 6ª feira tive tempo psicológico para isso!

segunda-feira, setembro 24, 2012

Na Rota do Românico

Na continuidade das mini-férias aproveitámos para mais umas descobertas porque nas nossas andanças temos a mania de seguir setas que nos indicam a existência de património construído e assim fomos seguindo a Rota do Românico.
Só que os kms a fazer nunca são referidos e isso leva-nos a locais inimagináveis!


Aqui temos a Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela, concelho de Cinfães, que encontrámos fechada.


Seguiu-se o Convento de Santa Maria de Cárquere, concelho de Resende, que fechado estava!



O Mosteiro de Paço de Sousa, no concelho de Penafiel, para variar, também estava fechado!


Finalmente encontrámos um monumento aberto, a Ponte da Lagariça sobre o Rio Cabrum, na freguesia de S. Cipriano, penso que no concelho de Resende.
Tinha uma pequena mas excelente praia fluvial mas por perto só vimos...


...estas cabrinhas bem curiosas e...


...este galaró de crista armado em dono do terreno!
Por perto nem viva alma.
Em S. Cipriano onde almoçámos ainda nos apontaram ao longe a "Ilustre Casa de Ramires" mas avisaram logo que o caseiro normalmente não estava e quando estava nem sempre deixava transpor o portão, daí que nos ficássemos apenas com uma vaga imagem da torre da casa.
É lamentável que coloquem placas a indicar a existência de monumentos que estão invariavelmente fechados!

sábado, setembro 22, 2012

O verão terminou...



Será que ainda há amores de verão a ficarem enterrados na areia?
Quando era menina e moça era assim mesmo!

quinta-feira, setembro 20, 2012

Enigma decifrado


O local escolhido para quartel general destas mini-férias foi um hotelzinho bem modesto mas simpático em Castelo de Paiva!
Imaginem que tinha uma piscina apenas para mim.


Assistimos ao mercado semanal onde os preços, como podem ver, eram bem convidativos...


Também verificámos que aqui só não fala com os seus botões quem não quer...


O pôr do sol da janela do quarto era assim...


E andámos sempre com o Douro por perto!
Talvez ainda volte a falar desta estadia numa região lindíssima...ou talvez não!

domingo, setembro 16, 2012

Depois de muito pensar...


Depois de muito pensar, uma vez que na blogosfera, no facebook e nos jornais já tudo tinha sido dito sobre o que se passou ontem em Lisboa, decidi mostrar um pouco do que vi e vivi ontem!
As duas primeiras imagens mostram aspectos "gráficos" da Praça José Fontana!



Fui sozinha ma logo que lá cheguei vi "em cada rosto igualdade"...

Já tinha estado em algumas manifestações mas em nenhuma desta dimensão, também nunca tinha visto polícia de choque ao vivo e a cores!
Quando passei já os clamores contra o FMI tinham terminado.


Por ironia do destino, logo um pouco à frente, dei de caras com este edifício onde funciona uma Direcção Geral dum Ministério fantasma!


Chegada à Praça de Espanha procurei um local onde sentar-me e descansar um pouco!
Durante mais de três kms caminhei ao lado de pessoas  de todas as idades e condições, gritámos e cantámos em coro, emocionei-me  quando uma senhora de cabelos brancos apareceu a uma janela de um apartamento na Av. de Berna a bater as palmas e a fazer o sinal de agradecimento enquanto a multidão cá de baixo lhe dirigiu uma enorme ovação!



Os meus pés estavam assim no final da manifestação mas tinha o coração cheio de momentos intensamente vividos e de uma enorme alegria por sentir que Portugal não está adormecido.
Peço desculpa pela pobreza do relato...

quarta-feira, setembro 12, 2012

Para desanuviar...

Porque neste verão ainda não tinha saído do circuito pendular acabámos por dar uma escapadela.
Montámos aqui o quartel general!
Onde?

segunda-feira, setembro 10, 2012

JÁ BASTA!


(imagem da net)

É no Facebook que normalmente coloco estes desabafos mas estou de tal forma revoltada que  tenho de deixar aqui, nesta rede social que frequento ainda há mais anos, o meu protesto contra este famigerado e vergonhoso (des)governo!

terça-feira, setembro 04, 2012

Porque é tempo de renovação...

Folhinha

Murchou a flor aberta ao sol do tempo.
Assim tinha de ser, neste renovo
Quotidiano,
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume.
O gume
Do cansaço
Vai ceifando,
E o braço 
Doutro sonho
Semeando.

É essa a eternidade:
A permanente rendição da vida.
Outro ano,
Outra flor,
Outro perfume.
E o lume
De não sei que ilusão a arder no cume
De não sei que expressão nunca atingida.

Miguel Torga


É assim que vejo a entrada de Setembro...

domingo, setembro 02, 2012

Escolha de livros...

Na minha longa vida de leitora foram apenas duas as vezes em que escolhi livros pelo título.


 Foi assim que escolhi "Abraço" de José Luís Peixoto e posso acrescentar que além do título a capa com o cavalinho também me agradou muito.
Lembra-me um que está no sótão à espera de ir para Lisboa...embora o da capa seja dos fixos que encontramos nos parques infantis.
Abraço é a palavra que deixo no final de quase todos os comentários que faço nos blogues que visito...são poucos aqueles onde não deixo o meu Abraço...
Sou mais de abraços do que de beijos...
É um livro de crónicas, género que muito aprecio sobretudo quando a capacidade de concentração e o tempo de leitura são escassos.
Ando com ele entre mãos há uns tempos e será para ler devagar.
Aqui na blogosfera já vi várias  referências ao mesmo, nem todas no mesmo sentido.
Embora o objectivo não seja comentá-lo quero apenas dizer que há crónicas muito diversas onde a infância do autor é entrelaçada com diálogos com os filhos pequenos que estão a crescer separados, reflexões sobre tudo isso e ainda  a memória do tempo que passou menos ou mais recentemente  mas onde a família tem um papel relevante. 


Numa época da minha vida em que procurava a resposta para a pressuposta pergunta do título comprei este livro de Rui Cardoso Martins. Era a sua primeira obra.
É um desfiar da dolorosa vivência da interioridade portuguesa, é "um romance onde se cruzam várias histórias sobre suicídios, homicídios, acidentes e outros acontecimentos estranhos. Um denominador comum: a morte."
Procurei-o na estante mas não o encontrei e embora o tenha lido em 2007 lembro-me que apesar de tudo havia na narrativa um certo humor...
E também sei que não encontrei nele a resposta que procurava...
O engraçado da situação é que tanto um como  outro são obras de autores alentejanos, o primeiro de Galveias e o segundo de Portalegre.
Em relação a Rui Cardoso Martins acrescento que acabei de ler o seu segundo livro "Deixem Passar o Homem Invisível" e que talvez venha a falar dele!
Para terminar pergunto aos e às pacientes visitantes se alguma vez escolheram um livro pelo título e ou pela capa?