sexta-feira, agosto 29, 2014

8º aniversário

Oito anos é muito tempo!
Penso às vezes que, se a deriva continua, não vale a pena a viagem...mas os amigos virtuais e reais lá vão fazendo o favor de deixar comentários e eu cá vou navegando com a minha "rosa dos ventos" de fraca serventia!

quarta-feira, agosto 27, 2014

Cleo

Às vezes acontece virem parar-me às mãos textos de autores/as completamente desconhecidos/as!
Foi assim que li de um fôlego "Cleo" de Hellen Brown, uma cronista nascida e criada na Nova Zelândia!
Pelo que me apercebi é uma história verídica que me fez deitar algumas lágrimas, embora não tenha grande valor do ponto de vista literário, fiquei mais uma vez rendida ao papel dos gatos na mitigação de desgostos terríveis!
Deixo-vos com um pequeno extracto.
"Uma divisão é mais bonita quando está decorada com um gato. A sua presença sedosa transforma uma coleção de cadeiras, brinquedos espalhados e pratos com migalhas num templo que apazigua a alma. Nós, pobres seres humanos, cometemos inúmeros erros com as tentativas neuróticas de nos agarrarmos ao passado e controlarmos o futuro. Precisamos de um gato para nos recordar que devemos simplesmente ser."

terça-feira, agosto 26, 2014

Passos e portas...

Verifiquei agora que as quatro últimas "postagens" só falavam de passos e portas!
Estarei a ficar obcecada pelos nomes?!

sábado, agosto 23, 2014

Primeiros passos...



Finalmente o pequenito decidiu-se a caminhar durante o tempo e distância suficientes para eu poder dizer que já anda!
Na vida irá cair algumas vezes mas que consiga ganhar sempre forças para se levantar e seguir em frente é o que eu lhe desejo!

quinta-feira, agosto 21, 2014

A Viagem dos Cem Passos




" Dirigida pelo sueco Lasse Hallström, esta é a história de uma família indiana que se instala em França e decide abrir um restaurante...
A gastronomia surge como pretexto para uma fábula previsível, mas simpática, sobre a coexistência de todas as diferenças culturais.
Na produção estão os nomes de Steven Spielberg e Oprah Winfrey, apostando em consolidar laços industriais e comerciais com a Índia."

Esta é a apresentação do filme que se encontra nos jornais e que foi adaptado a partir de um livro publicado por Richard C. Morais , em 2010, um cidadão do mundo uma vez que é americano, nascido em Portugal, criado na Suiça e vivendo longas temporadas em Inglaterra.
Pois foi então este o filme que decidi ver ontem e que achei delicioso exactamente pela vertente gastronómica que aborda.
Depois de enormes dificuldades, esta família indiana encontra o local ideal para abrir o seu restaurante com o trabalho de todos mas com o dom especial do filho mais velho que herdou essa magia da mãe morta num incêndio em Bombaim.
A cem passos, do outro lado da rua, situa-se um restaurante tipicamente francês já detentor de uma estrela Michelin.
Será a luta entre os respectivos proprietários e funcionários que ocupará grande parte da acção...
É um filme de cores, cheiros, sabores, sons e afectos onde cozinhar significa preservar memórias mas também inovar.
Sendo eu uma fraca cozinheira, tenho uma atracção especial por livros de culinária, mercados ao ar livre tão comuns em França com o seu tipicismo, sem a desarrumação dos mercados portugueses da província que também me agradam...
Claro que no fim tudo termina bem, tendo como música de fundo "Hier encore"!
Agradável de ver, com uma mensagem muito simplista pois não é com esta facilidade que se resolvem as diferenças sejam de que ordem forem...e é só ler os jornais e ouvir as notícias nas televisões...deixa-nos, contudo, com um sorriso nos lábios!

terça-feira, agosto 19, 2014

Outra porta...



Porta do Castelo de Lamego - Dia Mundial da Fotografia

segunda-feira, agosto 18, 2014

domingo, agosto 10, 2014

Ítaca

É tempo de verão, tempo de evasão, de diversão, as férias pedem lugares diferentes, lonjuras...se possível!
Nos blogues, no facebook reflectem-se estes estados de espírito relacionados com o desejo de partir, depois partilham-se fotos mais ou menos exóticas e ou interessantes, descrevem-se emoções ou simplesmente descreve-se o que se vê.
Nem a propósito, a crónica de José Tolentino Mendonça da Revista do Expresso deste sábado versava o tema da "viagem" e às tantas diz-nos o seguinte:
"Nenhum país é mais estrangeiro do que o nosso coração. E se não assumimos isso num trabalho pacientíssimo de integração e transformação, tornaremos cada lugar aonde cheguemos, por mais feliz e prometedor que seja, um exílio e uma terra de ninguém. O verdadeiro viajante é aquele que descobre a necessidade de bússolas simbólicas  para a sua travessia. Bússolas em vez de derivas. Um último ponto. A quinquilharia exótica que os turistas arrastam como memória material da sua errância não passa de um equívoco. A viagem não tem nada para dar-nos, além da morte das nossas ilusões e de um novo nascimento. A viagem só tem a oferecer conhecimento. Isso é o que está reflectido no extraordinário poema de Konstantinos Kaváfis chamado "Ítaca":
"(...)
Não te apresses nunca na viagem.
É melhor que ela dure sempre muitos anos,
que sejas velho já ao ancorar na ilha,
rico do que foi teu pelo caminho,
e sem esperar que Ítaca te dê riquezas.
Ítaca deu-te essa viagem esplêndida.
Sem Ítaca não terias partido.
Mas Ítaca não tem mais nada para dar-te."

sexta-feira, agosto 08, 2014

Tempo

Em contagem decrescente!

terça-feira, agosto 05, 2014

Efeméride



Partiu a 5 de Agosto de 1962!
Envelhecer não era o seu projecto de vida!

sábado, agosto 02, 2014

Feliz Idade

Já acabei a leitura deste romance de Valter Hugo Mãe há bastante tempo mas só agora ganhei coragem para ir além de meia dúzia de linhas e cansar-vos um pouco mais do que o habitual.
Chamo-vos a atenção para o facto de o autor escrever sempre com minúsculas independentemente da pontuação usada.




Feliz Idade é o nome da residência sénior para onde vai António Jorge da Silva, após a morte da sua  companheira de mais de 40 anos.
Aí encontra outros Silvas "somos todos Silvas neste país" e até o Esteves do poema Tabacaria, de Álvaro de Campos.
Aquela que à partida poderia parecer-nos uma narrativa deprimente devido à avançada idade da maioria das personagens acaba por se tornar uma interessante e até alegre descoberta de que o final da vida ainda nos pode trazer aprendizagens surpreendentes ...pelo menos é essa a conclusão a que chega o sr. Silva, narrador-personagem quando já na sua fase terminal confessa a um dos técnicos do lar:
"...depois confessei-lhe, precisava deste resto de solidão para aprender sobre o resto de companhia. este resto de vida, américo, que eu julguei já ser um excesso, uma aberração, deu-me estes amigos. e eu que nunca percebi a amizade, nunca esperei nada da solidariedade, apenas da contingência da coabitação, um certo ir obedecendo, ser carneiro. eu precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de amizade. hoje percebo que tenho pena da minha laura por não ter sido ela a sobreviver-me e a encontrar nas suas dores caminhos quase insondáveis para novas realidades, para os outros. os outros, américo, justificam suficientemente a vida, e eu nunca o diria. esgotei sempre tudo na laura e nos miúdos, esgotei tudo demasiado perto de mim, e poderia ter ido mais longe."