Pois o meu fim-de-semana foi passado na Galiza, mais concretamente em Ourense e seus arrabaldes com o Chorus Auris onde sou contralto, como já o disse em várias ocasiões.
A convite do Auria Canta de Ourense deslocámo-nos até lá para participarmos no seu 8º Festival Internacional de Música e Canto Coral que decorreu de 5 de Setembro a 4 de Outubro.
Devido ao atraso com que chegámos à cidade, houve apenas tempo de largarmos a bagagem no hotel, de seguirmos para o Auditório Municipal onde nos fardámos e depois em passo de corrida fomos para a Igreja de Santa Eufémia onde acompanhámos a celebração da missa com outros coros galegos e um de Mieres, nas Astúrias.
Nova corrida pelas ruas da cidade, já de noite, para o concerto no referido Auditório, concerto esse que terminou tardíssimo mas onde, sem sombra de dúvidas e mais uma vez, fomos o melhor coro português, modéstia à parte.
Finalmente lá conseguimos chegar ao local onde jantámos todos em conjunto. Costuma ser durante e após o jantar que se estabelecem contactos informais entre os coralistas que sem qualquer ensaio prévio se brindam entre si com peças do seu repertório não ouvidas anteriormente.
Cantámos "A Senhora de Aires", música tradicional alentejana, "Cajuína", música brasileira e terminámos com o nosso sempre conseguido "Acordai". Espero, ardentemente, que tenha sido ouvido em Ourém...
Chegámos ao hotel já perto das duas da manhã.
Como podem ver não me foi possível tirar fotofrafias em Ourense, cidade com um belíssimo centro histórico e que já conhecia.
No dia 4, às 9,30, já estávamos a caminho de Muiño, localidade inserida na Serra do Xerês e onde iríamos acompanhar uma missa, de novo.
Parámos em Celanova, uma pequena vila onde existe um Mosteiro Beneditino que tem uma igreja que é um assombro de beleza e de riqueza.
Aqui estão depositadas as relíquias de S. Rosendo, santo natural de Braga.
Na impossibilidade de tirar fotos lá dentro aqui vos deixo dois aspectos do exterior.
Candeeiros ao lado do Mosteiro...
Parte do claustro...
De regresso ao autocarro mais uma etapa até Muiño com esta bela paisagem a acompanhar-nos.
O campanário da minúscula capela onde cantámos, quer dizer onde cantámos no exterior, por manifesta falta de espaço.
A nossa maestrina de kispo branco e a Maria del Carmen do Auria Canta espreitam por uma janelinha para saberem quando é que devíamos entrar em "cena".
Até acabou por ser divertido!
Depois de tanto cansaço, de tanto tempo de pé, pudemos saborear um apetitoso almoço à beira deste lago.
E agora não me digam que artista não sofre!...