A Dança do Vento
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia.
Baila, baila e rodopia
E tudo baila em redor.
E diz às flores, bailando:
- Bailai comigo, bailai!
E elas, curvadas, arfando,
Começam, débeis, bailando.
E as suas folhas tombando,
Uma se esfolha, outra cai.
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...
Poema incompleto de Afonso Lopes Vieira
.
E diz aos meus cabelos, bailando:
- Bailai, comigo, bailai!
E eles desprendem-se do gancho,
Dançam-me em frente dos olhos
E o vento me deixa
Despenteada, desgrenhada e abalando
Lá vai!...
De regresso a casa, depois de uma saída até à mercearia ao fundo da rua.
Não pode ser!
ResponderEliminarEntão uma Rosa dos Ventos deixa que ele abuse assim???
Tsk, tsk, tsk, que mal educado que ele está! ;)
Sentado no meu quarto
ResponderEliminarde lua crescente,
fito as estrelas sentadas à janela
num descanso reluzente.
Planícies em fuga lá fora
precipitam-se sob a chuva fria
que insiste em não cair,
deixando os sobreiros sem companhia.
Converso ventos e machados
com a laranjeira deitada no jardim,
numa saudade de sol posto
que se apodera da planície em mim.
Beijo o horizonte perdido
na sua eternidade pueril
com as mãos [...]
aventania.wordpress.com/
Abraço
Quem me dera ser vento... ía esconder-me à porta da tua casa para brincar com os teus cabelos, sempre que saísses...
ResponderEliminarPois eu sou muito outonal e invernosa (mas sem chuva) e adoro uma boa ventania. Que saudades!
ResponderEliminarNão é o cabelo a esvoaçar que me perturba com o vento. É o frio cortante que o vento traz, aqui na cidade formosa e fria...
ResponderEliminarUm abraço
Belo poema!
ResponderEliminarNunca vi uma ida à mercearia tão poética, inspirada e....ventosa!! :)
ResponderEliminarUm abraço, Rosa...dos Ventos :)
Baila que baila tal vento
ResponderEliminarsem destino e pouco tento;
nesse baile eu não me perca
tenho sorte, sou careca.
e gasto do supermercado
(loja fina, no Chiado)
onde não há ventania
e não sopra a carestia.
Legível Novo Rico.
(poeta "rimático")
abraço e sorrisos.
Ora, este não leva nada daqui. Quais cabelos balando, qual gancho que se desprende?
ResponderEliminarSou mesmo desmancha prazeres do vento... Não tanto como o "legível", mas quase!
Não sei porque saí "anónimo". Afinal também tenho nome (de fábrica, é certo, mas corresponde ao meu nome)
ResponderEliminarPor aqui o vento soprou
ResponderEliminarforte, e limpou
as árvores de folhas,
agora mais nuas,
com os braços erguidos
ao vento a pedir
um novo equinócio,
para que se cumpra o ciclo.
Beijinhos
Olá amiga!
ResponderEliminarComo o teu encontro com o vento numa deslocação à mercearia te inspira desta maneira...
podes voltar para a rua ao encontro de outro qualquer elemento que nós só ficamos a ganhar.
Bom fdS
OLá :)...
ResponderEliminarTambém encontrei vento e folhas! Lindo!
Desejo um bom fim de semana.
Olha eu mudei...
Beijos estrelados
Que seria de ti sem o vento, Rosa??
ResponderEliminarE abençoado passeio, que tão produtivo foi...:))
E não é que podia mesmo ser uma boa continuação para o poema de Afonso L. Vieira?
ResponderEliminarEu gosto do vento, embora o ache muito "desarrumado". Tenho algum medo quando ele exagera!...
Hoje sopra forte por aqui!
ResponderEliminarEu gosto de vento:)
Beijinho*