Emir Kusturica é um cineasta e músico sérvio.
Com uma expressiva sequência de trabalhos internacionalmente aclamados, é visto como um dos mais criativos diretores de cinema dos anos oitenta e noventa.
Recebeu duas vezes a Palma de Ouro bem como a comanda francesa da Ordre des Arts et des Lettres.
Vi na segunda-feira, num horário que me levou para a cama depois da 1h e meia, o seu filme Underground ou Era uma Vez um País e pude, de novo, constatar a sua originalidade.
Tendo como cenário a Jugoslávia, durante a 2aª Guerra Mundial, alia a cenas de uma enorme comicidade a tragédia de um território destruído. e com milhares de mortos.
Como músico introduz sempre uma sonoridade com um ritmo frenético, alucinante mesmo, mas também músicas da época em tom bem nostálgico.
É uma fábula apaixonante e metafórica sobre o destino trágico da Jugoslávia, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1995.
Um "partisan" engana o seu maior amigo e restantes companheiros, mantendo-os numa cave mesmo após o final da guerra, convencendo-os que a luta continua e lucrando com o tráfico de armas.
No meio do cómico de muitas cenas também surge o elemento mágico que dão ao filme um tom de estranheza que se entranha.
Quando um filme me empolga e mexe comigo, também fico até altas horas da noite
ResponderEliminarEm que Canal das TVs passou esse filme? Se foi na Netflix fica fora de hipótese. :(
Abraço
Foi na RTP2, não tenho Netflix.
EliminarAbraço
Esse foi um grande feito!
ResponderEliminarVou tentar encontrar esse filme,
Vais gostar, é muito criativo e tem uma música que acompanha o ritmo da acção.
EliminarAbraço
Kusturica nunca foi querido do lado comercial do cinema.
ResponderEliminarAbraço
Pois não, é demasiado surrealista, mas eu acho imensa graça aos seus filmes que tenho apanhado em sessões especiais.
EliminarAbraço
Emir Kusturica é um cineasta bósnio reconhecido por abraçar o absurdo da vida, o humor negro e a narrativa exuberante. Seus filmes costumam transitar entre o realismo bruto e a fantasia jedontada, revelando personagens que lutam contra as adversidades com uma fé quase obstinada no riso e na resistência. Com uma estética vibrante, música pulsante e uma visão humanista, Kusturica capturou as contradições de uma região marcada por conflitos, mas também pela riqueza de culturas que se entrelaçam. O resultado é um cinema que celebra a memória, a identidade e a capacidade humana de transformar dor em dança, duelo e esperança.
ResponderEliminarNão sou muito fã, porque sou fã do lado comercial do cinema.
Onde foste desencantar o termo “jedontada” que não encontro no dicionário online? Que significa?
EliminarTambém não sei o significado de jedontada.
EliminarVamos a ver se a Teresa nos elucida.
Aliás o seu comentário é muito mais completo do que aquilo que eu escrevi.
Só que eu gosto bastante dos filmes de Kusturica.
Abraço
A expressão “fantasia jedontada" é uma formulação criativa, que me ocorreu no sentido de “fantasia desgraciosa. Neste momento, a escrita é a minha maneira de lutar contra os blues do outono 🍂 A elite intelectual alemã também adora os filmes do realizador bósnio.
EliminarOkay... Um neologismo inventado pela Teresa. : ))
EliminarGostei de saber que estás na vanguarda linguística e ainda de estar próxima da elite intelectual alemã. 😀
ResponderEliminarSegundo a minha investigação, Kusturica nasceu na Sérvia, para ti nasceu na Bósnia .
Isto só prova a confusão que vai naquele território ou na minha cabeça!
Abraço
Não, não estou próxima da elite intelectual alemã.
EliminarDetesto os filmes do Emir Kusturica que é da Bósnia e Herzegovina com cidadania sérvia e francesa.
Eu quis dizer que eu é que estou próxima da elite intelectual alemã.
EliminarA frase talvez tenha ficado confusa.
Abraço
Também "passei" pela rtp2 nesse dia e vi o inicio do filme.
ResponderEliminarGostei e agora vou tentar ver no fim de semana.
Abraço.
https://rabiscosdestorias.blogspot.com
Vale a pena, dentro do surrealismo é divertido.
EliminarAbraço
Grato abraço pela pista sobre o filme.
ResponderEliminarEu é que agradeço as tuas visitas.
EliminarAbraço