O romance "Lillias Fraser" de Hélia Correia despertou-me um enorme interesse.
Começa com a batalha de Culloden, na Escócia onde os escoceses católicos se opõem aos ingleses protestantes, numa tentativa de colocarem no trono o católico Charles Stuart.
A batalha resultou numa carnificina que matou vários clãs e levou "à deportação em massa dos escoceses para o novo mundo."
Tive que fazer consultas para entender esta luta.
Do massacre salvou-se uma menina loira, de olhos cor de mel que tinha o condão de adivinhar a morte dos que a rodeavam.
Depois de várias mudanças, vamos encontrar a protagonista em Lisboa, num convento de religiosas inglesas nas vésperas do terramoto de 1755. Adivinhando esse cataclismo, sai da cidade e chega a Mafra, cujo convento permanece de pé.
Regressa a Lisboa e visualizamos o horror da morte, da destruição e a ação do Ministro, como construtor da cidade e perseguidor dos Távoras, entre outras vítimas.
Para abreviar Lillias Fraser, pela mão de Blimunda Sete-Luas, atravessa o Alentejo para ir dar à luz na terra de ninguém, entre Portugal e Espanha.
E foi assim o seu encontro.
" A criança está bem. De hoje em diante, eu tomo conta de vocês as duas.
- Que criança, senhora? - disse Lillias.
- A que tu Lillias Fraser, vais parir.
- Como pode sabê-lo?
- Vejo dentro do corpo das pessoas quando estou em jejum - explicou Blimunda.
- Eu vejo a morte - disse Lillias.
Peço desculpa pelo atabalhoado do resumo, mas de facto a obra é interessantíssima do ponto de vista histórico.
Estás cá com uma pedalada...nem te consigo acompanhar.
ResponderEliminarVou reler o resumo e se conseguir voltarei. :)
Abraço