quinta-feira, maio 13, 2021

13 de Maio


 Independentemente das convicções religiosas de cada um, esta é uma data incontornável no calendário de milhares de portugueses e estrangeiros. 

No ano passado estava confinada em Lisboa e nada vi mas este ano dá para me aperceber do vazio que se apoderou duma terra sempre cheia de multidões nesta data.

Não há carros estacionados à minha porta, a espécie de "hostel" que funciona na vivenda da frente não recebeu nenhum hóspede, na "2 ª circular" que passa mesmo ao fundo da minha rua não há qualquer movimento.

Nesta santa terra que vive do turismo religioso em cerca de 90% , sobretudo de grupos de estrangeiros que ainda não têm permissão de voar, este ano com a limitação de 7500 peregrinos impostos pelo santuário no seu enorme recinto ainda não dá para os comerciantes e hoteleiros respirarem.

Eu estou afastada da depressão em que a terra está mergulhada mas não deixa de ser um drama para centenas de residentes e de habitantes das freguesias em redor que aqui têm o seu sustento o que também me tem preocupado por ter amigos e conhecidos nestas circunstâncias.

Penso que a maioria dos meus visitantes já sabia que eu vivo em Fátima, concretamente há 51 anos.

 

10 comentários:

  1. O problema deste país é que baseou toda a sua economia no turismo, seja ele de lazer ou religioso. Quando aparece uma pandemia que ninguém esperava mas que alguns já previam, dá-se o descalabro.
    Para já, é preciso arranjar um medicamento que cure esta doença. A vacina, só por si, não chega. E depois é preciso tempo para " levantar" a economia.
    E existe outro problema: somos um país de pequenas empresas. Alguns "empresários" já estão velhos e não têm quem lhes continue o negócio. Esses vão fechar definitivamente.
    Quanto aos mais novos, vai ser uma questão de tempo....

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  2. É verdade, UmaMaria, sempre o disse mas fora as pedreiras e a construção civil também ligada ao crescimento da terra, não houve empenhamento nem investimento em mais nada.

    Abraço

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  3. Desconhecia que vivia em Fátima. J´s estive em Fátima e no Santuário dezenas de vezes. Nunca fui em peregrinação simplesmente porque não calhou. É um terra que gosto de visitar. "invejo-a" por viver num local agraciado pela fé e esperança. Este ano, embora possam estar 7500 pessoas, milhares de outras, decerto que gostariam de aí estar. Pode ser que para o ano já possam dar largas, e celebrar, in-loco a sua fé.
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    Abraço virtual
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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    1. Caro Ryk@rdo

      Esperemos que tudo volte à normalidade!

      Abraço

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  4. Já sabia que vivias em Fátima, mas não há tanto tempo. Uma vida!
    Creio que esses milhares de pessoas, com acesso permitido ao Santuário já justificava algum movimento à localidade, ao comércio e lugares onde pernoitar. Pelo que dizes, e referes zero movimento, então onde estão esses milhares de peregrinos metidos?

    Um abraço, Leo.

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    1. Querida Janita
      A maior parte dos hotéis tem garagem e sendo praticamente só portugueses colocaram os carros nos parques do santuário.
      Há muitos cafés e restaurantes perto do santuário para os comes e bebes.
      Muitos são de perto, vêm e vão no mesmo dia.

      Abraço

      Abraço

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  5. Lembrei deste dia tão importante para a maioria dos portugueses. E pensei que gostaria de ir visitar o Santuário sem tanta gente.
    O clima justifica o empenho no turismo, mas perante as circunstâncias presentes, muitos países pensarão em diversificar.

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  6. Querida Catarina

    É um bom local para meditar sobretudo quando está praticamente vazio.

    Abraço

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  7. Sabes, Leo? Estou tristíssima. A morte da actriz Maria João Abreu, de quem gostava imenso entristeceu ainda mais este dia dia triste. Que pena, que pena! :(

    Tens razão, os peregrinos estrangeiros ainda não vieram este ano.

    Beijinhos.

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  8. Este teu post é testemunho lúcido , e ilustra os tempos que vamos vivendo...

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