No ano passado estava confinada em Lisboa e nada vi mas este ano dá para me aperceber do vazio que se apoderou duma terra sempre cheia de multidões nesta data.
Não há carros estacionados à minha porta, a espécie de "hostel" que funciona na vivenda da frente não recebeu nenhum hóspede, na "2 ª circular" que passa mesmo ao fundo da minha rua não há qualquer movimento.
Nesta santa terra que vive do turismo religioso em cerca de 90% , sobretudo de grupos de estrangeiros que ainda não têm permissão de voar, este ano com a limitação de 7500 peregrinos impostos pelo santuário no seu enorme recinto ainda não dá para os comerciantes e hoteleiros respirarem.
Eu estou afastada da depressão em que a terra está mergulhada mas não deixa de ser um drama para centenas de residentes e de habitantes das freguesias em redor que aqui têm o seu sustento o que também me tem preocupado por ter amigos e conhecidos nestas circunstâncias.
Penso que a maioria dos meus visitantes já sabia que eu vivo em Fátima, concretamente há 51 anos.
O problema deste país é que baseou toda a sua economia no turismo, seja ele de lazer ou religioso. Quando aparece uma pandemia que ninguém esperava mas que alguns já previam, dá-se o descalabro.
ResponderEliminarPara já, é preciso arranjar um medicamento que cure esta doença. A vacina, só por si, não chega. E depois é preciso tempo para " levantar" a economia.
E existe outro problema: somos um país de pequenas empresas. Alguns "empresários" já estão velhos e não têm quem lhes continue o negócio. Esses vão fechar definitivamente.
Quanto aos mais novos, vai ser uma questão de tempo....
É verdade, UmaMaria, sempre o disse mas fora as pedreiras e a construção civil também ligada ao crescimento da terra, não houve empenhamento nem investimento em mais nada.
ResponderEliminarAbraço
Desconhecia que vivia em Fátima. J´s estive em Fátima e no Santuário dezenas de vezes. Nunca fui em peregrinação simplesmente porque não calhou. É um terra que gosto de visitar. "invejo-a" por viver num local agraciado pela fé e esperança. Este ano, embora possam estar 7500 pessoas, milhares de outras, decerto que gostariam de aí estar. Pode ser que para o ano já possam dar largas, e celebrar, in-loco a sua fé.
ResponderEliminar.
Abraço virtual
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Caro Ryk@rdo
EliminarEsperemos que tudo volte à normalidade!
Abraço
Já sabia que vivias em Fátima, mas não há tanto tempo. Uma vida!
ResponderEliminarCreio que esses milhares de pessoas, com acesso permitido ao Santuário já justificava algum movimento à localidade, ao comércio e lugares onde pernoitar. Pelo que dizes, e referes zero movimento, então onde estão esses milhares de peregrinos metidos?
Um abraço, Leo.
Querida Janita
EliminarA maior parte dos hotéis tem garagem e sendo praticamente só portugueses colocaram os carros nos parques do santuário.
Há muitos cafés e restaurantes perto do santuário para os comes e bebes.
Muitos são de perto, vêm e vão no mesmo dia.
Abraço
Abraço
Lembrei deste dia tão importante para a maioria dos portugueses. E pensei que gostaria de ir visitar o Santuário sem tanta gente.
ResponderEliminarO clima justifica o empenho no turismo, mas perante as circunstâncias presentes, muitos países pensarão em diversificar.
Querida Catarina
ResponderEliminarÉ um bom local para meditar sobretudo quando está praticamente vazio.
Abraço
Sabes, Leo? Estou tristíssima. A morte da actriz Maria João Abreu, de quem gostava imenso entristeceu ainda mais este dia dia triste. Que pena, que pena! :(
ResponderEliminarTens razão, os peregrinos estrangeiros ainda não vieram este ano.
Beijinhos.
Este teu post é testemunho lúcido , e ilustra os tempos que vamos vivendo...
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