Em Agosto fui visitar no Museu Nacional de Arte Contemporânea, mais conhecido pelo Museu do Chiado, uma exposição intitulada "Arte Portuguesa do Séc. XX - 1910-1960- Modernidade e Vanguarda ", tal como a foto documenta, embora com pouca visibilidade.
A visita foi guiada e realizou-se à noite numa excelente iniciativa deste museu. As inscrições eram prévias e a entrada gratuita.
Era uma exposição muito interessante e pude rever alguns quadros de pintores bem conhecidos e ver outros que desconhecia totalmente.
O jovem que guiou o grupo onde estava inserida e que julgo pertencer aos "quadros" da casa ou pelo menos contratado para esse fim apresentou-se vestido informalmente, de calções e sapatilhas o que nada me incomodou .
E por que razão me fui lembrar agora desta exposição?
Acontece que o tal jovem na apresentação e análise dos quadros decidiu fazer comparações com correntes de pintura anteriores a este "modernismo e vanguarda" e fez de José Malhoa uma espécie de "bombo da festa", tornando-se mesmo deselegante nas suas apreciações e isso incomodou-me bastante.
Parece-me que não é este o papel de um guia...
Ontem, assistindo no Canal 2 ao programa "Câmara Clara" dado a partir do Museu do Fado, pude rever o célebre quadro de Malhoa que deu origem ao fado da autoria de Frederico Valério e que Amália Rodrigues tão bem cantava!
Olhei, tornei a olhar para o quadro e continuei a achar injustos os comentários do tal jovem guia.
Afinal não se pode comparar o incomparável!
Já agora aproveito para vos perguntar se identificam o autor deste quadro que constava da exposição?
Não tirei mais fotos porque a bateria da máquina terminou e não levava outra.
Belíssimos!
ResponderEliminarEmocionei só ao ver*...
Que lindo post, encantou-me, creia, Foi um presente vir aqui te visitar*, um grande beijo pra ti e boa semana, com muita paz!
Mery*
Consultei a vizinha pintora "que sabe tudo" e aí vai a resposta que me deu :
ResponderEliminar"Trata-se de um dos poucos quadros de Santa Rita -Pintor, que morreu com 29 anos na mesma época do Sousa Cardoso.É considerado o introdutor do futurismo em Portugal. "
abraço
Comentários de uma mediocridade confrangedora.
ResponderEliminarOu o senhor tinha bebido algo estranho?
Ainda bem que a resposta foi dada para eu explorar na net. Desconhecia o autor mas certamente que teria tido um futuro artístico brilhante se não desaparecesse tão precocemente.
ResponderEliminarO guia era pretensioso ao fazer juízos de valor próprio, mas também foi deselegante ao receber os visitantes de forma tão informar. Acho, no entanto, que a culpa seria de quem o contratou para tal fim.
Beijosssss
pensava que era do Almada, pelo "modernismo".
ResponderEliminareu estou-me borrifando para os criticos. adoro a maior parte da obra dos pintores do grupo do leão.
Malhoa ainda mais, não fosse "filho da minha terra".
abraço Rosa
Valha-me Santa Maria... quem seria o pintor?
ResponderEliminar:)
Rosa
ResponderEliminarDeixo o meu obrigada pois não conheçia.
Beijinho meu
Detesto visitas guiadas!... O menino devia ser algum "modernaço"! Mas nem sei como permitiram que tirasses fotografias! Na Gulbenkian não deixavam.
ResponderEliminarBeijinho
Curiosamente postei ontem em homenagem ao fado este lindo quadro de Malhoa.
ResponderEliminarUm guia que merecia uma repreensão ou então dar o lugar a tantos com competência.
beijinhos
Também aqui pela Beira há iniciativas muito boas no museu.
ResponderEliminarAlguns comcertos memoráveis com excelentes quadros em pano de fundo.
Lindas fotos.
Um abraço,
mário
Foi pena "dizer de caras" . :(((
ResponderEliminarHoje no meu blog falo sobre um tal General Mollet que estava aquartelado no actual colégio da Formiga onde se faz anualmente a Festa de Santa Rita.
Também acho que a função de qualquer guia não deve ser crítica mas apenas descritiva e informativa.
.
E ninguém teve a coragem de lhe fazer um comentário sobre a sua falta de profissionalismo? Pena!
ResponderEliminarBjos
Concordo em absoluto, Rosinha! Petulância e deselegância não cabem no papel de um guia. E olha que nem me refiro ao traje.
ResponderEliminarEnfim...
Sem paciência para pesquisar, mesmo que me pareça que o mestre já deu a dica, deixo o desafio.:)
beijinhos nossos e aquele abraço.
Gostava imenso de visitar este museu, mas desde a morte da minha tia paterna nunca mais visitei Lisboa.
ResponderEliminarÉ como o nosso Rui diz e, muito bem, que a função de qualquer guia não deve ser crítica mas apenas descritiva e informativa.
PS: Como sabes, Rosa dos Ventos, vivo longe de Portugal, por isso não admira, que nunca tenha ouvido falar dos "agarradores" da ideia do Pedro Santana Lopes: Carmona Rodrigues e António Costa, mas o que interessa foi o sucesso do projecto.
Todos nós, portugueses, estamos de parabéns.
Sobre os comentários do guia, nem me pronuncio... subscrevo integralmente as suas palavras.
ResponderEliminarQuanto ao quadro, confesso a minha ignorância.
Há que tempos que eu tenho um projecto de ir a Lisboa ver ou rever alguns museus!
ResponderEliminarDos dois, aqui, prefiro o «Fado» que acho uma maravilha!
PS-Peço desculpa, foi uma falha não localizar o festival dos chícharos mas pensava que estava na bandeira da confraria. Era em Sta. Catarina da Serra.
Outra desculpa por mencionar isto aqui mas o blogger, não sei porquê, não me deixa comentar no meu blog! Feitios!
Boa semana!
Realmente, o senhor devia ter a sua opinião e até podia partilhá-la, mas daí a insultar um pintor como o Malhoa, alto lá!
ResponderEliminarEnfim...
Nestes lugares deveriam ser colocados guias com competência, não me parece que fosse o caso...
ResponderEliminarBeijinhos
Quanto ao guia... já houve comentários suficientes... quanto à bateria ter acabado... se calhar... é uma moléstia que anda por aí... acaba com tudo ;)
ResponderEliminarBjos
Rosinhamiga
ResponderEliminarGrande ideia! Bué da fixe! Sobre o guia nem tinhas de te incomodar; ele também vai nesses preparos para a Cidade Universitária e até está quase a concluir um mestrado, no mínimo.
Baterias são outros quinhentos mal réis: baterias em quem? Há por aí tantos passos e tantas portas...
Qjs
Na nossa Travessa, além de extraterrestres, agora há também... mamas. Sou um desavergonhado, não há nada a fazer
Normalmente, corro tudo quanto é museu mas, curiosamente, nunca visitei este. Estou farta de ouvir falar dele e até já fiz as minhas pesquisas, ainda assim, nunca lá pus os pés. Só tenho a perder com isso.
ResponderEliminarO quadro foi logo identificado no início!
ResponderEliminarChama-se "Cabeça" e foi pintado por Guilherme Santa Rita mais conhecido por Santa Rita Pintor, um dos génios da Geração de Orpheu.
Dele restam apenas duas obras, esta e ainda "Orpheu no Inferno".
Segundo o tal "guia", foi a família que destruiu toda a sua obra, após a sua morte, salvando-se apenas estes quadros. Consideravam a sua pintura "satânica", daí a destruição.
Numa consulta que fiz diz-se que foi o próprio pintor que solicitou a sua destruição!
Deixo aqui este registo mais como curiosidade.