No âmbito das Jornadas da Floresta, uma iniciativa do Município de Ourém integrada nas comemorações do Ano Internacional das Florestas, pude assistir ontem de manhã a duas palestras sobre a temática das Políticas Florestais e Ordenamento do Território e Floresta Autóctone. Fiquei-me apenas pelos trabalhos da manhã porque uma tosse persistente, que me acompanha há uns dias, já começava a perturbar o vasto auditório.
Foram de grande interesse as duas apresentações mas vou apenas referir duas curiosidades apontadas pelo 1º orador, o Dr. João Pinho:
Primeira curiosidade - Portugal é o 3º país com menos floresta na posse do Estado, a seguir às Ilhas Salomão e ao Uruguai.
O Estado detém apenas 2% das áreas florestais, incluindo já as que pertencem aos municípios.
Segunda curiosidade - a primeira grande acção de florestação em larga escala na história da humanidade, realizou-se durante o séc. XIII, em Portugal, com a plantação do Pinhal de Leiria.
Todos sabemos o que decorreu desta iniciativa pioneira, além da protecção das terras de cultivo ali estavam "as naus a haver" que nos levaram a dar novos mundos ao mundo e a irmos para além da dor!
Querida Rosa, ao ler este teu texto, não pude deixar de me lembrar das paisagens aqui do Norte, que depois dos incêndios, que todos os anos as castigam, ficam totalmente despovoadas de árvores! Até metem dó, cabeços, colinas, "carecas" e sujeitas a tanta erosão dos elementos naturais.
ResponderEliminarAs melhoras da tua tosse.
D. Dinis foi um grande visionário!
ResponderEliminarPena que centenas de anos mais tarde, as entidades responsáveis não tivessem feito o seu melhor para preservar tão vasto empreendimento.
As melhoras!
Abraço
Ora aqui está uma iniciativa em que eu teria gostado de poder participar.
ResponderEliminarMas não. Ainda ando envolvido em questões de natureza profissional que me obrigam a um esforço, às vezes ciclópico
(não é para me gabar ou para terem pena de mim, que estou bem, muito obrigado)
para gerir o meu tempo.
Demais, com a minha mania da fotografia de reportagem, está bom de ver que tenho muito onde ocupar o meu tempo.
Mas as árvores são uma das minhas mais fortes paixões. E tenho algumas, felizmente!
Deve ter sido muito interessante, aliás há-de ser muito motivador, rever conceitos e informações sobre a melhor maneira de proteger a floresta portuguesa, duma forma racional, embora.
Um abraço
Nessas jornadas
ResponderEliminarfalou-se das espécies plantadas?
Quanto pesa o eucaliptal
plantado para fazer papel de jornal
Ah, e também rebuçados para a tosse... (já passou?)
NOTA: acima escrevi jornal só para rimar, a celulose dá para grande variedade de papeis, para aí uns seis... :-))
mas este Estado é péssimo em tudo.
ResponderEliminarsó os fulanos do PSD é que pensam que os problemas do nosso país estão todos no funcionalismo público.
seja na educação, na saúde, no desporto ou na cultura, o Estado tem ficado sempre bem aquém das suas funções, e como é óbvio, o ambiente e as florestas não podiam ser excepção, Rosa.
abraço
sabia que a madeira estava mal..mas tanto:(
ResponderEliminarClaro que os privados que detém o remanescente, suportam as despesas com a limpeza das florestas, e observam ao drama da “doença” nos pinheiros bravos…
ResponderEliminarRosa
ResponderEliminarExcelente amiga.
Não sei se conheces a Marinha Grande que fica junto do pinhal do Rei D.Dinis, uma floresta que separa esta cidade da costa maritima, uma floresta linda que se vê a degradar de dia para dia por falta de cuidados, sinto um aperto enorme sempre que passo por ela e que são imensas vezes.
Desejo as tuas melhoras.
Beijinho
Pois é Rosa, 2% da floresta pertence ao estado, e qual é a percentagem do estado que ainda é português?
ResponderEliminarBjito
Somos uns tristes!... Tudo quanto foi do sector extractivo foi por água abaixo! Serviços, serviços e mais serviços! Comércio e turismo e mal!
ResponderEliminarBeijinho (melhoras da tosse; vê se não tem a ver com os problemas de coração!)
O que infelizmente acontece muitas vezes, é que as florestas não são limpas e no Verão... Desaparecem.
ResponderEliminarEspero que agora a situação mude.
:)
Rosinhamiga
ResponderEliminarNem florestas, muito menos virgens... A nossa Émepontamiga diz que sabia que a madeira estava mal... mas tanto não. É do caruncho, minha linda, é do caruncho.
O Estado é um açambarcador: o danado é dono de 2% das áreas florestais; é muito, muitíssimo. E que, por certo, este Executivo vai executar; é muito bem feito. Privatizar é a palavra de ordem; até a serradura.
Quanto ao Dom Dinis, não me pronuncio. Esse malandro plantador de naus está na origem da vinda da goesa Raquel a pretexto de faculestudar e no fim para caçar-me e casar-me, com ela.
Já não se pode confiar em ninguém, nem no Dom Dinis.
Qjs
PS (...) - E kaxas do Trabalhar em Badajoz lá na nossa Travessa? E do etc., lá no Pulhitica? Diz coisas, svp, merci
Tem sido tão esquecido o Ano Internacional das Florestas, Rosa!
ResponderEliminarAliás, os problemas ambientais há anos que deixaram de fazer parte das prioridades dos governos...
As melhoras!
E foi de tal maneira importante e conseguida essa florestação, que ainda hoje conseguimos ir "para além da dor"!!!
ResponderEliminarAbraço
Era importante e decisivo mesmo as populações recuperarem os espaços comunitários que lhes foram sendo usurpados.
ResponderEliminarLembro as lutas desesperadas de populações do Barroso pelos seus baldios.Era aí que sustentavam o gado,era aí que iam buscar lenha,era aí que cultivavam,grande parte,da batata de semente.
Tudo lhes foi usurpado,com a ajuda dos governos,pela força,em favor de monstros e interesses que nunca foram em favor do povo.
Se as populações sentissem que as florestas eram suas e em seu benefício,resolver-se-ia,entre outros,o flagelo dos incêndios.
Um abraço,
mário
É um dos pontos que o Estado deveria ter a obrigação de ter em atenção, é um património que ano após ano se vai perdendo com a saga dos incêndios.
ResponderEliminarUm abraço amigo
Quem perde a soberania também perde todos os demais tesouros.
ResponderEliminarEspero que já estejas recuperada querida amiga
A fotografia está espantosa e muito adequada ao texto (lembro-me de ter estudado sobre o Pinhal de Leiria na escola)
ResponderEliminarum bejinho
Querida Redonda
ResponderEliminarPeço desculpa mas a foto não é minha!
Como uso quase sempre imagens da minha autoria de vez em quando esqueço-me de dizer que são da net!
É este o caso...
Sorry!
Abraço
Caros amigos
ResponderEliminarMuito haveria a dizer sobre este tema e sobre o milhão e meio de floresta abandonada no nosso país devido a vários factores, por exemplo:
Fraca rentabilidade da pequena propriedade por falta de emparcelamento;
Envelhecimento dos proprietários;
Emigração e ou desinteresse dos herdeiros.
Ou ainda sobre os baldios e a gestão dos mesmo por assembleias de compartes...ou não.
Mas já me conhecem a minha tendência para a lei do menor esforço!:-))
Abraço
Sendo certo, a exposição é de prémio. Vejo-te documentada e possuidora da verdade.
ResponderEliminarParabéns.
Que se cuidem as nossas florestas!
Abraços