Quando a luz falhou, esperei uns minutos, depois telefonei ao meu filho que me disse que estava na mesma situação e que constava que o apagão era nacional e estendia-se a Espanha.
A partir daí, não consegui estabelecer qualquer comunicação com mais ninguém.
O dia foi passado com a normalidade possível, com um almoço bem frugal, seguido de leitura e de uma boa sesta.
Quando os miúdos chegaram a casa disseram que as aulas decorreram sem problemas e o meu filho chegou sem qualquer incidente no trânsito, salientou mesmo a calma e o civismo nos cruzamentos com os semáforos desligados. Acrescentou que muita gente já tinha ido para casa, daí não haver caos.
Mas o caos estendeu-se aos aeroportos, aos terminais rodoviários, à CP em greve, nos centros comerciais, no metro.
Onde havia geradores tudo se recompôs com a rapidez possível.
Fomos apanhados com poucos enlatados e duas ou três velas. Depois de casa roubada, trancas na porta e assim se concluiu que o tal kit de sobrevivência tem que ser organizado e até com mais alguns acessórios.
Pelas 21h, fez-se luz, houve gente às janelas a bater palmas e a dar vivas, claro que também aderimos a estas manifestações de alegria e de alívio. Parecia que estávamos a sair de um confinamento.
No meio deste acontecimento grave e inédito, pasmei com a minha ingenuidade - pensava que éramos independentes no que diz respeito à REN, com tantas eólicas, painéis solares e barragens.
Agora é hora dos governantes repensarem esta dependência.
Os governantes?
ResponderEliminarO Ministro das Infraestruturas já disse que o SIRESP teve falhas e que bla bla bla.
O que é que não tem falhas neste país?
A falta de comunicação levou-me a acreditar que o apagão tinha sido a nível de toda a Europa. Afinal, não. Portugal e Espanha, 'apenas'.
Sempre ouvi dizer que 'de Espanha nem bom vento nem bom casamento'. Ontem foi um apagão.
É hora, sim, de pensarmos na dependência.
Abraço
Há mesmo que repensar esta dependência energética, mesmo que nos fique mais caro.
EliminarAbraço
Estive sempre calma ouvindo as notícias por um pequenino rádio. Sabia sim que dependíamos da Espanha por ser mais barata o que me tirou sempre do sério! Os governates e o resto da matilha ganham bem e muitos deles até se enganam e metem ao bolso!
ResponderEliminarEstou sempre preparada para as falhas e compro o essencial para qualquer situação mas jamais açambarcar!
No COVID foi o papel higiénico e neste apagão foram os enlatados e àgua!
Beijos e um bom dia!
Por aqui também reinou a calma, mas não estávamos prevenidos para mais de dois dias sem luz.
EliminarAbraço
«Um problema técnico mais provável do que o ataque cibernético»
ResponderEliminarO primeiro a dizer isso foi o ministro português da Coesão Territorial.
Apagões já aconteceram em vários países do mundo e a culpa não foi do Donald Trump, do Luís Montenegro ou da extrema-direita.
Pelo que li, os cidadãos portugueses perderam a cabeça.
O que aconteceria com uma crise verdadeiramente violenta.
Abraço da amiga que ontem queria ver o debate dos debates, que ficou adiado por causa do apagão. Recebi agora a notícia que o debate é amanhã.
Também soube hoje que houve desatinos nos hipermercados, mas aqui por casa mantivemos a calma.
EliminarContudo, conversámos sobre a necessidade de organizarmos o tal kit de emergência, acrescentando um rádio a pilhas.
O PM acabou de dizer que os portugueses demonstraram grande maturidade cívica .
Provavelmente esses desacatos foram pontuais.
Abraço
Imagino as pessoas que ficaram em elevadores durante algum tempo... Eu teria um ataque de ansiedade.
ResponderEliminarTambém pensei nelas!
EliminarO pior foi o caos no aeroporto de Lisboa.
Uma das minhas cunhadas que vive entre Paris e Lisboa tnha voo ontem às 19h e nem sequer conseguiu chegar ao aeroporto.
Só sairá de Lisboa dia 1 de manhã .
Ainda deu para bebermos uma imperial.
Sabe sempre bem pôr a conversa em dia com uma cunhada que é antes de tudo amiga!
Abraço
Valeu-te isso! Uma boa conversa com a cunhada e amiga.
Eliminar: )
Um Apagão que nos apanhou desprevenidos.
ResponderEliminarDepois do almoço faltou a água. Foi um desatino
com pessoas a correrem de um lado para o outro
pensando já o pior.
Abraço
Olinda
Tivemos sempre água, mas parece que houve algum destino como diz, com compras desenfreadas.
EliminarAbraço
Pois, também tive a ingenuidade de nos pensar autónomos.
ResponderEliminarSegundo ouvi na televisão, o problema originou-se em França , apanhou Espanha, Marrocos e Portugal .
Esta coisa do pacote de sobrevivência causa-me alguma estranheza e já a segunda vez que acontece.
Será que sabem alguma coisa que nós desconhecemos ?
Abraço.
Só ouvi que o problema se tinha localizado em Espanha, mas isso não interessa.
EliminarO que é importante é a nossa fragilidade, dependência e lentidão de resposta numa situação de enorme gravidade e de impacto social.
Talvez seja bom estarmos mais prevenidos , sem entrarmos em pânico.
Abraço
Pelo pouco que fui apanhando aqui e ali soube que neste momento "importamos energia" por ser mais barata. Ora nós que estamos sempre a ser aumentados na conta (nas contas) questionamos governos e mundos: quem é que leva os dinheiros afinal? Tão perto estamos do que nos pareceu, na altura, um exagero: o triunfo dos porcos, 1984, de outras memórias. Estive no 25 de Abril, em Lx, com a pequena família. Gostei muito da convivência e alegria. Abçs Bettips
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