terça-feira, dezembro 30, 2014

Cem/sem

Para chegar à postagem 100 e sem outro assunto desejo a todos e todas um espectacular ano de 2015!
Que os vossos desejos mais prementes se realizem! 

quarta-feira, dezembro 03, 2014

À espera...



Em profunda reflexão sobre tudo e sobre nada!

domingo, novembro 30, 2014

Bóiam leves...

Bóiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoa,
Como, no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.

Bóiam como folhas mortas
À tona de águas paradas.
São coisas vestindo nadas,
Pós remoinhando nas portas
Das casas abandonadas.

Sono de ser, sem remédio,
Vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe ou se dói.

Fernando Pessoa - Cancioneiro

Nota: Já quase a terminar o dia mas ainda deu para uma breve homenagem a Fernando Pessoa que morreu a 30 de Novembro de 1935.

domingo, novembro 23, 2014

Prova de vida...




Ontem, o Chorus Auris assinalou o seu 42º aniversário com um concerto onde estiveram presentes os coros indicados no cartaz.
Aproveitámos a data para apresentarmos uma nova composição que, contra algumas expectativas mais negativas, até não correu nada mal!É precisamente esta que registo aqui, apesar de não ter o melhor som.
Pelas palmas parece que o espectáculo foi do agrado do público presente.
Com esta "postagem" apenas pretendo dar uma prova de vida!

segunda-feira, novembro 17, 2014

Ninguém é de ninguém...

"Ninguém é de ninguém
Na vida tudo passa
Ninguém é de ninguém
Até quem nos abraça..."

São os primeiros versos de uma música brasileira bem antiga e muito conhecida.
É verdade que todos somos livres e temos o direito a escolher os caminhos que trilhamos mas o meu pensamento está com os pais, familiares e amigos de João Marinho, o jovem português que se encontra perdido naquela beleza gelada e agreste que são os Picos da Europa!

segunda-feira, novembro 10, 2014

A azeitona não está preta...

Na semana passada passámos pelo olival para ver o estado da azeitona e como prevíamos é pouquíssima, tem bicho e nem sequer está preta! O tempo não lhe correu de feição!
As fotos são de há dois anos...





Costumamos dar a apanha a pessoas conhecidas que entendem bem do ofício e em troca recebemos uma parte em azeite.
Já no ano passado o olival deu pouco mas de boa qualidade, este ano a pouca que há ficará nas oliveiras.
A canção popular "Chapéu Preto" que tem uma quadra alusiva à azeitona não se poderá cantar por aqui.

A azeitona já está preta
Já se pode armar aos tordos.
Diz-me lá, ó cara linda, 
Como vais de amores novos.

sexta-feira, novembro 07, 2014

"November"



Com o desejo de um bom fim de semana deixo-vos com uma descoberta recente!

quinta-feira, novembro 06, 2014

Há cidades acesas

No aniversário do nascimento de Sophia de Mello...

Há cidades acesas na distância,
Magnéticas e fundas como luas,
Descampados em flor e negras ruas
Cheias de exaltação e ressonância.

Há cidades acesas cujo lume
Destrói a insegurança dos meus passos,
E o anjo do real abre os seus braços
Em nardos que me matam de perfume.

E eu tenho de partir para saber
Quem sou, para saber qual é o nome
Do profundo existir que me consome
Neste país de névoa e de não ser.


terça-feira, novembro 04, 2014

Novembro


(foto da net)


O tempo está assim!
Ora chove, ora faz sol...
Quando era miúda, nestas ocasiões cantarolava:

"Está a chover e a fazer sol
E as velhas a dançar em Rio Maior!"

Lembro ainda um ditado de novembro:

Em novembro põe tudo a secar, que pode o sol não voltar.

sexta-feira, outubro 31, 2014

Feiticeira




Qual Halloween, qual quê?

quarta-feira, outubro 29, 2014

Ainda "Os Maias"

Ainda "Os Mais" porque, na verdade, reler esta obra e continuar com outras de menor fôlego levam-me a estar só na página 456.
Já me ficou para trás, há dias, o episódio das corridas no hipódromo e não posso deixar de transcrever um pequeno extracto.

"D. Maria da Cunha erguera-se para lhes falar: e durante um momento ouviu-se, como um gluglu grosso de peru, a voz da baronesa (ministra da Baviera) achando que c´était charmant, c´était beau. O barão, aos pulinhos, aos risinhos trouvait ça ravissant. E o Alencar, diante daqueles estrangeiros que não o tinham saudado, apurava a sua atitude de grande homem nacional, retorcendo a ponta dos bigodes, alçando mais a fronte nua.
Quando eles seguiram para a tribuna, e a boa D. Maria se tornou a sentar, o poeta, indignado, declarou que abominava os alemães! O ar de sobranceria com que aquela ministra, com feitio de barrica, deixando sair o sebo por todas as costuras do vestido, o olhara, a ele! Ora, a insolente baleia!"

Embora o desamor de Alencar pelos alemães me pareça, neste contexto, mais uma questão de despeito não deixa de ser significativa esta passagem que veicula de forma implícita um sentimento mais generalizado mesmo da parte do narrador com o opinativo "como um gluglu grosso de peru..."
Talvez tenha que chegar à conclusão que este desamor pelos alemães vem de longe, muito antes da TROICA nos ter atingido tão profundamente!

Nota: Se a Teresa, a "nossa" amiga da Alemanha, passar por aqui espero que não me leve a mal.

domingo, outubro 26, 2014

Casamentos


(foto da net)

Chega esta época e eu não consigo resistir a estes "casamentos" como era nomeada a junção de figos secos com nozes lá na aldeia onde nasci.
Os meus avós paternos tinham muitas figueiras e algumas nogueiras e desde sempre essa "iguaria" fez parte dos meus outonos.
Embora o tempo ainda não convide à lareira, eu já iniciei o ritual de passar o serão com uma cestinha de figos secos e outra de nozes ao lado e, armada de quebra-nozes, toca de fazer "casamentos" e comê-los...acompanhados com vinho do Porto ou ginja ainda são melhores mas isso só o faço muito de vez em quando!
Os figos tenho que os comprar porque não me calhou em herança nenhum figueiral mas as nozes são duma nogueira plantada pelo meu pai e que resiste no quintal duma velha casa que era do meu bisavô paterno, do lado do avô e que a minha irmã, co-proprietária, me faz chegar já prontas a partir.

quarta-feira, outubro 22, 2014

Caminhos



Cada um tem seus caminhos...



Enevoados, lacrimosos...


Lamacentos, sinuosos...


Líquidos, transparentes...


Conducentes a um objectivo bem definido...


Ao sabor do vento e das 
águas...


Pelo azul dos céus...


De passagem para a outra margem...





segunda-feira, outubro 20, 2014

Não é um enigma...


Depois de uma semana por aqui...


Vim encontrar as minhas laranjas neste estado!


Será que há alguma solução para as que ainda não abriram buracos?
Já pensei em fita cola...

sexta-feira, outubro 10, 2014

Finalmente na moda...


(foto da net)

Desde que me aposentei que as calças de ganga passaram a ser quase um uniforme para mim!
Finalmente consegui romper umas e andar na moda!
Os rasgões das minhas não são tão abertos mas lá chegarão!

segunda-feira, outubro 06, 2014

Folhas caídas


(foto da net)

É uma luta inglória a que travo, diariamente, com as folhas que caem no meu jardinzito!
Eu varro e daí a nada o chão está de novo colorido de pinceladas que vão do castanho dourado ao escarlate.
Se tivesse alma de poeta e alguma criatividade, em vez da vassoura, pegava numa folha e numa caneta e escrevia um poema às folhas caídas...
Assim, como sou uma prosaica, limito-me a continuar a varrer! 

quinta-feira, outubro 02, 2014

Outubro



Com um dia de atraso em relação à entrada do mês e ao Dia da Música mas com os nossos irmãos brasileiros no coração!

quinta-feira, setembro 25, 2014

Os Maias







Antes da partida de Lisboa ainda consegui ver o filme que João Botelho realizou a partir da obra de Eça de Queiroz "Os Maias".
Reduzir a duas horas uma narrativa de tamanha envergadura foi tarefa árdua mas o resultado está excelente.
Pensava eu que as cenas do exterior, tendo como pano de fundo telas enormes pintadas pelo artista plástico João Queiroz, iriam empobrecer o filme mas afinal enganei-me porque esteticamente foi muito bem concebido.
Contudo não estou aqui para fazer uma crítica ao filme mas para vos dizer que me veio, a partir da visualização do mesmo, uma forte vontade de reler a obra e é o que ando a fazer...eu que até não sou dada a reler obras completas.
Às tantas, quando Carlos da Maia anda  entusiasmadíssimo na construção do laboratório fundamental para a sua actividade de médico, surge este saboroso diálogo:

"- O quê, sangue? - dizia Carlos, olhando a fresca, honrada e roliça face do demagogo.
- Não senhor, um navio, um simples navio...
- Um navio?
- Sim, senhor, um navio fretado à custa da nação, em que se mandasse pela barra fora o rei, a família real, a "cambada" dos ministros, dos políticos, dos deputados, dos intrigantes, etc, e etc.
Carlos sorria, às vezes argumentava com ele.
- Mas está o sr. Vicente bem certo, que apenas a "cambada", como tão exactamente diz, desaparecesse pela barra fora, ficavam resolvidas todas as coisas e tudo atolado em felicidade?
Não, o sr. Vicente não era tão "burro" que assim pensasse. Mas, suprimida a cambada, não via Sua Excelência? Ficava o país desatravancado, e podiam então começar a governar os homens de saber e de progresso...
- Sabe Vossa Excelência qual é o nosso mal? Não é má vontade dessa gente; é muita soma de ignorância. Não sabem. Não sabem nada. Eles não são maus, mas são umas cavalgaduras!"

Nota: as fotos tirei-as no Chiado onde estes cartazes publicitam o filme.


terça-feira, setembro 23, 2014

Outono


Vinhas em Arles de Vincent van Gohg


Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há tanta fantasia 
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.

Miguel Torga

Nota: Tomei a liberdade de escolher o pintor...

segunda-feira, setembro 22, 2014

Comissão de serviço

O bando de pombos que debicava na relva em busca de sementes, à minha passagem, levantou voo num sobressalto estilhaçado que se juntou ao ramalhar da folhagem  das árvores da pracinha.
Abri o carro, sentei-me, puxei a porta, coloquei o cinto de segurança, ouvi o clique, accionei a chave do motor e ao mesmo tempo o cd que andava há semanas no carro começou a tocar.
Em breve estava na 2ª circular e poucos minutos depois transpunha a via verde da A1 rumo a norte.
Para trás ficava Lisboa onde só voltarei de visita.
E foi assim que, no dia 19, a minha comissão de serviço junto dos netos chegou ao fim!


sexta-feira, setembro 12, 2014

Mudança

(foto da net)



Mais uma vez em mudança!

segunda-feira, setembro 08, 2014

Novo ciclo

Há um cheiro no ar a relva fresca e a terra molhada!
Na pracinha em frente de casa já não há crianças em alegres brincadeiras...
Um novo ciclo se inicia com o regresso ao trabalho, às aulas, às aparentes rotinas...
Também para mim se vai fechar um ciclo e abrir outro.
Não vou recomeçar, vou começar de novo...ninguém recomeça porque o que vamos deixar para trás modificou-nos e o que vamos encontrar lá no sítio de onde partimos também se  modificou.
Sendo a mesma...sou outra porque vejo a realidade com outros olhos!

sábado, setembro 06, 2014

Chuva


(imagem da net)


Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.

Chove grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer...

Miguel Torga

terça-feira, setembro 02, 2014

Aromas de Setembro

Logo que entra Setembro, vêm-me à memória a infância e os aromas que sentia quando entrava no grande celeiro dos meus avós paternos.
Maçãs, pêras, figos, bem enfileiradinhos, descansavam em tabuleiros de madeira que por sua vez estavam colocados em cima das arcas dos cereais,  ao lado das pipas do vinho.
Lá mais para o fim do mês, as uvas de mesa eram penduradas nas traves do tecto.
E havia fruta quase todo o ano.
Há dias, a convite de um primo que herdou a casa juntamente com dois irmãos, entrei no celeiro.
Tornou-se bem mais pequeno, não tinha nem arcas, nem pipas, nem tabuleiros com fruta...
Estava transformado numa espécie de depósito de livros que irá dar origem à vasta biblioteca do meu tio, falecido há dois anos.
Já não cheirava a fruta madura mas também ainda não cheirava a biblioteca.
Jurei não voltar lá!

sexta-feira, agosto 29, 2014

8º aniversário

Oito anos é muito tempo!
Penso às vezes que, se a deriva continua, não vale a pena a viagem...mas os amigos virtuais e reais lá vão fazendo o favor de deixar comentários e eu cá vou navegando com a minha "rosa dos ventos" de fraca serventia!

quarta-feira, agosto 27, 2014

Cleo

Às vezes acontece virem parar-me às mãos textos de autores/as completamente desconhecidos/as!
Foi assim que li de um fôlego "Cleo" de Hellen Brown, uma cronista nascida e criada na Nova Zelândia!
Pelo que me apercebi é uma história verídica que me fez deitar algumas lágrimas, embora não tenha grande valor do ponto de vista literário, fiquei mais uma vez rendida ao papel dos gatos na mitigação de desgostos terríveis!
Deixo-vos com um pequeno extracto.
"Uma divisão é mais bonita quando está decorada com um gato. A sua presença sedosa transforma uma coleção de cadeiras, brinquedos espalhados e pratos com migalhas num templo que apazigua a alma. Nós, pobres seres humanos, cometemos inúmeros erros com as tentativas neuróticas de nos agarrarmos ao passado e controlarmos o futuro. Precisamos de um gato para nos recordar que devemos simplesmente ser."

terça-feira, agosto 26, 2014

Passos e portas...

Verifiquei agora que as quatro últimas "postagens" só falavam de passos e portas!
Estarei a ficar obcecada pelos nomes?!

sábado, agosto 23, 2014

Primeiros passos...



Finalmente o pequenito decidiu-se a caminhar durante o tempo e distância suficientes para eu poder dizer que já anda!
Na vida irá cair algumas vezes mas que consiga ganhar sempre forças para se levantar e seguir em frente é o que eu lhe desejo!

quinta-feira, agosto 21, 2014

A Viagem dos Cem Passos




" Dirigida pelo sueco Lasse Hallström, esta é a história de uma família indiana que se instala em França e decide abrir um restaurante...
A gastronomia surge como pretexto para uma fábula previsível, mas simpática, sobre a coexistência de todas as diferenças culturais.
Na produção estão os nomes de Steven Spielberg e Oprah Winfrey, apostando em consolidar laços industriais e comerciais com a Índia."

Esta é a apresentação do filme que se encontra nos jornais e que foi adaptado a partir de um livro publicado por Richard C. Morais , em 2010, um cidadão do mundo uma vez que é americano, nascido em Portugal, criado na Suiça e vivendo longas temporadas em Inglaterra.
Pois foi então este o filme que decidi ver ontem e que achei delicioso exactamente pela vertente gastronómica que aborda.
Depois de enormes dificuldades, esta família indiana encontra o local ideal para abrir o seu restaurante com o trabalho de todos mas com o dom especial do filho mais velho que herdou essa magia da mãe morta num incêndio em Bombaim.
A cem passos, do outro lado da rua, situa-se um restaurante tipicamente francês já detentor de uma estrela Michelin.
Será a luta entre os respectivos proprietários e funcionários que ocupará grande parte da acção...
É um filme de cores, cheiros, sabores, sons e afectos onde cozinhar significa preservar memórias mas também inovar.
Sendo eu uma fraca cozinheira, tenho uma atracção especial por livros de culinária, mercados ao ar livre tão comuns em França com o seu tipicismo, sem a desarrumação dos mercados portugueses da província que também me agradam...
Claro que no fim tudo termina bem, tendo como música de fundo "Hier encore"!
Agradável de ver, com uma mensagem muito simplista pois não é com esta facilidade que se resolvem as diferenças sejam de que ordem forem...e é só ler os jornais e ouvir as notícias nas televisões...deixa-nos, contudo, com um sorriso nos lábios!

terça-feira, agosto 19, 2014

Outra porta...



Porta do Castelo de Lamego - Dia Mundial da Fotografia

segunda-feira, agosto 18, 2014

domingo, agosto 10, 2014

Ítaca

É tempo de verão, tempo de evasão, de diversão, as férias pedem lugares diferentes, lonjuras...se possível!
Nos blogues, no facebook reflectem-se estes estados de espírito relacionados com o desejo de partir, depois partilham-se fotos mais ou menos exóticas e ou interessantes, descrevem-se emoções ou simplesmente descreve-se o que se vê.
Nem a propósito, a crónica de José Tolentino Mendonça da Revista do Expresso deste sábado versava o tema da "viagem" e às tantas diz-nos o seguinte:
"Nenhum país é mais estrangeiro do que o nosso coração. E se não assumimos isso num trabalho pacientíssimo de integração e transformação, tornaremos cada lugar aonde cheguemos, por mais feliz e prometedor que seja, um exílio e uma terra de ninguém. O verdadeiro viajante é aquele que descobre a necessidade de bússolas simbólicas  para a sua travessia. Bússolas em vez de derivas. Um último ponto. A quinquilharia exótica que os turistas arrastam como memória material da sua errância não passa de um equívoco. A viagem não tem nada para dar-nos, além da morte das nossas ilusões e de um novo nascimento. A viagem só tem a oferecer conhecimento. Isso é o que está reflectido no extraordinário poema de Konstantinos Kaváfis chamado "Ítaca":
"(...)
Não te apresses nunca na viagem.
É melhor que ela dure sempre muitos anos,
que sejas velho já ao ancorar na ilha,
rico do que foi teu pelo caminho,
e sem esperar que Ítaca te dê riquezas.
Ítaca deu-te essa viagem esplêndida.
Sem Ítaca não terias partido.
Mas Ítaca não tem mais nada para dar-te."

sexta-feira, agosto 08, 2014

Tempo

Em contagem decrescente!

terça-feira, agosto 05, 2014

Efeméride



Partiu a 5 de Agosto de 1962!
Envelhecer não era o seu projecto de vida!

sábado, agosto 02, 2014

Feliz Idade

Já acabei a leitura deste romance de Valter Hugo Mãe há bastante tempo mas só agora ganhei coragem para ir além de meia dúzia de linhas e cansar-vos um pouco mais do que o habitual.
Chamo-vos a atenção para o facto de o autor escrever sempre com minúsculas independentemente da pontuação usada.




Feliz Idade é o nome da residência sénior para onde vai António Jorge da Silva, após a morte da sua  companheira de mais de 40 anos.
Aí encontra outros Silvas "somos todos Silvas neste país" e até o Esteves do poema Tabacaria, de Álvaro de Campos.
Aquela que à partida poderia parecer-nos uma narrativa deprimente devido à avançada idade da maioria das personagens acaba por se tornar uma interessante e até alegre descoberta de que o final da vida ainda nos pode trazer aprendizagens surpreendentes ...pelo menos é essa a conclusão a que chega o sr. Silva, narrador-personagem quando já na sua fase terminal confessa a um dos técnicos do lar:
"...depois confessei-lhe, precisava deste resto de solidão para aprender sobre o resto de companhia. este resto de vida, américo, que eu julguei já ser um excesso, uma aberração, deu-me estes amigos. e eu que nunca percebi a amizade, nunca esperei nada da solidariedade, apenas da contingência da coabitação, um certo ir obedecendo, ser carneiro. eu precisava deste resto de solidão para aprender sobre este resto de amizade. hoje percebo que tenho pena da minha laura por não ter sido ela a sobreviver-me e a encontrar nas suas dores caminhos quase insondáveis para novas realidades, para os outros. os outros, américo, justificam suficientemente a vida, e eu nunca o diria. esgotei sempre tudo na laura e nos miúdos, esgotei tudo demasiado perto de mim, e poderia ter ido mais longe."


terça-feira, julho 29, 2014

Mas as crianças, senhores da guerra?


Faixa de Gaza


Brinquedos no meio dos destroços do voo MH 17!

sexta-feira, julho 25, 2014

No Tempo Dividido




E agora ó Deuses que vos direi de mim?
Tardes inertes morrem no jardim.
Esqueci-me de vós e sem memória
Caminho nos caminhos onde o tempo
Como um monstro a si próprio se devora.

Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, julho 22, 2014

Príncipes


Este príncipe faz hoje um ano e já anda há um mês... 


E este já fez um ano há um mês e nada de se pôr a andar...
Parece-me mal!

quinta-feira, julho 17, 2014

Colheita de morangos



A minha produção de morangos está a ser ligeiramente inferior à das ameixas...em todo o caso ainda há meia dúzia para o Dinis colher este fim de semana!

terça-feira, julho 15, 2014

Duelo à sombra

Primeiro e em posição estratégica observa-se bem o adversário...


Depois iniciam-se as hostilidades...


Finalmente a "donzela" pode apreciar, através da vidraça, a valentia dos pretendentes!
Penso que empataram...


segunda-feira, julho 14, 2014

Ano de ameixas, ano de queixas

Têm sido tantas as ameixas vermelhas...




Que só hoje começámos a apanhar as amarelas...



Das vermelhas ainda deu para fazer uns frasquitos de doce que ficou a dar para o agridoce...

Gosto de ameixas mas a ser verdade o dito popular "Ano de ameixas, ano de queixas" seria bom que para o ano não houvesse tantas!

domingo, julho 13, 2014

Mundial de futebol


Hoje joga-se a final entre a Argentina e a Alemanha, como toda a gente sabe!
Gostaria que ganhasse a Argentina por ser "latina" mas que ganhe a melhor equipa!
Quanto ao Mundial em si, confesso que o que achei mesmo bom foram os "doodles"!

sexta-feira, julho 11, 2014

Beautiful Boy



Porque o meu rapaz faz anos hoje!

segunda-feira, julho 07, 2014

Tempo de agapantos



Florescem agapantos azuis e brancos
É tempo de espantos
E de prantos
Mas também de encantos
Quando florescem agapantos
Pelos recantos!



sábado, julho 05, 2014

Como quem ama...

Na manhã adormecida, o assobio do amolador de tesouras infiltrou-se por uma frincha da janela, veio cantar-me ao ouvido e enrolou-se em mim como quem ama!
Muito prosaicamente pensei "Ainda  hoje chove!"!

quarta-feira, julho 02, 2014

De saco cheio


Estou "de saco cheio" de coisas que seria fastidioso enumerá-las, umas porque incomodam toda a gente, outras porque são do foro pessoal.
Assim decidi comprar outro saco para começar a enchê-lo mas agora de coisas agradáveis!
A propósito de sacos, estou de malas aviadas para um período de férias...em casa!
Estou a precisar de mudar de ares...
O saco que comprei na "Parfois", passe a publicidade, é deste modelo mas em creme, com forro vermelho e é reversível...dentro traz ainda outro saco em castanho de pele sintética bem maleável.
Quer dizer que comprei três sacos num, por um preço muito acessível, mesmo ao meu gosto!

terça-feira, julho 01, 2014

Sophia de Mello


Amanhã, os restos mortais de Sophia de Mello serão trasladados para o Panteão Nacional onde repousarão junto de outros ilustres portugueses que da lei da morte se foram libertando.
Contudo a sua filha Maria  diz que  "Era mais importante estar nas escolas do que no Panteão' - Artes - DN" e tem toda a razão.
Quando eu leccionava o 12º ano de Português da área de Humanidades, a sua poesia fazia parte do programa e alunos e alunas aderiam com gosto à sua expressão concisa e brilhante.
Lembro aqui  um dos seus poemas que muito me diz:

Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua


Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello

quarta-feira, junho 25, 2014

Soldados da Paz

Junho avança e com isso os soldados da paz não têm descanso!
Não estou a falar dos valorosos bombeiros mas dos avós que enchem as praças, jardins e parques numa missão também bem meritória.

terça-feira, junho 24, 2014

In vino veritas







E foi um belo almoço em excelente companhia, com a serra de Montejunto ao fundo!
Não é um enigma!