Folheando este livro de poemas de 1968, com o preço de 100$00, cerca de 50 cêntimos agora, deparei-me com um poema cujo humor subtil me cativou.
Cortesia
Mil novecentos e pouco.
Se passava alguém na rua
sem lhe tirar o chapéu
Seu Inacinho lá do alto
de suas cãs e fenestra
murmurava desolado
- Este mundo está perdido!
Agora que ninguém porta
nem lembrança de chapéu
e nada mais tem sentido,
que sorte Seu Inacinho
já ter ido para o céu.
Carlos Drummond de Andrade in "Boitempo"
Lembrei-me de meu pai que usava chapéu quando era jovem e só deixou de o usar quando começou a perder cabelo.
Em 2021 como é a nossa cortesia quando às vezes nem nos respondem ao" Bom Dia"?!
Agora, com as máscaras, nem damos os bons dias. Acenamos com a cabeça e ..e...!
ResponderEliminarUm bonito poema com o seu quê de humor bem disposto.
ResponderEliminarGostei muito de ler o poeta Drummond de Andrade num poeminha leve e singelo, ainda que o tema seja de peso: «A Cortesia». Coisa caída em desuso? Talvez não...
Um abraço.
Agora com as máscaras, óculos escuros, as pessoas passam umas pelas outras e nem se conhecem. Cumprimentar-se? Não, não acontece.
ResponderEliminarPoema muito bonito.
.
Feliz semana. Abraço
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Bom dia, se faz favor e com licença.
ResponderEliminarSimples cortesia.
Não se encontra: eu insisto!
Eu também insisto! :)
EliminarAbraço
Um bonito poema que não conhecia.
ResponderEliminarMeu pai sempre usou chapéu quando viajava e boina no dia a dia.
Abraço, saúde e boa semana
A perda de cabelo do teu pai coincidiu com a altura em que o chapéu caiu em desuso!
ResponderEliminarSão as pessoas conhecidas que não respondem ao “bom dia”?
A expressão (ou palavra) mais frequente para cumprimentar alguém é o “Hello”. Esta palavra foi popularizada por Thomas Edison ao atender o telefone que ele melhorou... Passados cento e tal anos continuamos a atender as chamadas com “hello” e continuamos a preferir esta forma de cumprimentar do que dizer bom dia ou boa tarde...
A cortesia também sofre evoluções, mas nem sempre para melhor.
Quando era adolescente lembro-me de me levantar quando um adulto entrava. Hoje em dia ninguém se levanta quando eu entro numa sala onde se encontram alguns jovens.
Apenas um exemplo... : )
Quando estava interna num colégio de religiosas também nos levantávamos quando um professor entrava na sala.
EliminarNos meus primeiros anos de professora isso também acontecia.
Por cá temos o nosso "Olá" que é bonito e fresco.
Eu refiro-me a locais onde entro, por exemplo num café, digo "Bom Dia" e quem está mesmo à minha beira não responde.
Mesmo com máscara é fácil cumprimentar, se vão do outro lado da rua levanto a mão.
Abraço
E por aqui ainda a nossa querida Catarina, a Sãozinha, a Juanita, que encontrava no nosso salão de chá. Bateu uma saudade e fui lá. Vim aqui cair.
EliminarBeijo na vossa alma
Olá Nina!!! Tantas vezes penso em ti! Acredita. E o teu filho? Deve estar já muito “crescidinho”. Não me recordo exatamente quantos anos tinha na altura quando ainda andavas por aqui... e perdi a noção do tempo que passou desde então.
EliminarMando-te um grande abraço.
: )
Obrigada por partilhar!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Tempos bem mais humanizados do que este mundo indiferente em que estamos a viver...
ResponderEliminarExcelente este poema de Drummond de Andrade.
ResponderEliminarUm tema que tem muito que se lhe diga nos tempos
que correm...
Beijo
Olinda
A nossa cortesia está em vias de rápida extinção...
ResponderEliminarGostei do poema
Beijinho, bom resto de semana :)
Ahhhhh esse Drummond é demais! Que sensacional! Feliz do Seu Inacinho que não está vendo como o mundo está hoje.
ResponderEliminarÉ o máximo! 😝
EliminarAbraço
Princesa do meu coração...
ResponderEliminarAinda está aberto, este espaço? 😍❤️❤️❤️
Fechou durante quase 3 anos mas depois abriu!
EliminarMas é outra onda!
Abraço
Eu sou. persistente e digo sempre bom dia ou boa tarde onde quer que entre… claro que mt vezes não sou correspondida!
ResponderEliminarÀs vezes repito levantando um pouco a voz! :)
EliminarAbraço