Uma velha prostituta judia, sobrevivente da guerra, é a "mãe" de vários miúdos, filhos de mulheres ainda no ativo e que lhos confiam, mediante um pagamento determinado que nem sempre acontece.
Com o tempo, a saúde de Madame Rosa vai-se deteriorando e o seu apartamento num 6º andar sem elevador também não lhe facilita a vida..
Para o fim resta-lhe um rapazinho, Maomedh (Momo), que é tudo para ela e ela tudo para ele ao ponto de permanecer junto da velha senhora para além da sua morte.
É uma história de solidariedade, de amizade entre pessoas de etnias, religiões, culturas, comportamentos sexuais diferentes mas unidos pela mesma condição de estarem à margem da sociedade, às portas de Paris.
Quando a saúde de Madame Rosa se agrava e Momo quer levá-la para o hospital, ela diz:
"- Vão obrigar-me a viver, Momo. É o que fazem sempre no hospital, têm leis para isso. Não quero viver mais do que o necessário e já não é necessário. Há um limite, até para os judeus. Vão-me submeter a sevícias para me impedir de morrer, têm uma coisa a Ordem dos Médicos que serve para isso. Fazem a vida negra até ao fim e não vos dão o direito de morrer, porque faria privilegiados."
É uma obra publicada em 1975 e com ela o seu autor recebeu o 2º Prémio Goncourt, com o pseudónimo de Émile Ajar.
Temos ou não o direito de escolher a hora da partida?
ADORO textos longos sobre LITERATURA.
ResponderEliminarNÃO vou responder à tua pergunta, Leo.
Vou procurar o livro de ROMAN GARY, que despertou a minha atenção.
ABRAÇO SOLIDÁRIO 🇵🇹
Não era para responder, querida Teresa.
EliminarPerdemos mas já sabia que não era fácil.
Não digo mais nada sobre o livro mas gostei muito!
Abraço
Teoricamente empatamos, foram os dois auto-golos que deram a vitória à Alemanha. Batemo-nos heroicamente. Tenho orgulho na nossa equipa.
EliminarAbraço português 🇵🇹
Não fiquei decepcionada porque uma Alemanha forte no seu próprio terreno era muito difícil de derrotar.
EliminarEsperemos melhor sorte com a França!
Abraço
Françoise Hardy...
ResponderEliminarA eutanásia é um assunto extremamente delicado e controverso. Quando uma junta médica confirma que não há mais estratégias terapéuticas a seguir... e quando o sofrimento não pode ser aliviado...
Um livro que de certo deu origem a um grande debate.
Nos últimos tempos tenho escolhido propositadamente livros leves que têm um final feliz. Romances que não abordam temas profundos, mas que estão bem escritos, para aliviar esta fase que todos nós atravessamos. Uma estratégia entre as muitas que adotei...
Este acabou por ter um final feliz, o miúdo encontrou uma nova família!
EliminarAbraço
Temos todo o direito de escolher o hora da nossa partida!
ResponderEliminarE que triste notícia me dás sobre a Françoise Hardy...
Também fiquei incomodada com o seu sofrimento!
EliminarAbraço
Não sabia que Françoise Hardy, a cantora francesa, que nos tempos de juventude vivia obcecada pelo medo de engordar, vivia actualmente tal drama. Sinto muito, por ela.
ResponderEliminarSou totalmente a favor do suicídio assistido, quando se esgotam todas as possibilidades de uma vida vivida com o mínimo de dignidade. Prolongar uma vida em sofrimento, é cruel e desumano.
Sempre que este tema vem à baila, lembro-me do espanhol Ramón Sampedro, que viveu - viveu não, vegetou - vinte e cinco anos numa cama, até que uma amiga, a seu pedido, o ajudou a partir sem dor.
Por certo te lembras da polémica gerada em torno disto, Leo.
Espero e desejo, que a vontade da minha homónima, seja atendido, depois de minuciosamente analisado o seu estado de saúde.
Gostaria de ler esse livro de que falas. Parece-me deveras interessante a vida de Madame Rosa.
Um abraço.
Um abraço.
O livro é mesmo muito interessante!
EliminarAbraco
Não admira, com tantas coisas/pessoas/anos comuns, estarmos na mesma onda. A entrevista que li no Guardian é pungente. Os seus poemas, a sua voz doce, a vida...ah o tempo, esse martelo assimétrico. Esse livro de que falas deve ser bem interessante: pelos visto, actual. Nunca se discute o sofrimento nem a dignidade do ser humano.
ResponderEliminarAbçs
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMas devia ser discutido, Bettips!
ResponderEliminarAbraço
Um tema complicado.
ResponderEliminarMinha mãe teve um AVC aos 54 anos que a deixou paralisada do lado esquerdo durante 30 anos. Teve várias recidivas sempre ficava pior e sempre tinha um medo enorme de que lhe trocassem um medicamento e que a levasse à morte. Ela não podia ouvir falar em eutanásia. Meu pai entrou em sofrimento aos 91 anos e levava os dias a pedir que lhe deixasse os medicamentos junto da cama de e fosse dar uma volta. Ele queria morrer, não sofrer. Quando foi para o hospital, disse-me a chefe das enfermeiras que ele levava os dias a pedir às enfermeiras que o deixassem morrer. E uma noite ele mesmo tirou o soro e o cateter. E quando o senhor da cama ao lado, deu por isso e tocou a campainha, ele tinha entrado em coma e morreu horas depois.
Abraço, saúde e bom fim de semana
Querida Elvira, as pessoas não reagem todas da mesma maneira ao sofrimento intenso!
EliminarAbraço
Elvira, admiro muito a vontade férrea quer da sua mãe, quer do seu pai!
EliminarUm beijinho!
Quanto à Hardy, espero que consiga o que pretende. As pessoas deviam ser donas do seu próprio corpo, já para não falar do destino que esse, deve estar nas mãos de alguma entidade que eu não sei quem é!
Eutanásia, sim ou não?
ResponderEliminarUm tema que exige uma profunda e séria análise. Que poucos estão interessados em fazer.
Quanto a Françoise Hardy ... lamento, como lamento todos os que estiverem na mesma situação.
Abraço
Subscrevo, António.
EliminarFiz uma pergunta mas só respondia quem queria...
Abraço
Um resposta que tenho dificuldade em dar...
ResponderEliminarDesde jovem que considero a eutanásia um direito humano.
ResponderEliminarPara Françoise Hardy a minha solidariedade , lamentando o seu sofrimento.
Tudo de bom.