(imagem da net)
Pela janela entreaberta espreita meio corpo inclinado de homem envelhecido, por cima da cabeça oscila uma pequena gaiola com um canário.
Vejo esta cena sempre que bebo café enquanto leio o jornal, numa esplanada perto de casa.
Hoje, apenas um braço pendia do lado de fora através de uma fresta. Um pombo estava pousado no parapeito e, com a mão estendida, o homem talvez estivesse a tentar alimentá-lo sem correr o risco de ele lhe entrar pela janela.
Uma cena de uma imensa ternura mas também de enorme tristeza e solidão!
Nota: É óbvio que não me atrevi a captar qualquer imagem...
Uma situação que tanta vez se repete...
ResponderEliminarCompreendo a ausência da imagem, como é óbvio.
beijinhos, Rosa
E fizeste bem em não tentar captar. Respeitaste a sua privacidade.
ResponderEliminarEssa janela aberto dá azo a muitas conjeturas.
ResponderEliminarCaptaste o(s) momento(s) e leste neles o que a idade traz a muitos - a solidão... para lá da janela.
Beijo
Laura
Solidão: um dos males mortais dos nossos tempos.
ResponderEliminarE a tua sensibilidade soube bem dizer-nos isso, sem ser preciso foto...
Ternura e solidão... disse bem. o homem buscando no pássaro uma companhia. Parabéns, Rosa. beijos
ResponderEliminarJanelas são abertas para fora e para dentro e ali sempre estará um vulto.Parabéns.
ResponderEliminarA solidão, sobretudo na velhice, é sempre muito triste e assustadora...
ResponderEliminarAbraço
E é essa solidão que me assusta, e tenho pena de todos os idosos...e ontem quando fui ao lar...doeu.
ResponderEliminarbeijinho
Uma janela (por vezes entreaberta), para a rua, tendo por companhia um canário e uma visita extra inesperada ! :((
ResponderEliminarQuantas conjeturas poderemos formular ! ...
É triste a solidão !... :((
Como nós (todos nós) somos tão felizes !... :)))
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Rosa captaste com o teu coração e, a tua sensibilidade está aqui bem estampada, que me comoveu bastante.
ResponderEliminarSabes que me fizeste recordar uma Senhora muito rica da Marinha Grande que todos os dias colocava milho no quintal dela para os pombos que voavam por ali, chegaram a ser centenas, a senhora parecia muito saúdavel, mas teve um AVC e morreu a durante a noite, nessa manhã os pombos pousaram mas não comeram e não voltaram mais, o milho que tinha sobrado esteve meses acabando por secar com o calor, mas os pombos não voltaram.
Desculpa, não resisti semcontar.
beijinho e uma flor
Não há dia em que não pense na velhice, mais ainda quando estou a nadar na piscina. Lembro-me dos que já partiram e... enquanto puder continuarei a fazê-lo.
ResponderEliminarNem é precisa a imagem real para "ver" o senhor idoso e as suas companhias, uma constante, outra ocasional! É uma cena comovente por se imaginar a solidão e, talvez, a doença!
ResponderEliminarUm abraço.
Nem foi preciso captares a imagem, porque as tuas palavras permitiram-me imaginar o cenário!
ResponderEliminarUma bela descrição mas, quem sabe não seja apenas um viver tranquilo...nem sepre quem está só vive triste.
ResponderEliminarSabes que fico por de mais tocada por estas imagens de solidão? Procuro evitá-las até porque depois não me saem da retina. E depois não consigo lidar com elas cá dentro a correrem-me dos olhos para o coração.
ResponderEliminarexiste muita solidão nos nossos idosos e não só, mas a ternura da vida continuam mantendo
ResponderEliminarabraço
A velhice e a solidão de mãos dadas é demasiado cruel.
ResponderEliminarAquele abraço, Rosinha
É triste a solidão e infelizmente é tão comum entre os mais velhos.
ResponderEliminarBj Rosa dos Ventos
Um grande abraço, Rosa. Lamento a perda da tua amiga.
ResponderEliminarÉ tão triste envelhecer assim solitário....
ResponderEliminarBjs
Por vezes sós
ResponderEliminarmas nunca isolados
Belo texto
Comovente, mas uma realidade: há quem só recebe esses afectos.
ResponderEliminarÉ a vida, querida amiga.
Abraços