(imagem da net)
Tinha ao colo o gato velho
cansadamente passando
a sua branca mão pelo
pêlo dele preto e brando
Sentada ao pé da janela
olhando a rua ou sonhando-a
todo o passado passando
a passos lentos por ela
Dormiam ambos enquanto
a tarde se ia acabando
o gato dormindo por fora
a avó dormindo por dentro.
Manuel António Pina
Nota: Ontem quando ouvi a notícia da morte de Manuel António Pina nem queria acreditar!
Já tinha dada pela falta das suas belas crónicas no DN mas nem sabia que estava tão doente.
Deixa-nos demasiado cedo e ainda com muito para nos contar.
Escolhi este poema porque sei que ele adorava gatos, aliás nas suas fotos aparece inúmeras vezes
com eles ao colo ou por perto.
Como também gosto destes animais tão enigmáticos foi uma forma de lhe prestar a minha sentida
e sincera homenagem
Quantas perdas de gente boa nestes últimos tempos!
ResponderEliminarBonita homenagem.
Aquele abraço, Rosinha
Fiquei muito triste ao ler ontem nos jornais portugueses a notícia da morte de Manuel António Pina, que era um apaixonado pelo Porto e pelos gatos, tal qual como eu.
ResponderEliminarNem sabia que o Manuel António Pina era poeta, só o conhecia como cronista, mas já agora, gostava de ler outros poemas dele.
Sabes onde os posso encontrar, Rosa dos Ventos?
Estamos ficando cada vez mais pobres em tudo.
ResponderEliminarPaz à sua alma!
Sei que tens uma gata doente, espero que melhore.
É que eu adoro felinos...
Bom fim de semana
O único livro que tenho de poemas dele, com muita pena minha, chama-se "Os Livros" e é da Assírio & Alvim!
ResponderEliminarAgora gostava de comprar as suas crónicas compiladas que soube que existiam a partir do "Rochedo"!
Às vezes coisas importantes passam-me ao lado...:-((
A sua poesia é fortemente marcada pela melancolia...também sofro disso mas disfarço!
Abraço +ar a amiga da Alemanha
Bela Homenagem cara Rosa
ResponderEliminar"Não deixemos os nossos mortos morrerem".
Abraço
Rodrigo
Tive muita pena , gostava das suas crónicas; não sabia que estava tão doente.Tem morrido muita gente ainda jovem.M.A.A.
ResponderEliminarVou contar a mesma história que já contei à São e que li ontem no facebook: quando ele recebeu o prémio Camões, no ano passado, um amigo telefonou-lhe a dar os parabéns; diz que ele estava num entusiasmo só... porque a sua gata tinha tido gatinhos! Fiquei com essa imagem ternurenta, de um homem simples... :)
ResponderEliminarE gostei do poema!
Abraço
Gostei muito do poema e da homenagem que presta a Manuel Antónia Pina, Rosa! Tão simples, quão simples e verdadeiro foi esse grande vulto da Literatura portuguesa.
ResponderEliminarE, aos poucos, vamos ficando mais pobres...
Um beijo.
Janita
Rosinha, mil perdões. Só agora percebi que tinhas uma menina doente.
ResponderEliminarQue cure bem depressa!
(Nem calculas a preocupação que tenho em me adoecer a gatinha. Do Gui tenho seguro e ajudas. Dela não tenho nada. Nem quero pensar na aflição e impotência minhas. Que volte depressa o bem estar!)
Aquele abraço
Nina
Belissima e sentida homenagem!
ResponderEliminarGostei do poema.
Rosa espero que a tua gatinha esteja melhor.
Beijinho e uma flor
Também não sabia que estava doente e com 68 anos, é sempre uma daquelas notícias que nos provoca um choque e nos relembra que isto é só uma breve passagem.
ResponderEliminarAproveito para desejar as melhoras da gatinha.
Bjos
Tal como ele e tu, também gosto muito de gatos.
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana
As doenças incuráveis não perdoam, não escolhem idade, nem cor, nem religião, nem…
ResponderEliminarAbraço
Ficamos mais pobres...gostei da homenagem...e o Abraço?
ResponderEliminar
ResponderEliminarUm poeta maior que fez da palavra um instrumento de amor, de tolerância e benevolência.
Também fui surpreendida pela notícia que muito me entristeceu.
Um beijo
Foi uma bela escolha que ele, certamente, muito apreciará esteja onde estiver.
ResponderEliminarVamos perdendo tudo! pessoas válidas, direitos, TUDO...
ResponderEliminarBjs
Estou a repetir o que anteriormente se disse:
ResponderEliminarUm belo poema e uma excelente escolha sua!
A imagem de que me servi reproduz um quadro do alemão Max Liebermann (1847-1935) e encontra-se no J. Paul Getty Museum de Los Angeles.
ResponderEliminarDevia ter colocado toda esta informação como legenda...
Bucolismo e ternura na pena de um artista...
ResponderEliminaruma bonita homenagem, que ele encontre a luz e descanse em paz
ResponderEliminarbeijinhos
Estamos condenados a ficarmos cada vez mais pobres, amiga. De todas as formas!....
ResponderEliminar:-(((
Bjinho
Doce poesia,comovente homenagem ao poeta que se finda inesperadamente.
ResponderEliminarGostei de vir aqui, adoro gatos!
Hei de voltar, um abraço.
beijo, gostei da homenagem
ResponderEliminartambém gosto de seres enigmáticos...
Um homem da ternura
ResponderEliminardo meu tempo
do meu lugar.
Uma perda enorme. Tão simplesmente nos deixou, mais sós. Na melancolia desta gente boa que nos vai.
Abç da bettips
Só hoje dei conta deste texto! (Ando com uma vida complicada com trabalho.) Que lindo o poema! Não conhecia. Muito lindo. Muito bem escolhido.
ResponderEliminarUma perda inesperada.
Grande poeta e amigo dos seus gatos - muita pena por ter partido tão cedo...
ResponderEliminarBela homenagem, Rosa:))
Uma pena!... fica-nos o consolo da sua obra escrita.
ResponderEliminarBelo gesto o teu.
Abraços