terça-feira, julho 01, 2025

Verão

 " O sol é grande, caem co´a calma as aves"


Com o calor que está, lembrei-me deste primeiro verso de  um soneto de Sá de Miranda, porque vejo os pardalitos a esvoaçarem, num enorme desassossego, cheios de sede.

Vêm bebericar nos pratos dos vasos que conservam alguma água, depois da rega, por isso decidi encher um pote de água e colocá-lo bem à vista, para beberem à vontade.


Os restantes versos nada têm a ver com o calor, mas com as alterações na natureza e no próprio sujeito poético.

4 comentários:

  1. …………………………………………………………………………………………………………………………
    Eu vira já aqui sombras, vira flores,
    Vi tantas águas, vi tanta verdura,
    As aves todas cantavam de amores.

    Sá de Miranda

    E já agora, vou por água fresca para as aves que visitam o meu jardim 🪴 e o meu terraço.

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    1. Não investiguei.
      Sá de Miranda era no meu tempo leitura obrigatória.
      De qualquer maneira, agradeço esta publicação, porque as aves visitantes estavam sem água.

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    2. No meu tempo também!
      Lembrei-me das aves, mas posteriormente lembrei-ne de todos os animais errantes.
      A sede que devem passar!

      Abraço

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  2. Como não conheço e nem acho próprio ir pesquisar o soneto de Sá de Miranda, já que tu o não fizeste, aproveito isso da calma tão própria do meu Alentejo e, esta onda de versos que me ocorrem qual água fresca, pare te oferecer este improviso relativo ao estio que parece ter vindo para ficar:

    Pla hora da calma, no Alentejo
    Minha Mãe dormia a sesta
    Se não dormia, fingia
    Eu é que não conseguia
    Todo o meu corpo bulia
    Só queria que anoitecesse
    Para que a manhã voltasse
    Fresca, clara, luzidia... 😊 ☀️

    Abraço, Leo.


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