" O sol é grande, caem co´a calma as aves"
Com o calor que está, lembrei-me deste primeiro verso de um soneto de Sá de Miranda, porque vejo os pardalitos a esvoaçarem, num enorme desassossego, cheios de sede.
Vêm bebericar nos pratos dos vasos que conservam alguma água, depois da rega, por isso decidi encher um pote de água e colocá-lo bem à vista, para beberem à vontade.
Os restantes versos nada têm a ver com o calor, mas com as alterações na natureza e no próprio sujeito poético.
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ResponderEliminarEu vira já aqui sombras, vira flores,
Vi tantas águas, vi tanta verdura,
As aves todas cantavam de amores.
Sá de Miranda
E já agora, vou por água fresca para as aves que visitam o meu jardim 🪴 e o meu terraço.
Não investiguei.
EliminarSá de Miranda era no meu tempo leitura obrigatória.
De qualquer maneira, agradeço esta publicação, porque as aves visitantes estavam sem água.
No meu tempo também!
EliminarLembrei-me das aves, mas posteriormente lembrei-ne de todos os animais errantes.
A sede que devem passar!
Abraço
Como não conheço e nem acho próprio ir pesquisar o soneto de Sá de Miranda, já que tu o não fizeste, aproveito isso da calma tão própria do meu Alentejo e, esta onda de versos que me ocorrem qual água fresca, pare te oferecer este improviso relativo ao estio que parece ter vindo para ficar:
ResponderEliminarPla hora da calma, no Alentejo
Minha Mãe dormia a sesta
Se não dormia, fingia
Eu é que não conseguia
Todo o meu corpo bulia
Só queria que anoitecesse
Para que a manhã voltasse
Fresca, clara, luzidia... 😊 ☀️
Abraço, Leo.