quinta-feira, junho 26, 2025

Leituras


 

Às vezes tenho vontade de ler em francês e ao encontrar este livro no caos que é a minha biblioteca pus mãos à obra.

Tentei saber se tinha tradução para português, mas fiquei sem resposta.

Dois turistas franceses, uma mulher e um homem encontram-se num hotel em Lisboa.

Da curiosidade do homem, em relação à imobilidade da mulher no jardim do hotel, acaba por surgir uma aproximação que os leva a contar a razão da sua estadia ali.

Ela procura, em vão, esquecer o marido tragicamente desaparecido num terramoto em S. Francisco e ele procura esquecer o amante português que o abandonou, deixando apenas uma carta de despedida.

Ainda não cheguei ao fim, mas dá para perceber que ele continua na procura do outro, nos seus passeios noturnos onde encontra sempre alguém para umas fugazes horas de prazer, enquanto ela continua quase inerte sem conseguir desligar-se da vontade de morrer.

Acabam por deambular juntos pelas ruelas da cidade, pintada como melancólica, e assim vão amortecendo a sua dor.

É uma narrativa simples, apesar de abordar a terrível dor da ausência do ser amado.

Será que voltarão a interessar-se pelo mundo dos vivos?

On verra!


1 comentário:

  1. Philippe Besson: um amigo íntimo de Emmanuel Macron.
    Sobre o poder salva-vidas das palavras.
    Thomas o grande amor de Philippe Besson nunca aceitou a sua preferência sexual. Casou, teve um filho e enforcou-se.
    A escrita de Philippe Besson é quase sempre auto-biográfica.

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