Ando a ler um livro que me levou ao conhecimento do poeta grego-otomano Konstantinos Kaváfis que nasceu e morreu em Alexandria.
Pensava eu que seria egípcio mas o Google dá-me esta informação. Deve haver razões de ordem histórica para tal, talvez tenha a ver com o Império Otomano.
E aqui está o poema que me levou até ele:
"Quando abalares, de ida para Ítaca,
Faz votos por que seja longa a viagem,
Cheia de aventuras, cheia de experiências.
E quanto aos Lestrigões, quanto aos Ciclopes,
O irado Poséidon, não o temas,
Disso não verás nunca no caminho,
Se o teu pensar guardares alto, e uma nobre
Emoção tocar tua mente e corpo.
E nem os Lestrigões, nem os Ciclopes,
Nem o fero Poséidon hás de ver,
Se dentro d´alma não os transportares,
Se não tos puser a tua alma à tua frente."
Segundo a personagem que o recita é mais do que um poema, é o percurso da vida de cada um de nós que nem sempre chega a bom porto, tantos são os perigos.
É preciso guardar alto o nosso pensar enquanto viajamos para Ítaca!
Esta tua publicação não actualizou ainda no meu blog, Leo.
ResponderEliminarAchei o poema interessante, intenso, para ser lido e interiorizado, analisando tudo o que nos toque mais de perto.
Não é uma leitura fácil.
Leo, deixo-te o endereço electrónico que pedes.
fgmncf@gmail.com
Beijinhos.
PS- Se não te custar muito elucida-me em relação ao nosso saudoso Mestre Rui. Não me lembro deste autor ter passado pelo "Coisas da Fonte".
Este autor, que eu saiba, nunca passou pelo Coisas da Fonte do nosso Rui.
EliminarApareceu por acaso num livro que estou a ler.
Também não o conhecia.
Mando o mail amanhã.
Obrigada
Abraço
Uma bela metáfora para o percurso a que chamamos vida.
ResponderEliminarPoema intenso, profundo nas palavras, com uma sedução poética muito bonita. Não conhecia o autor.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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ResponderEliminarTalvez consigamos chegar a bom porto, se na nossa viagem
conservarmos em nós altos pensamentos.
Belo poema. Gostei muito.
Beijo
Olinda
O Kaváfis é um clássico, já citado por Lawrence Durrell no "Quarteto de Alexandria ". Mas é sempre um prazer lê-lo.
ResponderEliminarNão dei por ele no Justine, o único que li.
EliminarMea culpa!
Abraço
Quando me ocorre a ilha
ResponderEliminarSempre a ligo a Ulisses
heróico rei de Ítaca
e Homero vem logo de seguida
os poemas
são como as cerejas
um belo poema que me acompanha.
ResponderEliminarCavafis nasceu e poetou por Alexandria no séc XIX, a antiga encruzilhada dos saberes,
para onde rumavam os antigos "sábios" do Mundo Clássico,confluindo na célebre
Biblioteca.
Se me permite,não dei com este link aqui, Sean Connery recita Ítaca:
https://www.youtube.com/watch?v=MyWK1fZBmnk
Tudo de bom.
José
Vou procurar.
EliminarObrigada!
Abraço
Já andei a "visitá-lo" em Alexandria, na casa que foi a sua e agora é um museu!
ResponderEliminarSim, a interpretação do poema é essa mesmo, quantas vezes este poema de Kaváfis é mal compreendido...
E não havias tu de visitar Alexandria e de o conhecer bem.
EliminarAbraço
GOstei de muitissimo de conhecer e adorei o poema.
ResponderEliminarPode-se saber a época em que viveu e o título do livro?
Beijinho e boa semana
Não conhecia. Gostei
ResponderEliminarConhecia o poema, o autor, e sempre pensei que a nossa viagem começa num lugar qualquer e Ítaca é o nosso sonho de chegar bem e com confiança, apesar dos deuses contrários. Este e o "Se" (embora noutra época de adolescente pois é um poema "estóico"), de Rudyard Kipling, são poesia também caseira para mim, ou seja, lembro-os.
ResponderEliminarDe Khalil Gibran, libanês, há um muito belo, sobre "Os filhos".
Abç