No dia 27 de Agosto fomos até ao topo do Arco da Rua Augusta!
Impossível não ficarmos deslumbrados com uma perspectiva jamais vista.
Quer em cima...
...quer em baixo!
Depois seguiu-se a visita a esta exposição que se encontra a decorrer até ao dia 15 de Dezembro na Torre Poente do Terreiro do Paço.
Digitalizei esta foto a partir do documento que me foi dado como guia para uma visita mais completa.
São doze as salas temáticas desde a chegada dos refugiados até à sua partida, passando também por aspectos locais, a cidade, os correios, informação e propaganda, sala de cinema onde passa um filme feito de documentários da Lisboa da época (muito interessante), o paraíso dos espiões...
Esta é a indicação da entrada para a exposição.
A sala de entrada com as malas dos refugiados...
A opinião de alguém que nunca ouvira o pregão dos ardinas!
Uma mala de viagem de senhora vista por dentro...
Crianças lisboetas dos bairros pobres...
A opinião de Antoine de Saint-Exupéry sobre Lisboa, desaparecido durante a guerra..
Uma das fotos que mais me impressionou e que documenta a espera que "tinha os seus lugares diurnos e nocturnos: os cafés da Baixa, os hotéis, as esplanadas, os jardins, as agências de viagens, as companhias de navegação e os consulados e embaixadas."
"Lisboa, o único porto livre e neutral da Europa, transformou-se em ponto de encontro e sala de espera de todos aqueles que fogem de Hitler De facto, não foram nem uma exposição universal, nem um festival o que atraiu tantas pessoas para estas ruas. São exilados, apátridas, aqueles que aqui se concentram. E que coisa podem fazer? Apenas uma: ficar cá enquanto tiverem autorização para isso. Apenas esperar. E por quê? Pelo navio salvador que os levará daqui, para qualquer lugar, desde que seja longe, o mais longe possível do inimigo que lhes ia no encalço para onde quer que fossem. Ele tinha-os perseguido por toda a Europa, e agora esperavam pelo navio salvador."
Erika Mann
E o Tejo ali à nossa frente sempre que passávamos por uma janela ou varanda!
O rio onde se mira a cidade que foi porto de abrigo para milhares de europeus fugidos à fúria assassina do regime nazi!
Nota: Peço desculpa pelo número excessivo de fotos e ao mesmo tempo por ter dito tão pouco desta excelente exposição que vos aconselho a visitar!
Boa tarde,
ResponderEliminarParabéns pela sua excelente fotorreportagem fotográfica, as fotos estão magnificas na qualidade, mostra bem a interessante exposição.
Vivo distante de Lisboa, no entanto, vou tentar seguir o seu conselho para visitar a dita exposição.
ag
Muito interessante, Rosa !
ResponderEliminarPrimeiro, desconhecia que o Arco da Rua Augusta tivesse acesso ao topo ! :))
Segundo, a exposição deve ser interessantíssima ! O facto de termos sido um país "neutral" (pelo menos teórica e fisicamente) foi propício a situações muito curiosas !
Abraço ! :))
.
Parece bem interessante.
ResponderEliminarAs fotos para mim nunca são demais e retrata o que as palavras não disseram
ResponderEliminarabraço
Quando é que arranjo tempo para ir a Lisboa?
ResponderEliminarVida de reformado não é fácil...
:)
A última foto encanta-me!
Já me falaram no espectáculo de luz e tal e coisa: mas não sabia da exposição (que apontei algures num lugar longe, talvez um dia ainda a veja...)
ResponderEliminarObrigada Rosa, beijinhos da bettips
Bem eu gostava de ver esta exposição, adorava, mas viver longe da capital tem estes inconvenientes.Agora nem avião temos.M.A.A.
ResponderEliminarAinda não subi ao cimo do arco da rua Augusta, nem vi a exposição. Mas tenho muita vontade de visitar tanto o miradouro, quanto a exposição. Obrigada por mais esta sugestão, que já estava nos meus planos, mas nunca é demais lembrar! :)
ResponderEliminarAbraço!
Uma excelente reportagem, Rosa. Como sabes já subi ao Arco, mas não fui ainda ver a exposição. Fica para quando regressar de férias...
ResponderEliminarRosinhamiga
ResponderEliminarConcordo com o Carlos: é uma reportagem excelente! E como tive o prazer de tomar o elevador do Arco da Rua Augusta, vi tudo, tal como tu.
Conheço muitas praças ao longo do mundo, mas o Terreiro do Paço é lindo. E agora bem melhor aproveitado. A nossa Lisboa, casada com o Tejo tem na Praça do Comércio a homenagem que merece.
A exposição é um espantooo como diria o Jô Soares. Vão lá e dir-me-ão e à Rosinhamiga o que pensam. é bué da fixe!
Qjs
Henrique
Rosa dos Ventos, como aproveitas bem a tua estadia em Lisboa! Para além de cuidares dos teus netos, é evidente. Foi/é uma ótima decisão.
ResponderEliminarAbraço
Da exposição não sabia, agradeço boa reportagem.
ResponderEliminarAo Arco da Augusta não subi ontem, por não ter levado máquina fotográfica.
Convido-te para o desafio lá no "são"
Fica bem
Rosinha gostei muito. Adorei as fotografias.
ResponderEliminarPassei para deixar um beijinho
Olá,
ResponderEliminarObrigado pela sua simpática visita,
ag
Excente reportagem, deu para eu ficar a conhecer um pouco o que não conheço pessoalmente, gostei, a 3ª foto já conhecia do blog da Mariinha e a ùltima do FB também dela.
ResponderEliminarbeijinho e uma flor
Vou visitar e fotografar, isso é garantido. Obrigado
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=7BYNc00kNCY
Belíssima viagem
ResponderEliminarBj
Pedir desculpa por fotos tão bonitas?!
ResponderEliminarVim trazer-te um enorme xi coração, Rosinha e muitos mimos nas bochechas dos piquenos príncipes.:)
realmente a vista dali é linda!
ResponderEliminar
ResponderEliminarAmor
Palavra linda
Palavra simples
Palavra pequena
Apenas quatro letras
Mas quatro letras
Todas diferentes
E todas fortes
Amor tantas palavras
Tantas vezes usadas
Tantas vezes lidas
Tantas vezes gastas
Palavras que usamos
E sentimos que o Amor
É mesmo o único elo
Que move o mundo
Que nos rodeia.
Por isso,
Continuamos sempre
A viver ...
E a procurar o Amor!
LILI LARANJO
ResponderEliminarUm belo registo, em jeito de documentário.
Obrigada!
Um beijo
ResponderEliminarUm belo registo, em jeito de documentário.
Obrigada!
Um beijo
Tantas vezes sonho com essa Lisboa dos anos 40: simultaneamente provinciana e cosmopolita, tranquila e perigosa, bela e miserável...
ResponderEliminarIrei ver a exposição para a semana, se ainda for a tempo!
Obrigada
Só termina a 15 de Dezembro, Justine!
ResponderEliminarVale mesmo a pena!
Abraço
Rosinhamiga
ResponderEliminarRegresso.
Hoje sou eu que assino na nossa um texto intitulado Sermão do Lázaro. Aviso desde já que ele não deve ser lido por damas, meninas, solteiras, casadas ou viúvas, cavalheiros com menos de 98 anos e máximo 99, integrados na ordem democrática vigente, e com sólida formação moral e cívica. Aqui deixo um excerto.
Teodósio acordou rouco. Rouco? Rouquíssimo. E o sermão? Nisto meditava quando se dirigia à igreja paroquial e por isso disse com decibéis negativos ao sacristão Jaquim. Como iria ser? Ninguém o entenderia com aquele falar roufenho. Uma desgraça!
Qjs
Henrique
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NB – Este texto já saiu na Zorra da Boavista e no Ler, escrever e viver… Um homem não chega para tudo. Tende piedade…
Agradeço o aviso, Henriquamigo!
ResponderEliminarTemos planos para ir passear a Lisboa e subir o Arco, mas o meu pé está atrasado, a fractura ainda não "soldou"! Esta reportagem soube-me muito bem! As fotografias estão lindas e não são muitas. Podia-se fazer por menos? Poder, podia, «mas não era a mesma coisa!»
ResponderEliminarBom Domingo!
Um abraço.
Que bonito! Acho que só pela oportunidade de ver o tejo por essas janelas deve merecer visitar a exposição.
ResponderEliminarPS: lá de cima no arco dá para estar à vontade ou aquilo está apinhado de pessoas e mal dá para mexer? Foste a que horas?
Estava pouca gente, fui por volta das 14,30!
ResponderEliminarNão esquecer a visita à Torre Poente onde está a exposição, E.U....
Abraço
Rosinha mais uma vez obrigada por nunca te esqueceres de nós.
ResponderEliminarRecebe um abraço muito apertadinho amiga.
Beijinhos
Coisa bonita fizeram em Lisboa!...
ResponderEliminarSaudações poéticas!
Só agora aqui cheguei mas muito atempo de apreciar a bela reportagem da exposição. Deve ser bem interessante. Tenho de ir ver. Obrigada pela informação e pela mostra.
ResponderEliminarBeijinho
E aconselhas muito bem, em breve lá irei...
ResponderEliminarBjs
Rosa, excelente trabalho, e que bem documentado! Parabéns.
ResponderEliminarAlgo mais para agregar ao muito que ainda tenho para ver da nossa terra.
Este arco ficou-me gravado para sempre... e, então, escrevi assim...
DESFILE MILITAR
Acabava de amanhecer,
quando uma voz gritou:
Vamos para Lisboa.
Não parecia coisa boa...
Tudo eram pressas,
Mas ninguém sabia nada.
Levaram-nos de compasso
Para o Terreiro do Paço.
Vestido de diário
mas com a Mauser.
Camisas azuis,
brancas, verdes,
um Sol que abrasava
alguém que desmaiava.
Por fim chegou um barco.
Longa foi a espera!
Tínhamos que desfilar
ante o Presidente
Que acabava de chegar:
Suou a música militar!
Ao passar o Arco triunfal,
Mais belo que nunca,
A rua Augusta encheu-se
De pétalas de emoção
de tão belo jardim,
vozes que aclamavam
E os arrepios brotavam:
A Pátria entrava em mim!
Abraços