domingo, julho 03, 2011

O poejo

O poejo é uma planta aromática de folhas finas, de um verde vivo, com flores brancas ou lilases.
É também conhecido por poejo das hortas, hortelã dos pulmões, menta selvagem e erva de S. Lourenço.
Tem variadíssimas aplicações que vão da área medicinal à cosmética, passando pela culinária e até tem propriedades mágicas - é considerada a erva da paz.
O seu princípio activo mais importante é o mentol.
Há dias, a minha amiga Kinkas, que passa por aqui de vez em quando, enviou-me um poema de uma amiga comum que não vejo há anos mas da qual vou tendo notícias, poema esse que nos fala assim do poejo:



O poejo floriu
Oferece ao vento
o seu amor
pela terra onde nasceu
um país de lonjura
aberto ao dia
e à planura.
Seu olor não se evola
permanece
rescende a caldo quente
em tempo agreste
a agasalhar o peito.
E o meu olhar antigo
Acompanha o seu jeito
de sorrir à vida 
que fico a aprender.
Abraço o seu espaço
que cresceu comigo
onde encontrei a luz
que já não sigo.
E vejo no poejo
o meu tempo perdido.

Junho de 2011

Nota: Nos canteiros do meu quintalito crescem a hortelã, a salsa, os coentros mas o poejo está de lá ausente como de mim esta sensibilidade tão especial, este olhar tão atento à beleza de uma simples planta aromática!

30 comentários:

  1. Que bonito!
    Tudo na natureza se poetiza.:)

    Quanto ao poejo, mal vi o título do post no meu blogue, corri.
    Trouxeste-me recordações de há quase 15 anos atrás, quando estive a dar aulas em Mértola.
    Por lá, os meus avós adoptivos, nome carinhoso que atribuía aos proprietários do humilde estúdio onde residi, a erva era rainha, tal como a hortelã e os coentros.
    Dos últimos, fiquei de tal forma fã que não mais os larguei, já o poejo não consigo fazer nada que me saiba tão bem como o que que comia na casa destes fantásticos senhorios. Desisti.
    Agora, ao ler-te, ficou a apetecer-me fazer alguns pratos que lá aprendi.:)

    Um grande beijinho

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  2. O poema é bonito. Não percebi... está ausente em ti, essa sensibilidade, ou querias dizer precisamente o oposto? As plantas aromáticas são todas especiais, penso. nunca usei essa planta para nada... :)) mas gostei dessa flor da minha cor favorita!! beijinhos

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  3. Mais
    ou a darem prazeres iguais
    aos odores,
    os seus sabores...
    O sabor de um licor
    é de um sabor
    tão doce e delicado
    por cima desse poema
    deve servir-se gelado

    Como é bom o licor de poejo...

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  4. Lindo o poema: só pode ser de uma poeta alentejana.

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  5. Ervas aromáticas... todas elas são para mim uma perdição... diria que a minha erva preferida não será o poejo mas os coentros... no entanto, se tivesse um jardim, suponho que não ia faltar nenhuma... do poejo ao alecrim :)

    Bjos

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  6. Poesia de mãos dadas com a Natureza. Lindo. ;)

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  7. Carinhosamente venho desejar
    um lindo final de Domingo.
    beijos no coração e uma semana
    abençoada.
    beijos e beijos,Evanir.

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  8. Querida Rosa, o poejo e as minhas memórias olfactivas da infância, caminham de mãos dadas :)
    Por cá, não se dá devido às geadas...

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  9. Cara Rosa
    Ao ler o seu post de que gostei quer do texto quer do poema, Perguntei à Adélia (flor de jasmim) se cá em casa havia poejos. A resposta foi um, sim há dois.
    É que a variedade é tão grande e eu sou assim um bocado para o nabo na minha capacidade de conhecer as plantas.
    Abraço

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  10. Que bom que me deste a dica que eu precisava para identificar uma planta bem cheirosa, como se fosse hortelã não o sendo, e que todos os anos floria no meu jardim por alturas da Primavera.

    Obrigada pela tua ausência de sensibilidade que agora deixou de ser, né amiga?

    Beijossssss

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  11. Também não tenho no meu quintal...
    :(

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  12. Não há melhor do que uma sensibilidade apurada com um cheirinho a natureza, digo: poejo.

    Bjs

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  13. É um poema lindo! Não uso o poejo que nem conheço, mas há dias ensinaram-me a conhecer os orégãos. Já colhi um molho deles que pus a secar. As minhas ervas favoritas são a hortelã e os coentros. Fiquei agora um pouco menos ignorante em matéria de ervas aromáticas!:)))
    Boa semana.

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  14. Pois eu não tenho o poejo, nem hortelã, nem coentros, nem o quintalito, nem nada. Buááá.

    Beijinhos Rosa.

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  15. Mas vives na Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, Pitanguinha! :-))

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  16. Terás um canteiro de poejo no teu jardim quando quiseres. A sensibilidade, essa, já a tens:)))

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  17. (É opinião da minha lavra, deixar aqui este meu laudatório comentário...)

    ;)

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  18. Hummm...e açorda de poejo! Tão bom:)

    Beijinho*

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  19. Segunda Feira..
    Que seu Domigo tenha sido maravilhoso.
    Um linda semana
    Sonhos realizados.
    Paz saúde e acima de tudo fé
    para mais uma semana.
    Anjo ,,tudo que desejo a você
    é uma semana de muito carinho
    e que você possa viver com muito amor.
    Caso estiver com um grande problema
    ou muito triste .
    Creia voCê nunca estará só
    tem alguem que te guarda
    de todos os males.
    E você tem a mim que amo você.
    beijos e muito carinho,Evanir

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  20. Rosa
    Como o meu "folha seca" disse nós temos dois "poejo" sim, de flor lilás, mas de flor branca temos imensos um dia deste publicarei uma foto. Temos imensas ervas aromaticas e outras de chá, temos São Roberto, Cavalinha, funcho, Limonete, Louro, Hortelã, Salsa, Oregãos, Cidreira, Manjericão, Hortelã-pimenta, Alecrim, Coentros, que não dispenso na salada,temos um pouco de tudo.
    beijinho

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  21. E na caldeirada e sopas de peixe é divinal!

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  22. Um pouca da minha ignorância: Não fazia a mínima ideia do que tratava, principalmente das suas propriedades.

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  23. Adoro o meu cantinho de ervas aromáticas mas, parece-me que falta o poejo! tenho que procurar por aí...
    Lindinho o poema!
    Bjs

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  24. o poejo é muito Alentejo.

    abraço Rosa

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  25. Não conhecia, imperdoável! com o gosto que tenho pelas plantas, e sobre tudo pelas flores!
    Não há nada como umas quantas plantas aromáticas à saída da porta da cozinha...

    Lindo poema. :)) ... e mais vindo de amiga...

    Abraços

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  26. Olá Rosa...
    O Poejo é uma plantinha magnifica, que tempera muito bem, as caldeiradas de peixe e não só...
    Dele se faz um saboroso licor. Diz-se que foi produzido pela primeira vez em Montemor-o-Novo - Alentejo - por um senhor de nome Santana (é o que afirma o Mestre José Salgueiro). Este velho senhor Santana possuía uma destilaria onde produzia em métodos artesanais o tal licor de poejo. Esta destilaria, com mais de cem anos ainda funciona, moderadamente... E o segredo da formula mágica bem guardado. Diz-se que muitos o tentaram imitar, mas o verdadeiro Licor de Poejo, só mesmo o ancião senhor Santana o produzia.
    Todos os anos, em Maio, realiza-se em Orada - Borba - a Feira de Ervas Alimentares, Medicinais e Aromáticas... Lá podemos encontrar um ambiente típico de uma feira de outros tempos, com os velhos sábios e as suas bancas com mil produtos e mezinhas. Entre eles o Mestre José Salgueiro, um verdadeiro mestre, com um manancial de conhecimentos incríveis, do alto dos seus 92 anos. Também podemos encontrar poejos em estado selvagem, nas margens de regatos e linhas de água. Vale a pena...


    Um abraço

    Jardineiro

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  27. Agradeço toda esta interessante e útil informação, Jardineiro do Rei!
    E também agradeço a 1ª visita! :-))

    Abraço

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  28. Não sei se alguém te falou aqui na sopa de poejo, com queijo branco...
    Outra das delícias do poejo.

    Abraço

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  29. Novo desafio musical:

    http://ocantinhodomestre.blogspot.com/2011/07/desafio-musical-n-5.html

    :D

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