O poejo é uma planta aromática de folhas finas, de um verde vivo, com flores brancas ou lilases.
É também conhecido por poejo das hortas, hortelã dos pulmões, menta selvagem e erva de S. Lourenço.
Tem variadíssimas aplicações que vão da área medicinal à cosmética, passando pela culinária e até tem propriedades mágicas - é considerada a erva da paz.
O seu princípio activo mais importante é o mentol.
Há dias, a minha amiga Kinkas, que passa por aqui de vez em quando, enviou-me um poema de uma amiga comum que não vejo há anos mas da qual vou tendo notícias, poema esse que nos fala assim do poejo:
O poejo floriu
Oferece ao vento
o seu amor
pela terra onde nasceu
um país de lonjura
aberto ao dia
e à planura.
Seu olor não se evola
permanece
rescende a caldo quente
em tempo agreste
a agasalhar o peito.
E o meu olhar antigo
Acompanha o seu jeito
de sorrir à vida
que fico a aprender.
Abraço o seu espaço
que cresceu comigo
onde encontrei a luz
que já não sigo.
E vejo no poejo
o meu tempo perdido.
Junho de 2011
Nota: Nos canteiros do meu quintalito crescem a hortelã, a salsa, os coentros mas o poejo está de lá ausente como de mim esta sensibilidade tão especial, este olhar tão atento à beleza de uma simples planta aromática!
Que bonito!
ResponderEliminarTudo na natureza se poetiza.:)
Quanto ao poejo, mal vi o título do post no meu blogue, corri.
Trouxeste-me recordações de há quase 15 anos atrás, quando estive a dar aulas em Mértola.
Por lá, os meus avós adoptivos, nome carinhoso que atribuía aos proprietários do humilde estúdio onde residi, a erva era rainha, tal como a hortelã e os coentros.
Dos últimos, fiquei de tal forma fã que não mais os larguei, já o poejo não consigo fazer nada que me saiba tão bem como o que que comia na casa destes fantásticos senhorios. Desisti.
Agora, ao ler-te, ficou a apetecer-me fazer alguns pratos que lá aprendi.:)
Um grande beijinho
O poema é bonito. Não percebi... está ausente em ti, essa sensibilidade, ou querias dizer precisamente o oposto? As plantas aromáticas são todas especiais, penso. nunca usei essa planta para nada... :)) mas gostei dessa flor da minha cor favorita!! beijinhos
ResponderEliminarMais
ResponderEliminarou a darem prazeres iguais
aos odores,
os seus sabores...
O sabor de um licor
é de um sabor
tão doce e delicado
por cima desse poema
deve servir-se gelado
Como é bom o licor de poejo...
Lindo o poema: só pode ser de uma poeta alentejana.
ResponderEliminarErvas aromáticas... todas elas são para mim uma perdição... diria que a minha erva preferida não será o poejo mas os coentros... no entanto, se tivesse um jardim, suponho que não ia faltar nenhuma... do poejo ao alecrim :)
ResponderEliminarBjos
Poesia de mãos dadas com a Natureza. Lindo. ;)
ResponderEliminarCarinhosamente venho desejar
ResponderEliminarum lindo final de Domingo.
beijos no coração e uma semana
abençoada.
beijos e beijos,Evanir.
Querida Rosa, o poejo e as minhas memórias olfactivas da infância, caminham de mãos dadas :)
ResponderEliminarPor cá, não se dá devido às geadas...
Cara Rosa
ResponderEliminarAo ler o seu post de que gostei quer do texto quer do poema, Perguntei à Adélia (flor de jasmim) se cá em casa havia poejos. A resposta foi um, sim há dois.
É que a variedade é tão grande e eu sou assim um bocado para o nabo na minha capacidade de conhecer as plantas.
Abraço
Que bom que me deste a dica que eu precisava para identificar uma planta bem cheirosa, como se fosse hortelã não o sendo, e que todos os anos floria no meu jardim por alturas da Primavera.
ResponderEliminarObrigada pela tua ausência de sensibilidade que agora deixou de ser, né amiga?
Beijossssss
Também não tenho no meu quintal...
ResponderEliminar:(
Não há melhor do que uma sensibilidade apurada com um cheirinho a natureza, digo: poejo.
ResponderEliminarBjs
É um poema lindo! Não uso o poejo que nem conheço, mas há dias ensinaram-me a conhecer os orégãos. Já colhi um molho deles que pus a secar. As minhas ervas favoritas são a hortelã e os coentros. Fiquei agora um pouco menos ignorante em matéria de ervas aromáticas!:)))
ResponderEliminarBoa semana.
Pois eu não tenho o poejo, nem hortelã, nem coentros, nem o quintalito, nem nada. Buááá.
ResponderEliminarBeijinhos Rosa.
Mas vives na Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, Pitanguinha! :-))
ResponderEliminarTerás um canteiro de poejo no teu jardim quando quiseres. A sensibilidade, essa, já a tens:)))
ResponderEliminar(É opinião da minha lavra, deixar aqui este meu laudatório comentário...)
ResponderEliminar;)
Hummm...e açorda de poejo! Tão bom:)
ResponderEliminarBeijinho*
Segunda Feira..
ResponderEliminarQue seu Domigo tenha sido maravilhoso.
Um linda semana
Sonhos realizados.
Paz saúde e acima de tudo fé
para mais uma semana.
Anjo ,,tudo que desejo a você
é uma semana de muito carinho
e que você possa viver com muito amor.
Caso estiver com um grande problema
ou muito triste .
Creia voCê nunca estará só
tem alguem que te guarda
de todos os males.
E você tem a mim que amo você.
beijos e muito carinho,Evanir
Rosa
ResponderEliminarComo o meu "folha seca" disse nós temos dois "poejo" sim, de flor lilás, mas de flor branca temos imensos um dia deste publicarei uma foto. Temos imensas ervas aromaticas e outras de chá, temos São Roberto, Cavalinha, funcho, Limonete, Louro, Hortelã, Salsa, Oregãos, Cidreira, Manjericão, Hortelã-pimenta, Alecrim, Coentros, que não dispenso na salada,temos um pouco de tudo.
beijinho
E na caldeirada e sopas de peixe é divinal!
ResponderEliminarUm pouca da minha ignorância: Não fazia a mínima ideia do que tratava, principalmente das suas propriedades.
ResponderEliminarAdoro o meu cantinho de ervas aromáticas mas, parece-me que falta o poejo! tenho que procurar por aí...
ResponderEliminarLindinho o poema!
Bjs
o poejo é muito Alentejo.
ResponderEliminarabraço Rosa
lindo poema!
ResponderEliminarBeijinhos.
Não conhecia, imperdoável! com o gosto que tenho pelas plantas, e sobre tudo pelas flores!
ResponderEliminarNão há nada como umas quantas plantas aromáticas à saída da porta da cozinha...
Lindo poema. :)) ... e mais vindo de amiga...
Abraços
Olá Rosa...
ResponderEliminarO Poejo é uma plantinha magnifica, que tempera muito bem, as caldeiradas de peixe e não só...
Dele se faz um saboroso licor. Diz-se que foi produzido pela primeira vez em Montemor-o-Novo - Alentejo - por um senhor de nome Santana (é o que afirma o Mestre José Salgueiro). Este velho senhor Santana possuía uma destilaria onde produzia em métodos artesanais o tal licor de poejo. Esta destilaria, com mais de cem anos ainda funciona, moderadamente... E o segredo da formula mágica bem guardado. Diz-se que muitos o tentaram imitar, mas o verdadeiro Licor de Poejo, só mesmo o ancião senhor Santana o produzia.
Todos os anos, em Maio, realiza-se em Orada - Borba - a Feira de Ervas Alimentares, Medicinais e Aromáticas... Lá podemos encontrar um ambiente típico de uma feira de outros tempos, com os velhos sábios e as suas bancas com mil produtos e mezinhas. Entre eles o Mestre José Salgueiro, um verdadeiro mestre, com um manancial de conhecimentos incríveis, do alto dos seus 92 anos. Também podemos encontrar poejos em estado selvagem, nas margens de regatos e linhas de água. Vale a pena...
Um abraço
Jardineiro
Agradeço toda esta interessante e útil informação, Jardineiro do Rei!
ResponderEliminarE também agradeço a 1ª visita! :-))
Abraço
Não sei se alguém te falou aqui na sopa de poejo, com queijo branco...
ResponderEliminarOutra das delícias do poejo.
Abraço
Novo desafio musical:
ResponderEliminarhttp://ocantinhodomestre.blogspot.com/2011/07/desafio-musical-n-5.html
:D