Já postei este quadro há muito tempo, a propósito da dor do silêncio...
Hoje, este quadro do norueguês Edvard Munch simboliza a dor de todos os que estão a sofrer com semelhante atrocidade!
Mesmo numa sociedade aparentemente sem problemas pode haver um vulcão pronto a explodir!
Sempre gostei deste quadro. Também me parece que andamos todos a reprimir um grito de descontentamento. Mas até quando????
ResponderEliminarUm dos grandes ícons do “expressionismo” !
ResponderEliminarAcho sempre muito curiosas as especulações sobre o estado de espírito de um pintor expressa em cada uma das suas obras. Neste caso esse estado de espírito está bem patente. Trata-se de um reflexo directo da vida pessoal do autor : um pai controlador com quem corta relações, a visão, em criança, da morte da mãe e de uma irmã, envolvimentos amorosos de alto risco mágoa e desespero, outra irmã seriamente doente e internada num asilo psiquiátrico. ... Tudo isso justifica este “Grito” !
Curioso que o autor pintou 4 originais (praticamente iguais deste tema) tendo 2 deles sido roubados e permanecido perdidos larguíssimos meses.
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Cara Rosa dos Ventos
ResponderEliminarJunto o meu ao seu GRITO!
Cumprimentos
Rodrigo
Um grito de desesperação: uma excelente aplicação desta obra de Munch.
ResponderEliminarA sociedade anda agitada, agónica, ao borde da desesperação e os movimentos de desconcordância começam a surgir até nas sociedades menos tocadas pela crise.
Abraços de vida
Querida Rosa, fiquei tão, mas tão admirada com estes acontecimentos!!
ResponderEliminarEstou solidária contigo.
Desconhecia a origem deste grito. Como sempre, o mestre, aqui a elucidar-nos.:)
ResponderEliminarTambém me apetece gritar por um silêncio que me confunde e não é aquele a que te referes mas, para não acordar o teu Dinis, que deve estar atentíssimo à escrita da vovó, vou gritar para outro sítio.:)
Um gde beijinho
Rosa
ResponderEliminarEmocionante!!! Estou solidária, deixo aqui o meu GRITO.
Beijinho bom fim de semana
Rosa para ajudar a completar o post:
ResponderEliminar"Entre o ser e o nada, não resisto
ao peso imponderável da beleza:
não do sol a brilhar como previsto
e a abrasar duramente a natureza,
nem da lua crescente como a noite,
lua cheia de insónias indolores,
mas da terra varada pelo açoite
dos olhos repletos de pavores.
Entre o ser e o nada, essa algidez
do azul que atravessa a moldura,
e os corpos distorcidos e a nudez
das cores que alucinam a pintura,
como se dos confins do infinito
fossem línguas de fogo, o medo, o grito".
Coisa absolutamente horrível, Um país tão discreto, tão civilizado, tão sereno!
ResponderEliminarComo dizia a minha avó: "É o fm do mundo!"
Penso que a escolha do Grito, representa perfeitamente a dor que o País e nós todos estamos a sentir. Mas foi um acto isolado, e que pode surgir em qualquer sociedade, seja ela de brandos costumes ou não...
ResponderEliminarNão tenho palavras para a barbárie.
ResponderEliminarAbraço-te.
Não se esperam terroristas louros e de olhos azuis ... é pena que o terrorismo fanático exista e bem gostaria que pudéssemos viver em Paz! Ao menos não era árabe, africano ou latino!!
ResponderEliminarFica-se sem palavras...
ResponderEliminarBjs
Estranho mundo em que vivemos.De onde não se espera, surge uma tragédia inexplicável e imprevisivel.
ResponderEliminarO GRITO norueguês estende-se a todo o mundo e fica-se tolhido perante a crueldade de quem é capaz de coisas destas!
ResponderEliminarBom Domingo.
Haverá sempre monstros, loucos, fanáticos e as nossas palavras de revolta... impotentes para os travar.
ResponderEliminarTodos os dias ocorrem atrocidades destas mas aquilo que nos chocou foi o facto de atingir a Noruega, um país onde isto seria quase inimaginável!
ResponderEliminarE o mais estranho é que um único atirador tenha feito "tiro ao alvo" durante hora e meia sem haver alguém a ripostar!
Eu acho que a sociedade hoje em dia vive rodeada de problemas, repare-se na miseria e nas guerras que há no mundo,repare-se no montão de gente hipocrita e estupida que existe pelo mundo fora e repare-se agora falando no caso especifico do nosso pais cheio de crise e que cada vez andamos mais mal graças a toda esta crise. de qualquer maneira votos para que o mundo melhore cena essa talvez bastante impossivel de acontecer.
ResponderEliminarDei o mesmo título ao post que escrevi sobre este assunto e estive qause a escolher a mesma imagem.Desisti, porque não quis ligar a arte sublime de Munch com o acto selvático,mas não deixei de fazer a mesma conotação...
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarApenas isto
Os paraísos artificiais
Na minha terra, não há terra, há ruas;
mesmo as colinas são prédios altos
com renda muito alta.
Na minha terra, não há árvores nem flores.
As flores, tão escassas, dos jardins mudam ao mês,
e a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.
O cântico das aves - não há cânticos,
mas só canários de 3.ºandar e papagaios de 5.ºandar.
E a música do vento frio nos pardieiros.
Na minha terra, porém, não há pardieiros,
que são todos na Pérsia ou na China,
ou em países inefáveis.
A minha terra não é inefável.
A vida na minha terra é que é inefável.
Inefável é o que não pode ser dito.
Jorge de Sena, 1950
Aquele abraço