quinta-feira, julho 07, 2011

Alecrim

Já que os "aromas" que a comunicação social nos oferece não são nada agradáveis, vou continuar a falar de ervas aromáticas para descontrair!
O alecrim, que também tenho num dos meus canteiros e que esqueci de referir na última postagem, é um arbusto muito comum na região do Mediterrâneo, em solos calcários como são estes, aqui, no Massiço Estremenho. Também era designado pelos Romanos por rosmaninho  que significa em latim "orvalho do mar", embora pertençam a géneros diferentes.
O rosmaninho que eu conheço é uma planta mais rasteira, sempre de tom azulado e com flores maiores...
Voltando então ao alecrim, tem também utilizações para fins culinários, medicinais, religiosos e de perfumaria.
Como a minha amiga não me mandou nenhum poema original sobre o alecrim vou valer-me da criatividade do povo para vos recordar este.

Alecrim, alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim?

Alecrim, alecrim dourado
que nasce no monte
sem ser semeado
ai meu amor
quem te disse a ti
que a flor do monte
era o alecrim?

Nota: Pelo adjectivo dourado e pela pesquisa que fiz parece que também há alecrim com flores amarelas e até brancas...
O meu é de tom azulado como podem ver na imagem mas o cheiro é sempre o mesmo, uma delícia!
Gostei dos vossos comentários ao poema e ao textozinho que o acompanhava e agradeço ainda mais as informações sobre o licor de poejo. Desconhecia totalmente a sua existência.
E, de facto, o poejo cheira e sabe a Alentejo!

26 comentários:

  1. Alecrim, alecrim miúdo
    que nasceu no campo
    perfumando tudo
    Foi meu amor
    que me disse assim
    que a flor do campo é o alecrim

    ResponderEliminar
  2. E no tempo em que fazíamos saquinhos de pano cru bordados, e colocávamos alecrim lá dentro para perfumar as gavetas...

    Um abraço, Rosa.

    ResponderEliminar
  3. ... ainda este fim de semana tive o prazer de sentir o agradável cheiro do alecrim e ver a dança das abelhas nas suas flores... aí mesmo, na terra onde habita.

    abraço

    ResponderEliminar
  4. És mesmo "rurali" ó Rosa e eu gosto disso. Pena não ter aqui o dedinho pra cima do FB. hehehe

    Beijos em tarde fria. Nem parece o Rio.

    ResponderEliminar
  5. Ora se acrescentares a uma haste de alecrim, uma mãozinha de borrego, esfregadinha com massa de alho e massa de pimentão, uns borrifos de vinagre e tudo regado com um fio generoso de azeite... pôr a assar no forno ou grelhado no carvão...
    As almofadinhas de cheiros ficam para fazer durante a digestão ;)

    Bjos

    ResponderEliminar
  6. Caros leitores amigos
    Só agora vi que escrevi mal Maciço o que é imperdoável numa professora de Português mesmo "desactivada" e habitante deste Maciço! :-((
    Peço-vos desculpa embora saiba que alguns não têm tempo de ler todos os comentários!

    ResponderEliminar
  7. Vim cheirar o alecrim mas o borrego não me sai da cabeça...
    :)

    ResponderEliminar
  8. Pois eu leio os comentários sim. O texto é que me passou o "Massiço" que quando li que era a respeito do alecrim comecei a cantar aqui "dentro":

    Alecrim, alecrim aos moooolhos
    por causa de ti
    choram os meus oooooolhos.

    ResponderEliminar
  9. Rosa
    Eu tenho um alecrim que dá flor azul mas não é igual a esse, isso conheço com outro nome que não me lembro agora, irei pesquisar, mais tarde direi, entetanto publico o meu alecrim.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  10. O alecrim encanta-me, é a cor, é o aroma, é a flor...enfim amor por completo...
    Bjs

    ResponderEliminar
  11. Nem sabia que havia de outras cores! :)) Lindo...uso bastante alecrim na cozinha, por acaso... yum yum!

    ResponderEliminar
  12. Rosa, este é um dos temas que toca a minha sensibilidade. Como já mencionei, no meu comentário anterior, gosto do cheiro a campo, a ervas aromáticas.

    Alecrim, ao que em Espanha chamamos Romero, é una planta aromática muito apreciada na Comunidade Valenciana, pois acaba de dar esse toque subtil ao prato internacional desta terra: a paella. É o toque final, depois de cozinhada cobre-se com uns raminhos de "romero", recentemente cortado e bem lavado, que se põe por cima do arroz. Posteriormente cobre-se tudo com papel de jornal, que vai acabar de absorver a humidade do arroz, para que fique mais solto e o "romero" dar-lhe-à o paladar que aporta o seu aroma: es retirado antes de servir. DELICIOSO!

    Estás convidada a uma paella nesta terra de belos contrastes...

    Abraços de amizade

    ResponderEliminar
  13. Depois de falar do licor de poejo
    não posso perder o ensejo
    de falar de culinária, falando do alecrim...
    Ensino-a a si o que me ensinaram a mim:
    Cozinhe um coelho qualquer
    depois de metido em tinto de marinada
    com dois pés de alecrim e parece lebre caçada

    ResponderEliminar
  14. Ó meu amor
    Quem te disse a ti
    Que a flor do monte
    era o alecrim!...

    Agora só falta falares dos oregãos que também proliferam pelo Alentejo.

    ResponderEliminar
  15. Com enorme carinho
    agradeço de coração por compartilhar
    momentos tão agradaveis e tão importantes para mim.
    Certamente vera essa mensagem em outros blogs
    mais isso é tudo que posso fazer hoje.
    E jamais vou deixar de agradecer a bondade
    de estar sempre no meu blog acariciando meu corção.
    Agradeço e reconheço que Deus nunca nos deixa sozinho.
    Um beijo no corção,Evanir.

    ResponderEliminar
  16. Boa noite Rosa...
    Bem hajas pelas palavras amáveis que deixaste no meu blogue...
    Sabes... eu às vezes entretenho-me a pesquisar quem entra e sai no meu espaço. Fico realmente convencido que nós vivemos numa aldeia global. Gente de todo o mundo olha para nós através da internet.
    Creio que ficaste interessada em saber como eu consigo essas informações. É muito simples... quando entras no teu blogue, no canto superior direito existe uma função está representada por "iniciar a sessão". Clicas aí, introduzes o teu email e a tua palavra passe. Logo te surge um painel com muitas funções. Clicas em "Design". Surge um outro quadro... clicas em "Estatísticas" e pronto! É só explorares...
    Eu também gosto muito do alecrim... pelo seu aroma e pelo que ele simboliza como planta mágica.
    Há uma lenda que nos conta que a rainha Isabel da Hungria preparava uma destilação obtida a partir das folhas de alecrim, maceradas em álcool. Graças aos poderes miraculosos desta planta, apesar dos seus 72 anos e dos vários problemas de saúde dos quais padecia, reencontrou a beleza dos 20 anos e, assim seduziu o rei da Polónia, com quem viria a casar.
    Na medicina popular, para combater o cansaço, fazia-se um vinho de Alecrim e Salva. Com uma mão cheia de folhas de alecrim e 25 folhas de salva (Salvia officinalis). Deixa-se macerar em um litro de vinho tinto durante um dia inteiro. Acrescenta-se 20 gramas de mel e em seguida aquece-se em banho-maria durante 20 minutos. Toma-se uma taça pequena depois de cada refeição durante uma semana.
    Existem alguma variedades de alecrim. A sua floração vai do branco ao lilás escuro. Existe uma variedade que tem folha amarela Alecrim dourado. Também existe um alecrim rastejante (Rosmarinus prostatus).

    Um abraço

    João Carlos

    ResponderEliminar
  17. E o alecrim cheira-me a nordeste transmontano.:)
    bji

    ResponderEliminar
  18. Depois de tanto salivar com o coelho,a paelha,etc,estou incapaz de qualquer comentário que se aproveite.Ainda por cima tenho um alecrim (primeiro arbusto que plantámos)que era a menina dos meus olhos,mas agora só o descortino com óculos de ver ao perto,porque uma soberba glicínia veio estendendo vigorosos tentáculos que o abafaram e tentam conquistar a minha simpatia com seu perfume intenso.Só que eu não sou troca- aromas-e-belezas e choro o desaparecimento do garboso arbusto que ele era.Irra que até as flores belas e olorosas são vampíricas!
    Bom,vou apanhar umas pontitas do alecrim sobrante e queimá-las para
    afugentar as bruxas que por aí proliferam.
    Kinkas

    ResponderEliminar
  19. fazes muito bem falar de plantas e de aromas, saber não ocupa lugar.

    o alecrim tem um cheiro adocicado, 0 me faz com que goste mais de outras plantas como o rosmaninho.

    abraço Rosa

    ResponderEliminar
  20. Que bem cheira o teu post hoje, Rosa:))))
    Bom fim-de-semana!

    ResponderEliminar
  21. Rosa...

    Tens que explorar melhor as funções do teu blogue. Além de saberes quem te lê e não comenta, vais ficar espantada quando vires como o espaço é mundialmente visitado. Também tens gráficos que te informam da forma como és aceite na blogosfera... vais descobrir quais os post que mais interesse despertaram e as palavras através das quais as pessoas chegaram ao teu blogue. É só clicares em tudo o que for clicável...

    Um abraço

    João Carlos

    ResponderEliminar
  22. Já vi isso mas não tive tempo de grandes explorações, Jardineiro do Rei! :-))
    É que também se pode tornar um vício!...

    ResponderEliminar
  23. un abrazo y feliz verano Rosa

    ResponderEliminar
  24. Caros amigos
    O que eu aprendo convosco!
    Licores, coelho na caçarola, borrego à moda do Alentejo, cabrito do Minho...e ainda como saber quem me visita e não me comenta, de que países são originários os meus visitantes...descobri um da Malásia!
    A propósito de cozinhados, hoje para o almoço tenho perna de peru com orégãos, erva aromática que também já foi aqui falada mas não por mim.
    A propósito da outra descoberta, "olha que coisa que esta parva agora descobriu!" - dirão os experts nestas lides...mas o que é que querem?
    Sou um bocadinho lerda! :-((


    Abraço

    ResponderEliminar
  25. O Alecrim que tenho no meu jardim é igual ao teu e juro que nunca me cruzei com o tal do Alecrim dourado.
    Sempre que faço pratos de carne assada lá vou colher uns pedaços para perfumar a dita.

    Abraços perfumados de Alecrim

    ResponderEliminar
  26. Bom dia

    Aproveito para agradecer a visita ao meu blogue.
    Bonita canção sem dúvida.A visita ao seu blogue é gratificante.

    Aquele abraço
    Carlos Sameiro

    ResponderEliminar