terça-feira, dezembro 31, 2019

O meu mar





Nasci numa terra que tem três características que a distinguem de todas as outras.
Tem a melhor Banda Filarmónica de Portugal e arredores, tem um dialecto que começou por ser uma forma de comunicação dos vendedores de mantas e de compradores de lãs entre si, de forma a ninguém lhes estragar o negócio e tem um polje, uma lagoa que só enche em anos de muita chuva.
Este ano está assim.
Quando era criança esta baixa era cultivada com vinha e as cheias formavam uma lagoa sem vegetação à vista. Toda a gente com "alguma coisinha de seu" tinha vinhas na Mata, assim chamamos a este imenso espaço, até eu, por herança, tenho lá parte de uma vinha que mal consigo identificar agora.
O abandono dos campos e a dedicação à indústria têxtil transformaram a Mata numa verdadeira mata.
Quem vem na A1, ao km 100 consegue adivinhar esta beleza.
Com este texto nada científico, com a ligeireza habitual e com estas fotos tiradas no domingo desejo-vos que possais atingir todos os vossos objectivos em 2020!

PS. Se calhar já tinha falado deste meu mar...

sábado, dezembro 28, 2019

A Magia do Natal

Vim verificar se conseguiram sobreviver às catadupas de sorrisos, de chocolates, de rabanadas, de bolo-rei ou rainha, de bacalhau, de camarão, de ostras e dos desejos de Boas Festas de familiares, amigos, conhecidos ou nem por isso.
Cá por casa a magia do Natal foi afectada, entre várias coisas, pela Elsa e pelo Fabien que me trouxeram uma violenta constipação!


Desejo a todos e todas um Bom Ano Novo!

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Orquídeas



As orquídeas em flor são tão belas num dia de chuva como num dia de sol!

quarta-feira, dezembro 11, 2019

Pequenas Infâmias



Sempre fui uma leitora compulsiva mas, nos últimos anos, a minha disponibilidade física e mental para essa actividade reduziu-se drasticamente.
Voltei agora a ter os livros como companhia apesar do ritmo de leitura ser bem mais lento.
Terminei há pouco "Pequenas Infâmias" de Carmen Posadas, nascida em Montevideu, no Uruguai mas residente actualmente em Madrid.
É um livro muito interessante, com técnicas narrativas variadas que constroem uma trama em forma de puzzle, que no final encaixa sem termos a visão geral de um final bem definido.

"...é um romance sobre as coincidências: as que se descobrem com surpresa, as que não chegam a descobrir-se e, ainda assim, marcam o nosso destino; e as que se descobrem e, porém, se mantêm em segredo.
Porque, evidentemente, há verdades que nunca deveriam revelar-se."

E quem já não passou por descobertas desnecessárias?

domingo, dezembro 08, 2019

Em modo de avó

Ainda não foi desta que eu desisti de novo!
A minha ausência decorre do facto de ter estado toda a semana em Lisboa em modo de avó. Os miúdos, fora do seu habitual, adoeceram.
Hoje ainda volto por precaução.
Après on verra!

sábado, novembro 30, 2019

As ilhas afortunadas




Fernando Pessoa, esse génio da nossa Literatura, partiu fisicamente a 30 de Novembro de 1935!

quinta-feira, novembro 21, 2019

O rapaz da camisola cinzenta


O meu rapaz não tinha uma camisola verde mas tinha uma cinzenta daquelas de gola alta com torcidos, a sua melena ao vento era loira e o seu andar era bambaleante, de marinheiro sem navio.
A camisola deixou de lhe servir por erro de programação da máquina.
Partiu, está quase a fazer quinze anos e, entre outras coisas, fiquei com a camisola cinzenta que uso bem encostada à pele para me aquecer quando tenho muito frio.

quarta-feira, novembro 13, 2019

Silêncio

Com o frio e a chuva a minha tendência para a clausura acentua-se, quase sem controlo.
Por isso há dias que, além dos miados dos gatos, apenas ouço as vozes da TV e de quem me telefona ou a quem telefono todos os dias - o meu filho, a minha irmã e uma amiga, de resto  é o silêncio completo!
A propósito de vozes dizem que é o som delas que esquecemos mais rapidamente quando alguém muito querido parte para sempre.
E é bem verdade!

sábado, novembro 09, 2019

Sem-abrigo

A jovem mãe sem-abrigo já não anda à deriva na rua, segundo a capa do JN encontra-se em prisão preventiva.
Nas redes sociais, logo que o bebé foi encontrado, surgiram inúmeras críticas contra a mãe por tal procedimento.
Mas quem sou eu para julgar uma jovem que dá à luz na rua, em condições miseráveis e que coloca o seu filho num contentor, completamente desorientada?
O menino está a salvo, felizmente!
A mãe ninguém a salvou a tempo!
Espero que lhe prestem todos os cuidados de saúde, que não se limitem apenas a condená-la e que a ajudem a ultrapassar este drama.

quarta-feira, novembro 06, 2019

Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen



Impossível deixar de assinalar o centenário de Sophia!
Ontem tive o prazer de ver na RTP1 o programa, em repetição, "Sophia de Mello na 1ª Pessoa e assim recordar alguns dos seus belos e encantatórios poemas.
Aqui vos deixo um que não ouvi ontem mas que me diz muito.

Sei que estou só

Sei que estou só e gelo entre as folhagens
Nenhuma gruta me pode proteger
Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens.

Desligo da minha alma a melodia
Que inventei no ar. Tombo das imagens
Como um pássaro morto das folhagens
Tombando se desfaz na terra fria.

In Coral

domingo, novembro 03, 2019

Tradições


























A minha habitual preguiça/lentidão só hoje me leva a falar desta tradição.
Depois de terem festejado o Halloween na noite de 31 no ATL em Lisboa e de andarem de porta em porta pelo bairro, os rapazes chegaram no dia 1 ainda a tempo de, munidos das suas sacas personalizadas, percorrem o meu bairro antes do almoço, na companhia do pai.
Voltaram felizes, carregados de doces e com moedas também.
Em criança eu fiz o mesmo e o meu filho também, só que nessa altura não havia Halloween.
Cheguei a ser crítica desta modernidade mas há muito que a aceitei.
Afinal uma celebração não anula a outra!
Mas tenho pena de só ter tido 15 crianças a baterem-me à porta com a frase/senha:
- Ó tia, dá bolinho?

quinta-feira, outubro 31, 2019

Almazio


Ontem, embora chovesse, ganhei coragem e fui ver se havia azeitona no meu olival cuja propriedade  se perde na lonjura dos tempos, para lá do meu trisavô paterno.
Há azeitona não muito grossa mas pela amostragem à beira da estrada é capaz de valer o trabalho de apanhá-la.
No ano passado, devido às circunstâncias, não conseguimos que alguém a apanhasse, mesmo dada.
Este ano penso ter encontrado uma candidata que me fará o favor de apanhar a azeitona, limpar as oliveiras e não peço nada em troca.
Quanto às oliveiras do lado do meu fiel jardineiro, espalhadas por vários terrenos, nem sei onde ficam.
E assim vai a maioria da pequena propriedade do nosso País, de "almazio" como se diz na minha terra de origem!

segunda-feira, outubro 28, 2019

Voo



Fixá-los em voo também é voar com eles!

quinta-feira, outubro 24, 2019

A seco

Sem imagens que exemplifiquem o que digo e penso, a seco!
Estamos a viver um Holocausto a prestações e as câmaras  de gás agora são camiões frigoríficos, barcos naufragados no Mediterrâneo, cidades bombardeadas, arame farpado, muros, sei lá mais o quê.
E vivemos em directo o Mundo a ferro e fogo!

domingo, outubro 20, 2019

Viajar em grupo

A minha experiência de viajar em grupo era praticamente nula, tirando as visitas de estudo como aluna, como professora e as actuações dentro e fora do país como coralista.





Assim, para testar a minha resistência física , viajei até à Polónia de onde regressei há dias.
Gostei do que vi, acompanhada por excelentes guias locais, conheci um pouco mais da História deste país verde e dourado nesta época do ano, marcado por lutas e dores, em plena reconstrução e onde a Igreja Católica tem uma enorme influência sobre o poder político.
Visitei Varsóvia, Cracóvia, Czestochowa, as milenares minas de sal de Wieliczka, Auschwitz-Birkenau, como não podia deixar de ser.








Claro que, se não fosse em grupo, com uma viagem marcada ao pormenor, não teria visto tanta coisa e obtido tanta informação em tão pouco tempo mas, e há sempre um mas, o que andei a pé deixou-me deveras exausta e sem grande vontade de repetir a experiência, embora o grupo fosse pequeno, simpático e com algumas pessoas conhecidas.
Se não o fiz em mais jovem, por manifesta aversão do meu companheiro de vida por viagens em grupo, agora, com as mazelas que tenho, torna-se mais complicado.
Passear sim, mas ao meu ritmo e sem horas marcadas para tudo.







Por estranho que pareça, no livro que terminei, já depois do regresso, " A Vida em Surdina", o narrador-protagonista relata uma curta estadia na Polónia.
E foi como se estivesse lá de novo, sobretudo em Auschwitz-Birkenau.
É exactamente como ele descreve este horror transformado em local turístico bem lúgrebe.


sexta-feira, outubro 04, 2019

Leituras



Voltei ao Clube de Leitura de onde me tinha ausentado há cerca de três anos, não fui recebida com palmas mas quase!
Desde criança que ler foi sempre um enorme prazer  mas,  em tempos mais recentes, os meus hábitos de leitura ficaram muito a desejar.
Agora cá estou eu de novo a ler três livros e o avanço nas narrativas encontra-se da esquerda para a direita. O do meio é o próximo em discussão no Clube e estou a achá-lo deveras interessante.

quarta-feira, outubro 02, 2019

Vindima



Apesar do mau aspecto a minha parreira ainda me presenteou com esta e com outra cesta de uvas.
Há muitos bagos secos e podres pelo meio mas, depois de uma escolha, tenho podido deliciar-me com elas.
Este post é apenas para recordar que não desapareci de novo!

terça-feira, setembro 24, 2019

A resiliência da nespereira




Cansados da falta de produtividade da cerejeira e da nespereira, decidimos cortá-las.
Há uns tempos, para nosso espanto, a nespereira decidiu rebentar e crescer ao ponto de estar a abafar uma roseira. Enquanto isso a cerejeira reduziu-se à sua inutilidade e permanece como ficou quando do corte.
O que falhou ou não nesta decisão?
Falei na 1ª pessoa do plural porque ainda assistimos juntos à resiliência da nespereira!

sábado, setembro 21, 2019

Escola



O Tiago, o meu neto mais novo, iniciou na 2ª feira um novo percurso na sua vida, entrou para o 1º ano do 1º Ciclo.
Que siga o exemplo do irmão nas aprendizagens mas que seja menos questionador/perturbador da ordem estabelecida. 
Esta semana tive a oportunidade de os acompanhar à escola, de os ir buscar ao ATL e de jantar com eles três vezes.
Enquanto o mais velho lá foi contando o que se passou na sala de aula, o mais pequeno limitou-se a dizer que não se lembrava de nada.
Será um mau sinal?!

quinta-feira, setembro 12, 2019

A bicicleta



Acossado pelas grandes superfícies, o comércio local procura sobreviver colocando motivos apelativos em montras ou à porta.
Desta forma há sempre alguém que pára, entra e compra, foi o que me aconteceu!

segunda-feira, setembro 09, 2019

A morte dos velhos olivais


(Foto da Net)



Já os vi no Alentejo mas vejo-os com mais frequência, embora em superfícies menos extensas, quando vou ou venho de Lisboa, na A1, entre Santarém e Torres Novas.
Chamo a isto olivais espalmados que estão a dar cabo dos solos através desta cultura intensiva.
Um dia o que é que estes solos darão depois de esgotados? Nada!
Além deste efeito dramático ainda acrescento a morte da poesia das velhas, desgrenhadas e frondosas oliveiras!

sexta-feira, setembro 06, 2019

Notícias do meu quintalório




Setembro é tempo de uvas, figos, marmelos e até de algumas maçãs.
No meu quintalório vai resistindo uma parreira que, sem cuidados este ano, se apresenta assim: uvas secas, outras a caminhar para lá.
Os figos, os marmelos e as maçãs estão abandonados nos quintais herdados pelo meu jardineiro.
Sem ele, tenho-me esquecido de passar por lá...
Voltando ao quintalório, o que realmente sobressai é o cheiro a hortelã que perfuma o ar, quando rego os canteiritos ao fim da tarde!

terça-feira, setembro 03, 2019

Buganvília



Dei por falta dos meus vizinhos há uns meses, perguntei no mini-mercado se sabiam deles e disseram-me que tinham ido para um lar.
Ficámos de os visitar mas fomos adiando e eu continuo a adiar.
Apesar disso lembro-me deles vezes sem conta pois passo à sua porta diariamente e o meu olhar dirige-se sempre para o fundo do quintal onde a buganvília ainda não deu pela sua ausência.
Nem sabe que é uma explosão de beleza e de alegria nas minhas idas e vindas pelo bairro!

sábado, agosto 31, 2019

Regresso



Depois de dois meses com os netos em casa e mais dez dias de praia com eles e o pai, é tempo de voltar a um quotidiano mais monótono, menos colorido, menos criativo, mais silencioso.
Eles lá foram à sua vida e eu vou continuar a esforçar-me para melhorar a minha, estando sozinha!

sexta-feira, agosto 16, 2019

Ora abóbora!


Nunca tinha visto lado a lado a flor da aboboreira e uma abóbora.
Os meus netos adoraram, eu pasmei!

segunda-feira, agosto 12, 2019

Mar


Homenagem a Miguel Torga, nascido a 12 de Agosto de 1907

Mar

Mar!
E é um aberto poema que ressoa
No búzio do areal...
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro, 
Assim azul, 
Assim salgado...
Milagre horizontal
Universal,
Numa palavra só realizado.

Miguel Torga
Miramar, 7 de Agosto de 1968

quinta-feira, agosto 08, 2019

Beiral



Com beira mas sem eira!

sábado, agosto 03, 2019

Ida às pinhas



Ir às pinhas foi sempre uma das actividades de férias desenvolvidas com os rapazes.
Este ano a tradição cumpriu-se de novo mas, pela primeira vez, o avô não esteve presente.
Observadores e sensíveis chamaram-me a atenção para as pinhas que o avô recomendava que apanhassem, sempre que aparecia uma fechada lá iam dizendo que não prestava.
Desta vez cansaram-se depressa talvez pela ausência do avô e eu não insisti...voltámos para casa com meio saco!

segunda-feira, julho 29, 2019

Amizade



Conhecemo-nos aqui em Junho de 2013 mas já tínhamos inaugurado a palavra amigo ( como diz Alexandre O´ Neill no seu belo poema sobre a Amizade ) muito antes, através da blogosfera.
Vais fazer-me muita falta, não só pelo teu espaço cheio de animação e de saberes mas também pelo apoio que me foste dando ao longo dos últimos anos.
Até sempre, Amigo Rui!

segunda-feira, julho 22, 2019

Videira



Da casa do lado não sai qualquer som há bastante tempo.
A videira cansada de crescer sem orientação, foi-se derramando por onde passavam os carros para o alpendre.
Lá ao fundo uma  trepadeira teima em florir mesmo sem ser regada!

sexta-feira, julho 19, 2019

Meu moinho abandonado



Vestígios de ruralidade, às portas da cidade!
Quando vejo um moinho abandonado, lembro-me sempre do belíssimo poema de António Gedeão...

sábado, julho 13, 2019

A Gardénia



Esteve anos, muitos, sem florir!
Sabíamos o nome porque ainda tinha cravada na terra a etiqueta que a acompanhava aquando da compra. Tinha uma folhagem verde, brilhante mas não passava disso.
No ano passado ficámos pasmados quando começaram a surgir uns botõezinhos que abriram em flores brancas com um doce perfume.
Este ano voltou a florir mas o seu verde está menos brilhante.
Será que precisa de ser mudada?

quarta-feira, julho 10, 2019

Legos



E estas mãos sabem sempre onde encontrar a tal peça minúscula que falta numa construção!

sexta-feira, julho 05, 2019

Caminho


Só aparentemente caminho sozinha, porque agora estou a viver pelos dois!

sexta-feira, junho 28, 2019

Trave mestra



Também há traves mestras na vertical!

domingo, junho 23, 2019

Férias grandes



Hoje, os meus rapazes chegam de Lisboa com o pai, para passarem as férias grandes comigo.
Espero que seja um tempo de alegria e de aprendizagem para eles e para mim.
Também eu passava cerca de um mês em casa dos meus avós maternos onde encontrava seis primos e primas que viviam numa liberdade completa durante as férias escolares.
A estrada não era alcatroada, carros contavam-se pelos dedos e ninguém se preocupava por andarmos à solta o dia inteiro, com marcação de horas para as refeições, como é óbvio.
Saltávamos paredes, andávamos de bicicleta, escondíamo-nos nas tulhas vazias do lagar de azeite do meu avô e ouvíamos histórias contadas pelo tio Gabriel, sempre disposto a distrair-nos.
Apesar da liberdade dos meus netos estar condicionada, espero que recordem com saudade as férias em casa dos avós paternos como eu ainda recordo as minhas no meio de uma paisagem serrana, muito perto do local onde lhes tirei esta fotografia no Verão de 2015!

terça-feira, junho 18, 2019

Creme Benamôr



Aqui há dias, o embrulhinho quadrado, em papel prateado e com um laço de ráfia, oferecido por uma amiga, fez com que bem lá do fundo da minha memória saltasse uma lembrança de infância logo que o abri.
Era um sabonete da Benamôr que me trouxe, além da saudade, o cheiro inconfundível do Creme Benamôr que a minha mãe usava.
Afirmei que o creme vinha numa caixa de lata, o plástico ainda estava pouco divulgado, mas a minha amiga , por ser muito jovem, não fazia a mínima ideia da sua configuração.
Cheguei a casa, liguei o computador e fui à Net procurar a tal caixa de creme.
Só que a minha memória visual me tinha enganado, afinal o creme vinha em bisnaga!
Mas a minha memória olfactiva não me enganou e trouxe-me o doce e suave cheiro da minha mãe.

( As fotos são da Net)

quarta-feira, junho 05, 2019

Olhares



Viagens na minha terra

Olhares de Almeida Garrett

Da varanda do quarto onde dormiu em Santarém!

sábado, junho 01, 2019

A Caridade

Quando optei por este título, vieram-me logo à ideia as redacções que fazia na Primária com este tema.
As suas âncoras tinham que passar, obrigatoriamente, pela Rainha Santa Isabel e o Milagre das Rosas, perante um marido mais dado a outras actividades, digo eu agora, e ainda pelos pobrezinhos que nos batiam à porta e a quem devíamos dar sempre esmola.
Esta semana fui jantar com duas amigas e o tema da conversa foi, precisamente, a caridade.
A partir de exemplos conhecidos, lá fomos tecendo considerações sobre o assunto.
Desde a prática da caridade com a divulgação da mesma, à dedicação ao próximo por pura bondade, concluímos que, pelo menos por aquilo que conhecemos, estas atitudes têm a ver com uma espécie de contrato: eu dou bens alimentares, roupa dinheiro aos mais desfavorecidos e fico bem vista pela sociedade, por Deus e tenho o Céu garantido ou eu sou generosa com o próximo sem alardes mas, intimamente, pretendo sentir-me bem comigo, por várias razões.
Não chegámos aos "mecenas" que ganham no IRS com a sua dedicação a vários tipos de instituições.
Finda a discussão acabei por concluir, perante estes conceitos, que sou pouco ou nada caridosa!

segunda-feira, maio 20, 2019

Tempo

Na casa reina o silêncio quebrado pelo tic-tac dos muitos relógios espalhados por todas as divisões e todos desacertados, vive-se aqui um estranho tempo de desconserto.
Às vezes os gatos miam e eu agradeço-lhes a companhia!

quinta-feira, maio 09, 2019

Natal em Maio

Seis amigas andaram meses a adiar o almoço de Natal por razões simples, complicadas e graves, mesmo gravíssimas.
Ontem, finalmente, foi possível juntar Lisboa, Pombal, Fátima e Leiria, em Leiria.
E o Natal aconteceu porque houve um almoço excelente, um ambiente de boa disposição apesar das queixas de seis seniores, seguidas de gargalhadas, troca de prendas...só eu não levei nada e muito para contar em pouco tempo, daí termos que falar todas para o monte.
Ontem não houve silêncio, ontem foi Natal para seis amigas!

terça-feira, maio 07, 2019

Desabafo



Descobri que hoje se assinalava este dia.
Afinal ando a assinalá-lo há muitos dias!

quarta-feira, maio 01, 2019

Maio, maduro maio



Desejo a todos um bom 1º de Maio!

terça-feira, abril 30, 2019

Papoilas



E não é por eu andar enrolada no tempo como numa manta de retalhos que as papoilas deixaram de crescer "como grito vermelho num campo qualquer."

quinta-feira, abril 25, 2019

Sempre



Hoje não o trago ao peito mas trago-o no coração!

segunda-feira, abril 22, 2019

Começar de novo

Caros Amigos

Pelo FB foi fácil alguns deduzirem que a normalização que eu desejava no dia 5 não tinha acontecido.
Infelizmente o meu companheiro de 50 anos de casamento, feitos em Dezembro, partiu no dia 6.
E como sinto um certo pudor e alguma dificuldade em avançar com mais informações fico-me por aqui porque também não é preciso mais.
Agradeço a todas e todos as palavras afectuosas e solidárias que me enviaram.
E agora vou começar a visitar-vos!

sexta-feira, abril 05, 2019

Desabafo

Por aqui não se estão a viver dias alegres nem fáceis, daí a minha ausência.
Espero que tudo possa normalizar.
Tudo de bom para vós, caros amigos!

quinta-feira, março 21, 2019

Mar

No Dia da Poesia escolhi um poema de Sophia de Mello, no ano do centenário do seu nascimento.



Mar

I

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

(Poesia I, 1944)

quarta-feira, março 20, 2019

Travessia



Nem sempre o caminho está assim tão iluminado e a deixar-nos ver o destino da travessia!

domingo, março 17, 2019

Janela Discreta


Como por magia
Surgiu a janela
Na parede vazia
Mas não se vê nada
Através dela!

quarta-feira, março 13, 2019

Janela Indiscreta



Gosto de janelas e de olhar através delas!