(Foto da Net)
Já os vi no Alentejo mas vejo-os com mais frequência, embora em superfícies menos extensas, quando vou ou venho de Lisboa, na A1, entre Santarém e Torres Novas.
Chamo a isto olivais espalmados que estão a dar cabo dos solos através desta cultura intensiva.
Um dia o que é que estes solos darão depois de esgotados? Nada!
Além deste efeito dramático ainda acrescento a morte da poesia das velhas, desgrenhadas e frondosas oliveiras!
Demais. E não só oliveiras, também árvores de fruto, de cultura intensiva. Quando observares esses intervalos regulares entre árvores, é isso. Se reparares, quase não há ervas entre os espaços: já me explicaram há anos (em Serpa) que os produtos que deitam na terra são mesmo para "matar" plantas que "poderiam" baixar o rendimento.
ResponderEliminarA terra exausta em menos de uma geração.
É uma agonia provocada. Arrepia pensar como a ânsia do lucro se sobrepõe a tudo.
Esta exposição da Gulbenkian: "must see".
Abç
Declínio anunciado?
ResponderEliminarUm abraço com votos de boa semana.
...Tudo tem um fim...
ResponderEliminar:))
Hoje:-Procuro na solidão. |Poetizando e Encantando|
Bjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira.
No meu quintal, ainda tenho duas dessas desgrenhadas e não muito frondosas oliveiras. Não lhes vejo é poesia nenhuma.
ResponderEliminarJá os olivais do meu Alentejo, são verdadeiros poemas!
Pertinente postagem, Rosa dos Ventos.
A urgência do lucro está a matar a terra-mãe, lentamente.
Um abraço
Querem fechar a Terra ainda antes do "final do contrato", Rosa...
ResponderEliminarabraço
"Oliveirinha da serra
ResponderEliminarO vento leva a flor
Só a mim ninguém me leva
P´ro pé do meu amor"
A quadra não resiste
ao novo plantio
e não é apenas a terra
que vai morrendo...
RV, não seja tão fundamentalista! Estou á vontade para dizer isto pq também eu, no meu espaço jardim-não horta-pomar tenho sete oliveiras, velhas e retorcidas e que mesmo sendo um empecilho, nunca tive coragem de mandar a baixo... tenho mesmo respeito por elas pois devem ser centenárias! Porém eu não vivo delas, as azeitonas pequenas e bichosas caem no chão e aí ficam até se reduzirem a caroços...
ResponderEliminarOra os olivais desalinhados de antigamente não são viáveis, quer pela qualidade, quer porque, não permitindo máquinas que apanhem a azeitona, à maioria delas aconteceria o mesmo que ás minhas pois cada vez há menos gente disponível para as apanhar manualmente!!
São os tempos modernos...
Cara Dalma
EliminarNão estou a ser fundamentalista, o que espero é que se respeito o ciclo produtivo da terra.
Ouvi queixas no Alentejo a propósito disto.
Tenho um enorme olival de oliveiras centenárias que estão na família há tempo indeterminado.
Este ano não tivemos quem apanhasse a azeitona, nem dada!
Não sei o que fazer para o ano, claro que é apenas um olival mas também não penso arrancá-las!
Quem vive da agricultura tem que pensar de outra maneira mas não é preciso esgotar os recursos da terra.
Abraço
RV, esse alarmismo do esgotamento convém com certeza a alguém ou então o que ouviu foi dos “velhos do Restelo”. Com o que acaba de dizer dá razão ao facto de ter que se cultivar assim e portanto ter que se enveredar pela colheita moderna... por isso esse cultivo feito a “régua e esquadro”!
ResponderEliminarNo mundo rural antigo não há quem a queira apanhar porque as gentes que sempre o fizeram estão velhas e os novos como se diz “querem um emprego, não um trabalho”!
As minhas sete lá continuarão mesmo que desgrenhadas e de braços elevados aos céus, pois já não foram podadas há mais de 10 anos!
Também passo com muita frequência por esses olivais, e o meu coração aperta-se sempre, pensando no futuro...
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