Incapaz de o dizer por palavras minhas porque é Dezembro e este é o mês de muitas perdas para mim, escolhi este poema para homenagear um amigo que partiu ontem! Mais um que partiu demasiado cedo...
Horário do Fim
morre-se nada
quando chega a vez
é só um solavanco
na estrada por onde não vamos
morre-se tudo
quando não é justo o momento
e não é nunca
esse momento
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
é verdade, nunca estamos preparados!
ResponderEliminarmas lembro outro poema, admirável, de José Luís Peixoto:
«na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.»
saudação cordial
;_)))
É isso, Rosa. O “Relógio do Fim" nunca marca as horas certas !
ResponderEliminar“Morrer-se nada”, ainda vá … é uma lei da natureza !
Agora “morrer-se tudo” , quando está em causa um familiar ou um amigo, é uma coisa terrível !
No entanto, temos que estar preparados porque esses momentos “não são nunca” ! … esperemos que, pelo menos, sejam o “nada” possível !
Lamento a perda desse amigo, Rosa ! Gostava de poder dizer que ele está a ler este teu post, sentir e agradecer-te esta homenagem, mas, para ser verdadeiro, não o creio ! :((
.
Bonita a tua homenagem ao amigo agora "aliviado" desta vida terrena.
ResponderEliminarAcredita, porém, que também acho lindo o poema de José Luís Peixoto.
Acreditando, como acho que tu acreditas, que terás em teu redor todos os que mais amas na hora que os invocares.
Beijosssssss
Nunca é o momento. Dezembro tb não é um "bom" mês para mim ...
ResponderEliminarAbraço
Rosinha, neste triste momento de perda deixo o meu apertado e solidário abraço.
ResponderEliminarRosa
ResponderEliminarNasci em Dezembro mas este é um mês que para mim podia ser saltado para Janeiro.
Deixo o meu abraço muito apertado quero que o sinta sei que é dificil mas pode ser confortante.
Beijinho
É um poema lindo que primeiro se estranha mas depois se entranha, passe o lugar comum. Apetece ficar a olhar as palavras muito tempo!
ResponderEliminarUm abraço
Nestes momentos não tenho palavras.
ResponderEliminarUm grande beijinho.
Ju ou sonhadora (a mesma pessoa)
Muito bonito este poema que não conhecia. E cheio de verdade.
ResponderEliminarBonito o poema :)
ResponderEliminarLamento Rosa :(
( )jinho :)
Quer seja inesperada ou não, a perda de um amigo é sempre dolorosa.
ResponderEliminarLamento.
Abraço
Um ABRAÇO sem palavras...
ResponderEliminarCaros amigos
ResponderEliminarJá conhecia o poema de José Luís Peixoto que é extremamente tocante!
Com as devidas adaptações todos/as nós o poderemos reescrever!
Abraço
Os amigos,sei lá se partem,deixamos a sua companhia sempre muito cedo.
ResponderEliminarUm abraço,
mário
Rosa
ResponderEliminartambém fiquei surpresa com a notícia do falecimento de um conhecido meu, no domingo...
um homem ainda novo!!!
Não imagino o que aconteceu,
se foi de repente ou de doença prolongada...só sei que já foi.
...nunca estamos preparados!
Neste triste momento de perda deixo o meu apertado e solidário abraço.
Tudo o que Mia Couto escreve é belo. Obrigado pela partilha.
Vem até aos meus 2 blogues;
num deles ando a fazer uma espécie de diário com imagens da minha viagem de férias
e no outro...
há poesia, fotos doces, vem ver a foto que está associada a esta poesia.Bjs.
“AS MÃOS DAS CRIANÇAS FAZEM...”
As mãos das crianças
são umas mãos
muito engraçadas!
Com terra molhada
fazem casas, jardins
e coisas com o nome
que nós quisermos.
Com pedrinhas
fazem jogos
e convencem os caracóis
a fazerem corridas
e as formigas
a mudar de caminho.
Fazem as bolas
saltar tanto
que o sol
as manda descer…
e conseguem tanta coisa,
mas tanta coisa mais...
QUE NOME TERÁ
A FORÇA ESCONDIDA
NAS MÃOS
DAS CRIANÇAS?
Inesperada ou não, é sempre uma hora dolorosa. Como a espera de alguém que, em sofrimento anseia a sua chegada.
ResponderEliminarUm grande abraço
Cá por mim riscava o dezembro do calendário. Vamos a isso?
ResponderEliminarUm beijo grande, amiga!