Às vezes julgo ver nos meus olhos
A promessa de outros seres
Que eu podia ter sido,
Se a vida tivesse sido outra.
Mas dessa fabulosa descoberta
Só me vem o terror e a mágoa
De me sentir sem forma, vaga e incerta
Como a água.
Sophia de Mello, in Poesia
Esta poesia não foi (claro!)escolhida por acaso.É sempre um prazer muito grande reler a Sophia.Alguém à procura de rumo fez uma escolha muito acertada.
ResponderEliminarMaria M.
Um dia
ResponderEliminarUm dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner
Parabéns Rosa, isto está a levar forma.
PM
Se...Se...o eterno se...
ResponderEliminarEste Se também foi a pensar em ti, Su, e na tua postagem de há dias.
ResponderEliminarPara ti, PM, obrigada por me relembrares outro belo poema da eterna Sophia!
Obrigado minha querida Rosa dos Ventos, por me dar a ler este belo poema da sempre bela Sophia ,,,
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