O aflitivo tilintar do espanta-espíritos da varanda e as bátegas de chuva na persiana não convidavam a sair de "vale de lençóis".
De olhos bem fechados, tentei elencar razões que me fizessem destapar a cabeça, soerguer-me e saltar da cama. Finalmente encontrei uma bem pertinente - a solidariedade conjugal.
Arrastei-me para a sala. Na SIC Notícias, Rui Cardoso Martins, jornalista do Contra-Informação, falava dos dislates governamentais da semana que terminou e afirmava que a partir de agora nada podia ficar como antes.
Dei uma olhadela à 1ª página do Expresso (ontem não o pude fazer, por estar numa festa de casamento) e aí, em letras garrafais o título: Orçamento Cruel. Na 2ª coluna desse artigo lê-se:
" O ministro das Finanças diz que quer tirar aos que mais têm. Mas o aumento de impostos para pensionistas e deficientes e as taxas moderadoras nas operações e internamentos tornam este OE, em certos aspectos, bastante cruel."
Decidi:- vou tomar o pequeno-almoço, talvez isso me anime!
De regresso à sala, a nova mirada na imprensa local e regional, saída na sexta-feira, não ajudou nada.
Os disparates das declarações dos governantes locais são cada vez mais preocupantes.
Novo intervalo, desta vez para o almoço, rápida arrumadela à cozinha, nova visita ao "museu do traje" e arrumação de gavetas.
Entretanto, o cara-metade, cheio de coragem, decidiu enfrentar a tempestade e foi beber café.
Volto para o sofá. A Nocas, a gata residente no apartamento, aninha-se no meu colo.
Afinal sempre há pequenos nadas que podem ser animadores neste dia de alerta amarelo!
Também passei o meu domingo enfiado em casa... bebi chá, comi biscoitos, vi filmes e li bastante embrulhado na mantinha marroquina deitado no sofá.
ResponderEliminarNão se pode dizer que tenha sido um mau domingo...
Minha querida amiga, uma coisa é certa: Pior do que um alerta Amarelo seria um Alerta LARANJA ..ehehehehe
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