No aniversário do nascimento de Sophia de Mello...
Há cidades acesas na distância,
Magnéticas e fundas como luas,
Descampados em flor e negras ruas
Cheias de exaltação e ressonância.
Há cidades acesas cujo lume
Destrói a insegurança dos meus passos,
E o anjo do real abre os seus braços
Em nardos que me matam de perfume.
E eu tenho de partir para saber
Quem sou, para saber qual é o nome
Do profundo existir que me consome
Neste país de névoa e de não ser.
Boa escolha para comemorar o nascimento de uma escritora que aprecio!
ResponderEliminarbeijinhos :)
Bem, muito bem.
ResponderEliminarà cidades que se acendem, às vezes
ResponderEliminarBoa tarde. momentos baixos que as cidades estão menos iluminadas, de repente tudo se ilumina com lindas cores.
ResponderEliminarAG
~
ResponderEliminar~ Sentimentalmente, Sophia não se relacionava bem com as cidades.
~ Para ela eram espaços poluídos, desumanizados e de um brilho artificial.
~ Neste poema, descreve a cidade até como asfixiante e atordoadora.
~ ~ Grata pela oportunidade de homenagear o 95º aniversário da querida e saudosa Poeta.
~ ~ ~ Abraço amigo. ~ ~ ~
Longe vai o dia claro
ResponderEliminarque lhe encheu o ser de esperança
Nenhum País deveria merecer palavras estas.
Nós sim, que nem percebemos
a culpa que temos
Grande poeta, estou sempre lendo-a.
ResponderEliminarPreciso adquirir um livro de poesias dela_ porque aqui nem sempre encontramos entre os estrangeiros,
_ o filho e escritor também Miguel Souza Tavares esse sim é bem mais conhecido aqui.Dele eu tenho 'No teu deserto',enfim leio muito os escritores portugueses e gosto_ sou meio portuguesa rsrs
Gosto muito do poema.
um abraço Rosa
Muito bom :) Gostei!
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ResponderEliminar"[...]país de névoa e de não ser"
O desencanto de Sophia é-me hoje tão próximo. Que país é este que, sendo o nosso, não nos permite "ser" dentro das suas fronteiras naturais?
Um beijo
Lindo! Uma excelente escolha.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Apesar das luzes que iluminam as cidades, há tanta escuridão!...
ResponderEliminarUm belo poema em que Sophia, por um lado, exalta os descampados em flor da alma lusa, e, por outro, a névoa que teima em permanecer.
Excelente escolha para homenagear, nesta data especial, uma mulher multifacetada, determinada e persistente.
Um abraço, Rosinha!
Excelente escolha!
ResponderEliminarNão conhecia este poema da Sophia... Mas também poesia não e o meu forte, se é que tenho algum! :)
ResponderEliminarAbraço
Uma bela forma de recordar Sophia.
ResponderEliminarBfds
Gosto de todos os poemas de Sophia.
ResponderEliminarDiferentes, distintos.
São um canto, um hino ou um grito de dor.
Um dos melhores poemas da Sophia.
ResponderEliminarEu gosto das cidades, mesmo poluídas, desumanizadas e de um brilho artificial, principalmente no Natal.
Abraço da amiga que vive numa bela cidade.
Realmente: «neste país de névoa e de não ser.»
ResponderEliminarComo os poetas sabem dizer as palavras vertas!! Muito boa escolha, Leo.
Beijinhos
Belíssimo.
ResponderEliminarbj amg
Não conhecia e gostei.
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