A minha amiga Carol cujo blog se chama Picos de Roseira Brava fez um post há já bastante tempo sobre este certame que se realiza neste espaço, em Lisboa, há cerca de dez anos.
Assim, no dia 6 de Julho, meti-me no expresso (esta santa terra tem, pelo menos, boas acessibilidades) e lá fui até à capital onde me esperava uma cunhada/amiga.
Saindo do metro na estação do Cais do Sodré ficámos logo em frente deste mercado cheio de história.
No rés-do-chão só estavam abertas as lojas de flores e alguns cafés mas subindo ao 1º andar deparámos com estes amplos espaços que davam acesso à zona da feira de saldos, propriamente dita.


Como podem ver é um pavilhão enorme cheio de livros baratíssimos, muitos já manuseados mas na sua maioria novos e a preços apetecíveis.
Além de livros ainda pudemos encontrar discos de vinil, CDs, artesanato, vinhos, etc.
Acontece que naquela tarde éramos as únicas clientes e informações recentes que tenho dizem-me que a feira este ano se está a ressentir com a crise.
Entre outros, comprei um livro de poesia de José Saramago intitulado "Provavelmente Alegria"de onde retirei o poema que se segue:
Provavelmente
Provavelmente, o campo demarcado
Não basta ao coração nem o exalta;
Provavelmente, o traço da fronteira
Contra nós, amputados, o riscámos.
Que rosto se promete e se desenha?
Que viagem prometida nos espera?
São asas (que só duas fazem voo),
Ou solitário arder de labareda?
Nota:
A feira só encerra a 8 de Agosto por isso ainda dá tempo de lá ir dar uma espreitadela...