sexta-feira, agosto 22, 2025

quinta-feira, agosto 21, 2025

Olhares

 Servem-nos à mesa e são imigrantes, os tais que segundo versões da extrema-direita e de muitos que acreditam nas fake news , vieram para Portugal para terem casas de graça, bons subsídios, prioridade para os filhos nas creches e escolas e no SNS e os que trabalham vieram tirar o emprego aos portugueses.

São do Chile, do Nepal, do Paquistão, do Brasil, da Alemanha, dos PALOP e trabalham arduamente no atendimento de turistas de todas as nacionalidades.

Aqueles que não falam português já conseguem entender-nos e são todos de uma enorme simpatia.

Com os seus descontos para a Segurança Social estão a contribuir para as reformas de milhares de portugueses.

Contudo precisam de habitação condigna, ordenados de acordo com as tabelas salariais praticadas e de mais compreensão e humanismo da parte de um povo de emigrantes.

terça-feira, agosto 19, 2025

Olhares



Eu sei que os tempos não estão fáceis, mas não resisti a este bom conselho encontrado numa esplanada!
 

domingo, agosto 17, 2025

Poesia ao domingo

 Liberdade


Aqui nesta praia onde

Não há vestígio de impureza,

Aqui onde há somente

Ondas tombando interruptamente

Puro espaço e lúcida unidade, 

Aqui o tempo apaixonadamente

Encontra a própria liberdade.


Sophia de Mello Breyner Andersen

sexta-feira, agosto 15, 2025

quarta-feira, agosto 13, 2025

Escapadela cultural



Ontem, ao fim da tarde, fui a Ourém onde, na sua Biblioteca Municipal, assisti a uma belíssima sessão sobre Miguel Torga, precisamente no dia em que nasceu em S. Martinho da Anta, em 1907.
Elsa Ligeiro é uma excelente comunicadora, sabe imenso sobre a vida e obra deste vulto enorme da nossa literatura e a conversa fluiu de forma muito natural.
Também foi daqueles intelectuais que foram parar ao Aljube, no tempo da ditadura.
Até fui convidada a ler três dos seus poemas, o que me deixou lisonjeada.
Apesar de ser numa admiradora da sua poesia, o que esteve mais em foco foram os contos, sobretudo "Os Bichos".
Conheço a Casa-Museu em S. Martinho da Anta, mas não conheço a de Coimbra.
Ir a Ourém é também uma ótima oportunidade de distribuir alguns abraços por amigas que lá tenho. 





 

segunda-feira, agosto 11, 2025

Música

 Esta semana que passou, tive uma experiência única.

Fui à minha atual esteticista que canta no coro da santa terrinha e ainda numa das muitas capelas que por cá existem.

Ela sabe que eu também já pertenci a um coro, daí gostar muito de cantar.

Falei-lhe da minha manhã de cantorias, tipo Karaoke , e ela perguntou-me o que tinha cantado.

Daí a pouco estávamos as duas a cantar Carlos do Carmo, Rui Veloso e Amália.

No fim, presenteou-me com a Nella Fantasia, na sua voz de soprano.

Uma maravilha!

domingo, agosto 10, 2025

Poesia ao domingo

Intermezzo

Hoje não posso ver ninguém:
sofro pela Humanidade.
Não é por ti...
Nem por ti...
Nem por ti...
Nem por ninguém.
É por alguém.
Alguém que não é ninguém,
mas é toda a Humanidade.

                                                          

António Gedeão

sexta-feira, agosto 08, 2025

Música à sexta


Com o desejo de um feliz tempo de verão!






quinta-feira, agosto 07, 2025

Leituras

 Hoje encontrei, no Facebook de uma antiga aluna, referências à leitura de Annie Ernaux.

Quis comentar que também conhecia a escritora francesa, Prémio Nobel da Literatura em 2022, mas não me lembrava dos títulos.

Tirei-me dos meus cuidados e fui à estante principal da casa procurar por Annie Ernaux.

Pensava eu que tinha a estante minimamente organizada, quer dizer: literatura portuguesa, literatura brasileira, literatura de expressão portuguesa de África, poesia portuguesa, literatura francesa, em francês e finalmente literatura estrangeira.

Mas qual quê?!

Dei com uma enorme confusão, livros misturados sem qualquer critério  e nada de encontrar o que queria.

Às tantas lembrei-me de me baixar até às pilhas de livros que já não cabem na horizontal e esperam que eu lhes dê um lugar digno.

E foi aí que encontrei o que queria: " Uma Paixão Simples ", em português e La Place, em francês.

Tenho mesmo que dar um jeito a tamanho caos literário.

quarta-feira, agosto 06, 2025

Escapadela cultural



Integrada na associação SEMPRAUDZ, de Leiria, pude alargar um pouco os meus conhecimentos, já que vivo numa terra que pouco ou nada me oferece.
A visita começou pelo Museu do Vidro que "conta" todo o percurso do vidro na cidade vidreira da Marinha Grande.












Depois seguimos para o Museu Joaquim Correia, ilustre escultor marinhense.





Após de um excelente almoço num hotel da cidade, seguimos para S. Pedro de Moel.
Aí fizemos uma visita encenada muito interessante, à Casa Museu de Afonso Lopes Vieira.
Um ator no  papel do poeta e uma atriz no papel de Amélia Rey Colaço,  jovem filha de um querido amigo do poeta, representaram algumas cenas da sua vida.
Na capela, ficámos a saber por Amélia Rey Colaço que Afonso Lopes Vieira é o autor da letra do cântico mais ouvido em Fátima.
Já depois, dentro da casa, na sala virada ao mar, fomos recebidos pelo "Senhor Doutor" que se apresentou.
Tirou o curso de Direito em Coimbra, por imposição do pai, com a "excelente nota de 10" e mesmo assim à custa do seu colega de quarto.
Ele tinha nascido para poeta e nada queria com leis.
Foi ele que "traduziu" para o português moderno Os Lusíadas que, devido ao português do Séc. XVI, era absolutamente ilegível para um leitor comum.
Soubemos ainda que alguns dos seus escritos deram origem a visitas da PIDE e chegou a estar preso devido a poemas abertamente críticos de Salazar.
Esteve apenas uma semana preso, graças ao empenho de amigos bem colocados
Não foi possível tirar fotos dentro da casa, porque estavam em remodelação para jantares culturais.
Eu já conhecia a casa, mas, por falta de fotos, deixo-vos com o mar de S. Pedro cujo marulhar nos acompanhou durante toda a visita.









domingo, agosto 03, 2025

Poesia ao domingo

 Renúncia


Como nunca vieste, já não venhas.

O mais rico tesouro é o que se nega.

Ágil veleiro doutros mares, navega 

Com as asas que tenhas!


Foge de ti, porque de mim fugiste.

Alarga a solidão que me consome.

E apaga na memória a praia triste

Onde eu pergunto às ondas o teu nome


Miguel Torga

sexta-feira, agosto 01, 2025

Música à sexta


Às vezes esperamos por um milagre que tarda!