quarta-feira, fevereiro 27, 2013
Itália
E será desta bota que sairá o pontapé de saída?
Serão os italianos capazes de descalçar a bota onde se enfiaram com estas eleições?
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domingo, fevereiro 24, 2013
Viagem musical
De carro, da minha casa ao Hospital da Luz é um pulo e tendo estacionamento privado é muito cómodo, só que fica caro esse estacionamento durante umas horas.
Ontem decidi ir de metro, meio de transporte que privilegio em Lisboa, tendo apenas que mudar de linha e correr meia cidade!
No regresso, logo na estação de Carnide, entram na carruagem onde sigo quatro jovens com vários instrumentos musicais e ainda um aparelhómetro que parecia um alti-falante.
Logo que o metro se pôs em andamento, começaram com esta música mas não com esta qualidade como é óbvio e ainda nos brindaram com mais três do género.
Do público não vinha um único sinal de agrado, nem um sorriso.
Eu, que estava de costas para eles, ia lançando uma olhadela de vez em quando, ia balançando a cabeça e sorrindo para a única pessoa que, ao fundo da carruagem, também a virar-se de vez em quando, sorria.
Era um jovem...
Se fosse mais velho tinha-me levantado e tinha-o convidado para dançar!
É que dava mesmo vontade...
No fim, passou um deles com uma pandeireta e recolheu algumas moedas.
Não fui suficientemente generosa para os minutos de prazer que me proporcionaram...
É que andamos tão cabisbaixos!
sexta-feira, fevereiro 22, 2013
Livros e semelhanças...
"O médico fez-me um sorriso de comiseração. Vejo que o senhor é um filósofo, disse-me. Foi a primeira vez que pensei na minha idade em termos de velhice, mas não tardei a esquecer. Habituei-me a acordar cada dia com uma dor diferente que ia mudando de lugar e forma à medida que os anos passavam. Às vezes parecia-me ser um golpe da garra da morte e no dia seguinte esfumava-se. Por essa época ouvi dizer que o primeiro sintoma da velhice é que começamos a parecer-nos com o nosso pai."
In "Memória das Minhas Putas Tristes", de Gabriel Garcia Marquez
Já li este livro há uns anos mas como vai ser, em princípio, discutido na próxima sessão do clube do livro que frequento, estou a relê-lo.
Fixei-me neste extracto por duas razões relacionadas com o meu lado materno:
Estou cada vez mais parecida com a minha mãe que partiu a 22 de fevereiro, há 9 anos...
O meu avô materno costumava dizer que as dores mudavam de andar mas não de edifício!
Ontem tive uma dor violenta que me subiu do peito até à garganta mas do lado direito, se fosse do lado esquerdo poderia ser um enfarte!
Hoje mudou de sítio...
Não sou hipocondríaca...foi apenas uma forma de dizer que tenho muito do meu lado materno!
quinta-feira, fevereiro 21, 2013
Pela boca morre o peixe...
Nunca gostei de ver miúdos com uma fralda pendurada na mão e passava a vida a interrogar-me sobre esse hábito pouco saudável, segundo o meu ponto de vista. Felizmente que nenhum dos meus filhos desenvolveu essa "dependência"!
E não é que o meu neto não vai para lado nenhum sem a "xá", nome que dá a esse objecto que chega a arrastar pelo chão?
É bem verdade! "Pela boca morre o peixe"!
terça-feira, fevereiro 19, 2013
Em choque
Pensei re-editar o post anterior com mais imagens de Setúbal onde dei aulas no meu 2º ano de actividade profissional, precisamente no Liceu que ficava ao cimo do Estádio do Bonfim, mas com a ida ao banco para verificar o depósito da minha nova pensão fiquei em choque e saiu-me este palavrão!
Cada qual faça a tradução que entender aplicável no contexto em questão!
domingo, fevereiro 17, 2013
Regresso com enigma...
A única coisa boa que esta pausa me trouxe foi manter-me afastada do que de muito triste o FB, os blogues, os jornais e a televisão vão mostrando, sobretudo na área do desemprego.
Assim pude focalizar-me apenas na função de "cuidadora" de alguém cujo sofrimento é imenso e a vários níveis, apesar de já ter também procurado um milagre na Alemanha!
Mas ontem fui substituída por outra "cuidadora" e pude, dentro do possível, voltar à normalidade do convívio com aqueles que me são mais queridos.
Por isso, pudemos ontem almoçar os cinco em família e escolhemos uma cidade da qual gosto muito.
Além da excelente companhia e refeição ainda consegui acompanhar, em parte, a manifestação da CGTP.
Agora é só observar as imagens e adivinhar onde fomos almoçar...
Nota: Peço desculpa da forma um pouco abrupta como passo de um tema para outro mas a vida é mesmo assim...
domingo, fevereiro 10, 2013
Pausa
Às vezes temos que sair da nossa zona de conforto (relativo) para acompanhar quem precisa muito de nós!
quinta-feira, fevereiro 07, 2013
Um cheirinho a primavera...
No canteiro rente ao muro que separa o nosso espaço do dos vizinhos da esquerda já despontaram os narcisos.
São como pequenos sóis, presos à terra por uma hastezinha verde e que dão um colorido muito especial ao canteiro
Têm um ar tão humilde, tão simples que até parece que a mitologia se enganou em relação à vaidade de Narciso!
Nota: Não trouxe a máquina fotográfica por isso fui à net buscar a imagem.
terça-feira, fevereiro 05, 2013
Ou Isto ou Aquilo...
A propósito da opção que fiz de passar grande parte do meu tempo em Lisboa deixando esta casa quase ao abandono, lembrei-me deste poema infantil de Cecília Meireles!
Não tanto por mim que não sou mulher de indecisões mas por aquilo que vou ouvindo ao meu "fiel jardineiro" que gostaria de ver o sorriso do neto todos os dias e, ao mesmo tempo, poder tomar conta do seu quintalito, ir ao café do costume, dar uma volta pelos campos para ver como estão as suas árvores e sei lá mais o quê...
E eu vou-lhe dizendo "Mete-te no carro e vai até lá!"
Fazer o quê?
Ou isto ou aquilo!
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Poesia em português
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
Sozinha em casa...
A casa recebeu-me gélida e sombria!
Até fez com que os interruptores saíssem dos lugares habituais, levando-me a arranhar as paredes como se fosse uma das minhas gatas...Amanhã de manhã talvez já se tenha habituado de novo à minha presença.
Será que as casas também se zangam quando estão desabitadas?
sábado, fevereiro 02, 2013
Imbolc e Senhora das Candeias
Imbolc quer dizer "do ventre" e refere-se ao poder da criação da matéria, de germinação terrestre.
Este festival celta, em honra da deusa Brígida, encontra-se a meio da estação do inverno, no seu auge, por isso é o primeiro sinal de que esta começará a declinar e que a primavera lhe sucede.
Os dias começam a aumentar; celebra-se a Luz que cresce, tanto a que está dentro como a que está fora de nós. Este é também o momento do despertar da Terra, quando todas as sementes e raízes começam lentamente a espreguiçar-se. Por isso "Imbolc" é tempo de "semear" intenções, de acender a nossa luz individual dentro do Todo e de dar começo a inspirações que irão crescer ao longo do ano.
É tempo de limpeza, de purificação, por isso varrem-se simbolicamente as casas e faz-se também uma fogueira (se o tempo o permitir) ou acendem-se muitas velas no altar gerando um fogo que limpa e transforma tudo o que já não nos serve e desejamos deixar ir.
Isto abre espaço para crescimentos, inspirações e novos começos.
É também tradição acender velas e deixá-las acesas toda a noite no parapeito das janelas. Acendem-se também pelos que amamos e afirmam-se as qualidades positivas das nossas relações.
Nota: Retirei este pequeno texto de uma agenda que encontrei em casa do meu filho mas já um ano destes referi esta tradição celta.
Para os católicos, o dia 2 de fevereiro é dia de Nossa Senhora das Candeias, da Luz, da Purificação, quando se deu a apresentação de Jesus no Templo.
Abreviando, é dia de se comerem fritos com azeite novo, de preferência filhoses.
No fundo não deixa de ser um ritual ligado à Luz!
Já recebi uma mensagem do meu "fiel jardineiro" a dizer-me que traz, da santa terrinha onde foi, as tais filhoses para cumprirmos a tradição.
Esta é a candeia que o meu neto trouxe ontem para casa, porque, como me disse a educadora que ma entregou quando o fui buscar "amanhã é dia das "candeias".
Achei graça porque não fazia a mínima ideia que, em Lisboa, festejassem este dia!
sexta-feira, fevereiro 01, 2013
Lincoln
Ontem fui assistir à estreia de filme "Lincoln", um drama biográfico dirigido por Steven Spielberg com Sally Field como Mary Todd Lincoln e Daniel Day-Lewis como Abraham Lincoln.
Abrange os últimos quatro meses de vida de Lincoln e de toda a sua luta para abolir a escravatura, fazendo passar, na Câmara dos Deputados, a 13ª Emenda à Constituição Dos Estados Unidos da América.
Com a Guerra Civil quase a terminar e receando que o fim da guerra desmotivasse a luta pela abolição da escravatura , a braços com problemas de vária ordem incluindo os familiares que decorrem das perturbações psicológicas da mulher e da insistência do filho mais velho em ir para a frente de batalha, o Presidente desdobra-se em contactos para conquistar os vinte votos necessários para que a 13ª Emenda seja votada positivamente.
Os meios, nem sempre os mais claros e correctos, justificam os fins e depois de uma caça ao voto "porta a porta", numa luta contra o tempo, finalmente, a 31 de janeiro de 1865, a 13ª Emenda que consagra a abolição da escravatura é aprovada na Câmara de Deputados.
Além dos meandros políticos, partidários e tácticos especificamente em relação à Guerra, o filme procura mostrar o porquê da loucura da Sra. Lincoln, da infelicidade do casal e da postura dos pais perante os filhos - na vida deles aconteceu a morte de um filho da qual a mãe não conseguiu recuperar.
Penso que é razão mais do que suficiente para uma mulher ficar perturbada para sempre.
Todos sabem que, pouco depois, na noite de 14 de abril, Lincoln é alvo de um atentado, morrendo na manhã seguinte.
O filme termina com um flasback do Presidente a fazer o seu segundo discurso de tomada de posse, cujo final não está de acordo com aquilo que ele deseja - que os Estados Unidos vivam em paz com todas as nações.
É um filme longo, pesado com visitas a hospitais de campanha e campos de batalha, com cenários predominantemente de interior e escuro mas com excelentes interpretações e com uma temática que nunca deve ser esquecida.
Fez precisamente ontem, 31 de janeiro, 148 anos que se deu a abolição da escravatura nos Estados Unidos!
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