terça-feira, janeiro 04, 2011

O Fio das Missangas











A missanga, todos a vêem.
Ninguém nota o fio que,
em colar vistoso, vai compondo as missangas.
Também assim é a voz do Poeta:
um fio de silêncio costurando o tempo.




Mia Couto in "O Fio das Missangas"




Mesmo sem sermos poetas, todos vamos costurando o nosso tempo...
Às vezes, vamos mesmo remendando!

24 comentários:

  1. SINOPSE

    Uma vez mais Mia Couto regressa ao conto, género literário que parece ser o da sua maior realização. Estórias breves mas contendo, cada uma delas, as infinitas vidas que se condensam em cada ser humano. Uma vez mais, a linguagem é trabalhada como se fosse delicada filigrana, confirmando o que o autor disse de si mesmo: «conto estórias por via da poesia».
    São vinte e nove contos unidos como missangas em redor de um fio, que é a escrita encantada de um consagrado fabricador de ilusões.

    Neste livro temos Mia Couto na minha opinião a voltar aos contos, parabéns pela escolha. Para quando um incentivo no meu www.borradas.blogspot.com , se me é permitido um beijinho amigo com votos de um feliz 2011

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  2. É isso, Rosa, às vezes vamos mesmo remendando...

    Beijo :)

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  3. Mia Couto e a relação admirável que tem com as palavras.
    De facto, o poema fica escondido atrás do que escreve, mas para escrever tem mesmo de "costurar o tempo" nos silêncios da reflexão.

    Um beijo

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  4. E até para remendar é preciso jeito...
    Beijinhos

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  5. Como eu gosto de ler Mia Couto desde que o “descobri” no blogue do Luís, Largo da Memória.
    Ele tem um estilo tão característico, um estilo a que eu não estava habituada e que me encanta.
    Bonito fio de missangas, amiga Rosa dos Ventos. Abraço.

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  6. Gostei (do poema e do post :)

    um beijinho

    Gábi

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  7. Olha eu vou mais remendando, porque de costura pouco entendo.
    um abraço.
    Feliz ano Novo!

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  8. Muito bonito! Simples mas cheio de significado! À Mia Couto mesmo!

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  9. Se os remendos forem bem feitinhos...ainda vá que não vá. O Tempo é uma "coisa" muito complicada!

    Um abraço

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  10. Farto-me de remendar... o tempo... a vida.


    Bjos

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  11. Prezo muito Mia Couto.
    Gosto da sugestão e leveza do texto de Mia.
    Gosto de trabalhos de missangas.

    O colar que exibes é lindo.
    Bjs.

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  12. Fizeste-me envergonhar. :(
    Nunca li nada do Mia Couto ! :((
    .

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  13. O tempo bem costuradinho dá para organizarmos melhor as nossas ideias, as nossas vidas e também reformular o que for preciso. Um bom ano para ti amiga.
    Beijinho

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  14. Poucas palavras para muito significado.
    Parabéns

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  15. «um fio de silencio costurando o tempo...» bela definição da poesia...

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  16. É uma grande verdade, mas na nossa vida não precisamos mostrar todos os fios, basta pressentir que estão lá... a segurar-nos.

    Beijarocas

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  17. Caro Rui
    Eu já li muitos dos livros de Mia Couto mas por acaso não tinha este que me foi dado no Natal.
    Aconselho-te a experimentar este escritor porque vale a pena!

    Abraço

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  18. Os fios invisíveis são sempre os mais importantes: os da amizade, do amor, dos fectos em geral! Com esses costuramos a nossa vida!
    Um beijo amigo

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  19. Invisíveis, estranhos e inexplicáveis, por vezes, os fios que nos entrelaçam a uns e a outros não!...

    Abraço, Justine

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  20. OK. Vou seguir o conselho. Na próxima compra será esse !
    Obrigado !
    .

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  21. Com os dias que corrrem, é mesmo de remendar a vida que se trata.
    Bom fds

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  22. Quanta sensibilidade!...
    Gostei.
    Abraços

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  23. Gostei. Um bom incentivo para ler Mia Couto que, confesso, nunca li.

    Abraço.

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