O Povo saiu à rua, unido, feliz, de olhos plenos de luz!
Hoje irei unir a minha voz à de outros coralistas, em Alpiarça e o repertório será, tenho a certeza, de incentivo à luta por dias melhores...
Estarei com todos os trabalhadores mas sobretudo com aqueles que estão desempregados sem verem luz ao fundo do túnel e na linha da frente de ataques vis à sua dignidade e aos seus direitos.
Fernando Lopes Graça musicou um poema de José Gomes Ferreira intitulado "Ó Pastor que Choras" que voltaremos a entoar.
Os seus últimos versos dizem:
" Vai pintar de luto
as papoilas dos trigais!"
Vesti-me de preto mas com um lenço vermelho!
Rosa dos ventos
ResponderEliminarLembro-me bem desse primeiro 1.º de Maio. A Liberdade só tinha chegado há uma semana, e todos se juntaram para a festejar. Havia uma exaltação e uma esperança no ar. Para onde foram? Em que guerrilhas partidárias foram esquecidas, em que interesses pessoais se perderam?
O mundo já não é igual. Nós também não. Ainda bem que vivi esse momento.
Bjs e bom concerto.
Não sei a razão, mas não vejo a imagem :(
ResponderEliminarO Povo unido e na rua foi noutros tempos, cada vez mais acredito menos na união do Povo...será da idade?
Mas Quando a causa é a união é 100pre bem-vinda!
um abraço e boas cantorias
;)
Obrigada pela evocação...
ResponderEliminarL.B.
A emoção do primeiro 1º de Maio ficará para sempre dentro de mim! Foi o dia de todas as esperanças...
ResponderEliminarAgora resta a raiva e a luta, como tu mostras na simbologia da roupa que hoje vestes.
Que seja mais um Maio forte.
ResponderEliminarBeijinho*
Não há nada como a primeira vez.
ResponderEliminarViva o 1º de Maio.
Bjs
Isto anda mau e começa logo com a festa do 1º de Maio, em separado, dos sindicatos, nunca mais aprendem que a união é que faz a força, assim, acaba tudo na velha história: Dividir para reinar.
ResponderEliminarE, já agora, boas entoações :)
OLÁ AMIGA
ResponderEliminarÉ o primeiro 1º de Maio que tenho em casa um "Desempregado" desde 31 de Julho de 2009...
Não há razões para festejar seja o que for!!!
(Também não consigo ver a imagem...)
Acabei de fazer um post sobre o "Dia da Mãe" mas, nada de recordações antigas, pois estou a ser seguida por um psicólogo que me tem ajudado a "cortar" com o meu passado, pois era só sofrimento sempre que "ia ao passado buscar lembranças" e, como perdi a m/Mãe muito cedo, evito voltar a falar no assunto;
a sua memória está muito bem guardada no meu coração, mas falemos de outras coisas...
O meu peito é um autêntico mar de emoções e já apanhei alguns sustos, devo fugir a situações de risco.
Venha buscar um presente que, com todo o meu amor lhe ofereço neste dia especial.
Beijos com carinho.
O primeiro 1º de Maio é tão inesquecível como o dia 25 de Abril de 74. Mas as condições são outras...A liberdade tem de ser conquistada todos os dias, como o direito ao trabalho é uma luta contínua. Porque continua...
ResponderEliminarUm abraço.
1º de Maio,6 dias após o 25 de Abril ! O que a consciência colectiva de terra ressequida pela opressão, pelo silêncio imposto,pela mordaça,pelas injustiças,pelo sofrimento dos ousaram divergir, produziu. Foi possível ver o meu Povo de mãos dadas,em uníssono,cantar a LIBERDADE.Muitas voltas deu a Vida,e muitos caminhos se enviezaram,mas cruzar os braços,NUNCA.Abraço Kinkas
ResponderEliminarQuerida Rosa,desculpa voltar ao assunto,mas,por mais caduca que eu esteja,há factos que me marcaram para sempre.1945,estava um rapazinho de 15 anos à porta do Liceu Rodrigues Lobo-Leiria,quando foi abordado por um homenzinho,por sinal natural da aldeia onde ele vivia, que, mansamente, lhe pediu que fosse chamar o J.P.F. ,colega da mesma idade,que gozava o intervalo na "cerca"com os outros colegas.
ResponderEliminarO rapazinho,por sinal,meu irmão,apressou-se a fazer o recadinho.J.P.F. veio à porta e,depois de breve conversa com o homenzito,desceu a escadaria
exterior com ele acompanhou-o,sem
qualquer palavra aos que ficavam.
Só algum tempo depois e à sorrelfa
se falava que J.P.F. fora preso porque era comunista!.De facto,nunca mais voltou àquele Liceu.Só muito mais tarde,quando exercia medicina em Santarém ,eu soube que ele estava bem,porque pronunciar o seu nome poderia ser perigoso...Prender um menino de 15 anos,alguém poderia conceber?
Já não está entre nós,mas nunca se dobrou.Abraço Kincas
É bom gostar de Histótia, mas melhor ainda, vivê-la em tempo real, como aconteceu connosco! Nunca mais vamos esquecer e até Ourém, "fechada" e medrosa, saiu à rua nesse primeiro 1º de Maio! E tanto medo tínhamos que tivemos de ser incitados, da varanda dos Paços do Concelho por um revolucionário mais afoito: cantem, paspalhões! Ainda hoje rimos do episódio!
ResponderEliminarViva a liberdade responsável e solidária!
Caros amigos que não vêem a imagem
ResponderEliminarEu também deixei de a ver...
Era uma foto da multidão que encheu literalmente toda a Av.da Liberdade no primeiro 1º de Maio, retirada da net...
Deve ter a ver com os direitos de autor! :-))
Abraço
Querida Kincas
ResponderEliminarFoi graças a esse rapazinho e a muitos homens e mulheres que ninguém dobrou que pudemos conquistar a Liberdade!
Abraço
Cara MLU
ResponderEliminarO meu primeiro 1º de Maio foi no Largo do Cine-Teatro Virgínia em Torres Novas... :-))
Abraço
Hoje, posso escrever que foi um previlégio ter vivido (na enorme manifestação de rua que se fez em Lisboa) esse dia. Ele há coisas que só vividas ao vivo e a cores.
ResponderEliminarAbraço.
Que a audição tenha dado prazer a quem ouve e a quem canta!
ResponderEliminarO lº "1º de maio" foi um sonho...
Emocionei-me a ler-te.
ResponderEliminarVesti-me dessas cores no nosso 1º de Maio (estava de luto pelo meu pai um mês antes falecido) e o vermelho era o do cravo.
Vesti-me dessas cores no dia em que Zeca Afonso nos deixou.
E o vermelho era o do lenço enrolado à volta do pescoço.
Pastores, somos.
Da terra não saímos.
Um Abraço, Rosa!
Ps- desculpa a falta de resposta de há duas semanas, ainda não estava a receber as notificações de comentário no mail. :))
E onde andavam as meninas?? :))
Com a tua narração, o que muito agradeço, já a posso ver...
ResponderEliminarGosto daquilo que escreves e do como o fazes, aproximas-me a uns feito que não pude ver. Obrigado.
Fiz uns versos, quando estava na FA, na Ota, 1963, que também tem que ver com papoilas, trigais e lenços...
Papoilas
Papoilas vermelhas
Entre verdes trigais
Corados por sol de estio,
Ventos ondulantes
Que atiçam...
Inchando velas
De campos silvestres;
Lenços que cobrem a seara;
Chapéus até às orelhas;
Pinheiros de copa baixa,
Poucas casas,
menos gente;
Fumarada,
Chão ardente.
Abraços