Como chão varrido
Como porta aberta
Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
Sophia de Mello
Nota: Porque amanhã não tenho tempo deixo-vos hoje um poema a lembrar que a cada um de nós pertence a construção de um homem novo...
Lindo, este poema de Sophia!
ResponderEliminarComo ela diz, como tu lembras, nada se faz sem nós! Então, mãos à obra, para obras que valham a pena!
Obrigada pela partilha!
Abraço "revolucionário".
Bem estamos a precisar de muitos homens novos que percebam como governar um país porque as mulheres andam muito ocupadas, a governar a casa ;)
ResponderEliminarÉ afinal o que andamos a tentar fazer há tanto tempo. Continuaremos...
ResponderEliminarUm abraço para ti e um cravo Vermelho!
Poema de força e de esperança. Temos mesmo de ter muita força para levarmos a coisa por diante...
ResponderEliminarPorém, 25 de Abril, sempre!
Amiga,
ResponderEliminarNós contruímos um homem novo.
O pior são os maus exemplos que alguns menos novos teimam em mostrar-nos mesmo que os repudiemos com todas as forças da nossa razão.
Um Dia de Abril muito bem celebrado
PS - A minha Maria deixou-te um beijinho de Felicidade
Obrigada pelo poema, pela evocação e lembrança de que cabe a cada um de nós fazer a nossa parte.
ResponderEliminarAbraço
é sempre bom lembrar...
ResponderEliminarObrigada!
Um bom dia, com um cravo:)
ResponderEliminarBeijinho, Rosa*
E aqui estou eu, no abraço fraterno e solidário.
ResponderEliminarBeijo de Abril!
25 ABRIL SEMPRE
ResponderEliminarHavia um sobretudo roto
e um corta-vento, um esconder
de um corpo em grades sem asas.
E um mastigar no ventre do vento,
a palavra alada.
(Que a liberdade, essa, estava algemada
em masmorra hedionda).
E haviam doridas vontades de elevar raízes,
de alongar as estradas de todas as tardes,
em liberdades …
E Abril chegou.
Antecipou nos cheiros as rosas de Maio,
sulcou de vermelho, os cravos das horas.
Erguidos. Altivos …
Enfeitaram canos de espingardas.
(Desnecessárias).
E dos pássaros-lábios, outrora cerrados,
brotaram líquidas palavras. Cânticos líricos…
E dos olhos, em emoção, milhões de lágrimas
sulcaram faces-margens, sem retenção...
Lavraram arados as ondas dos dias …
Semeadas agora, brotam urgentes,
sementes,
da Terra quente. Emergem em festa,
virgens florestas. Dádivas, ofertas …
Havia um sonho, na véspera do tempo …
Era dor … lamento …
Hoje é Liberdade,
aberta que está a porta da verdade!
***
E porque falar de Zeca Afonso é falar de Liberdade, deixo aqui o meu tributo em forma de poema.
Feliz Dia da Liberdade.
ResponderEliminarum Abraço e um Cravo para ti, Rosa
"Como a voz do mar
ResponderEliminarInterior de um povo"
"Um tempo novo", uma "página em branco"... E o poema há-de florescer, como as papoilas na Primavera.
sabia que aqui viria encontar um pouco de abril.
ResponderEliminarbeijos
Relativamente à construção de um homem novo... sou relativamente relutante.
ResponderEliminarPrefiro um quotidiano diferente...
Talvez possa alterar mais e não frustrar tanto.
Quanto à poesia da Sophia, completamente de acordo.
(Nunca perder a contextualização)
Bjs
Uma casa à antiga portuguesa...
ResponderEliminarSaudações poéticas
Caro JPD
ResponderEliminarCom todo o respeito acrescento que sem um homem novo não há um novo quotidiano e vice-versa...
Abraço
Caro Alberto David
ResponderEliminarObrigada pelo poema!
Abraço
Constância!
ResponderEliminarRecordar para não esquecer e construir... muito caminho por andar...
Abraços