Vidro Côncavo
Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
António Gedeão, in Poesias Completas
Escolheste bem. Eu fiquei-me pela Sophia, e o mar...
ResponderEliminarUm abraço.
E eu que adoro Gedeão, não conhecia esta poesia.
ResponderEliminarObrigada!
Esta água pode bem ser a minha Lagoa...
ResponderEliminar:))
Como a Poesia nunca se extinguirá...
ResponderEliminarUm beijo, Rosa, neste dia.
quanta poesia, até na barca, que escolheste...
ResponderEliminarabraço Rosa
Do A. Gedeão, tenho um fraquinho... pela Pedra Filosofal
ResponderEliminarO teu gosto coincide com o meu: já publiquei este poema do Gedeão há uns tempos, num post. Adoro a poesia dele!
ResponderEliminarBeijinhos
Soltar as amarras seria bom...
ResponderEliminarTenho sofrido poesia
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Tudo é sofrimento! Até o não sofrimento, é sofrimento. Algo semelhante a ter, o que não se tem.
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Felicidades.
Manuel
É lindo este poema! Ainda li pouco de A. Gedeão mas vou dedicar-me mais à sua poesia.
ResponderEliminarAbração!
E escolheste muito bem, o poema e a imagem.
ResponderEliminarE não há enigma desta vez? É certo que a poesia está em primeiro lugar!...
Fico à espera.
Beijos
Obrigada pela escolha e pela partilha.
ResponderEliminarAbraço
Fizeste bem, aqui temos um poema destacável dum dos ilustre poetas da terra.
ResponderEliminarAbraços
Que excelente escolha.
ResponderEliminarAdorei a fotografia:)
Beijinho*
gostei bastante da tua escolha, obrigada!
ResponderEliminarum abraço
Lágrima de preta
ResponderEliminarEncontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
Um abraço.
Poesia é...
ResponderEliminaro que eu sinto no corpo
desde que regressaste...
Sol.
A imagem foi capatada em Ferragudo e o barco flutua no rio Arade, quase a chegar à foz...
ResponderEliminarPenso que este é o único rio que nasce em Portugal e desagua no Algarve mas não tenho a certeza...
Abraço a todos