Passeava-me pelo Chiado quando descobri um café deveras original num pátio interior, ali mesmo ao lado da Bertrand...
Entrei numa 1ª sala onde a peça decorativa por excelência era uma velha máquina de costura, seguia-se uma pequena galeria de exposições e finalmente uma outra sala com cadeiras totalmente desirmanadas, dos anos 30/40/50.
Na galeria encontravam-se quadros de um pintor cujo nome esqueci (a idade não perdoa)...
Saltou-me à vista este porque me lembrei imediatamente de António Gedeão e do seu Poema da Auto-Estrada, com ecos de Camões.
Aqui está, embora incompleto e com a indumentária da Leonor um pouco descoordenada.
Eu ando numa de "incompletude"...
Voando para a praia
Leonor na estrada preta.
Vai na brasa, de lambreta.
Leva calções de pirata,
vermelho de alazarina,
modelando a coxa fina
de impaciente nervura.
Como guache lustroso,
amarelo de indantreno,
blusinha de terileno
desfraldada na cintura.
Fuge, fuge, Leonoreta.
Vai na brasa, de lambreta.
Agarrada ao companheiro
na volúpia da escapada
pincha no banco traseiro
em cada volta da estrada.
Grita de medo fingido,
que o receio não é com ela,
mas por amor e cautela
abraça-o pela cintura.
Vai ditosa e bem segura.
...................................................................
Mesmo assim: de mota ... só uma vez e na GNR.
ResponderEliminarNunca mais.
bjcs
JS
Mesmo assim: de mota ... só uma vez e na GNR.
ResponderEliminarNunca mais.
bjcs
JS
Leonor vai formosa e bem segura...
ResponderEliminarapesar de se o meu meio-transporte diário e de gostar de motos...nunca andei de lambreta, não gosto!...
tb não gosto q me sufoquem ...pela cintura.
:))
* de ser o meu meio-transporte diário...
ResponderEliminar*
seR
seR
seR
seR
seR
:)vai mesmo!
ResponderEliminarBeijinho*
Frequentei esse espaço durante 4 anos... um mandato na CML...
ResponderEliminar... e eu ando numa de ansiedade.
Um abraço, Rosa.
bonita descoberta, Rosa.
ResponderEliminarLisboa e o mundo é assim, há sempre algo depois da esquina...
abraço
Não te perdoo Rosinha. Vieste à cidade grande e não me convidaste para um café.
ResponderEliminarTinha-me posto lá num instantinho e nem precisava de ir de lambreta e tu, estarias seguríssima, mesmo sem me abraçares pela cintura.
;)
Vamos lá ganhar coragem e dar uma volta ao Algarve de lambreta.
ResponderEliminarCada vez tenho mais saudades da minha Lisboa, quando os Deuses acalmarem terei que ir dar um passeio pelos sitios nunca esquecidos.
Abraço
Se passares de novo por aqui diz-me o nome do café, por favor Maria!
ResponderEliminarSabes que também havia uma mesa com um montinho de revistas com o nome "Umbigo"...
Tive que ir à net para saber que tipo de revista era.
Santa ignorância, a minha!... :-))
Abraço
Também quero pedir desculpa a todos pelo facto da mancha gráfica do poema não estar de acordo com o original!
ResponderEliminarDe vez em quando acontecem-me destas, mesmo usando truques...
Abraço
Se a minha memória fosse o que era, eu saberia o nome do café. Já foi quase há 8 ou 9 anos. Como saber o nome do café? Mas vou tentar saber.
ResponderEliminarUm abraço
Com esta chuva de lambreta é que não!! :)
ResponderEliminarBeijinhos :)
Adoro ironia do Gedeão!E fiquei com muita curiosidade em relação a esse local que visitaste. Logo que comece a andar...lá vou eu:))
ResponderEliminarBeijo
A ilustração ao poema está perfeita.
ResponderEliminarA poesia de AG é extraordinária.
Quando acabei o 7º ano no Pedro Nunes, era ele Reitor.
Tinha uma atenção inesgotável para connosco.
Falei-lhe uma vez por causa do desaparecimento de um relógio.
«Vais ver que ainda aparece...
Apareceu.
Foge Leonor, os deuses devem mesmo estar loucos!
ResponderEliminarE foge para onde, Escutador de Almas?
ResponderEliminarOs deuses encontram-nos sempre! :-))
Abraço
De lambreta nunca andei,tal como tu, FJ!
ResponderEliminarDe mota andei com o meu filho mais novo.Há pais que compram para os filhos aquilo que gostariam de ter tido em jovens...
Depois de um ano ou dois de entusiasmo largou-a na garagem.
Fartos deste mono acabámos por vendê-la com a autorização do dono, no mês passado.
Lembro-me de ter tido uma paixoneta de adolescente por um jovem que vinha de longe, nas férias, passar-me à porta de lambreta...
Creio que a paixoneta tinha mais a ver com a lambreta! :-))
Abraço
FJ...não gostas que te sufoquem pela cintura???
ResponderEliminarEstá bem...
Rosa tenho saudades de andar assim à descoberta.
Gostei do quadro e também de reler António Gedeão.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarPeidei... aqui neste blog...? Nem pensar!!!
ResponderEliminarEsta é que eu não percebi, Bartô...
ResponderEliminarexplica lá porque eu estou cada vez mais loira! :-))
Abraço
Dinita
ResponderEliminarO FJ tem de nos explicar onde é que se agarra a ou o pendura quando ele viaja na sua mota acompanhado... :-))
Abraço
Quando voltar ao Chiado, vou procurar esse café.
ResponderEliminarAbraço. Teresa
a explicação estava no comentário anterior Rosinha, que foi apagado pelo administrador do condomínio
ResponderEliminar;)))
dizia : pay day... isto tem a ver com gases... digo eu... sei lá...
Caro Bartô
ResponderEliminarUltimamente têm, de facto, aparecido muitos pays...
Será de alguma feijoada?! :-)
Abraço
Tenho-me descuidado nas minhas visitas, sobretudo às amigas que herdei de meu irmão Rodrigo. E esqueci-me que aqui também, apesar dos ventos, há rosa, rosa ribatejana. E foi um comentário no meu blogue (afirmo, agora, com orgulho, MEU, já que Ele jamais voltará a roubar-mo) que me despertou do meu sono, não tanto dogmático, mais asmático, sem realmente o ser, e me trouxe aqui. Reconheço que, embora difícil de encontrar nestas parangonas, temos aqui rapariga esperta, ladina e sabida, que não anda nestas andanças para carpir sentimentos recauchutados... e que até faz comentários inteligentes. Pois os deuses até estão mesmos loucos e o facto é que já não dá para rir.
ResponderEliminarFantástico... um quadro funambulesco, de lambreta!
ResponderEliminarNão conhecia o poema e gostei.
Um abraço
há dois meses tb descobri esse café, por acaso e fiquei pasmada. mas gostei!
ResponderEliminarGostei do poema.
Muito giro o poema :)Não conhecia.
ResponderEliminarconvite para seguir a história de Alice, lá no
ResponderEliminar--- continuando assim... ---
bj
bom fim de semana
teresa