terça-feira, janeiro 06, 2009

É a guerra...

"É a guerra aquele monstro que quanto mais come e consome tanto menos se farta." - Padre António Vieira

O conflito do Médio-Oriente, que nos entra todos os dias olhos dentro a partir da televisão, tem-nos dado a oportunidade de ver as diferenças abismais existentes nos dois lados.
Tirando a dor e as lágrimas perante a morte de seres queridos que são iguais nos palestinianos e nos israelitas, constatamos no cenário apresentado pelos reporteres que, apesar dos rockets do Hamas, tudo se encontra a funcionar dentro da normalidade possível, em Israel. Os carros circulam, as árvores estão verdejantes, os edifícios de pé e com a monitorização por computadores os alertas são dados atempadamente para as pessoas poderem aceder aos abrigos; assim o número de mortos é bastante reduzido e os feridos têm acesso a bons hospitais onde nada falta.
Do outro lado vemos destruição, miséria, lama, frio, crianças na rua sem qualquer protecção, sabemos que nos hospitais os profissionais da Saúde se defrontam com gravíssimos problemas para realizarem o mais simples tratamento, não há comida, medicamentos, não há aquecimento, enfim não se vive.
Os palestinianos estão encurralados numa nesga de território, sujeitos a um sofrimento incomensurável, enfrentando uma crise humanitária sem fim à vista.
Numa semana, os ataques do Hamas provocaram a morte a 4 israelitas e os de Israel provocaram a morte a 424 palestinianos.
É por esta desigualdade que eu estou do lado dos que mais sofrem - os palestinianos.

15 comentários:

  1. E eu estou contigo,desmascarando mais este crime brutal contra a humanidade.
    Abraço solidário, em raiva e sofrimento

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  2. Também estou contigo, por esta e outras razões.
    É tempo de solidariedade com a Palestina!

    Um abraço

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  3. Nem mais, haja solidariedade.

    Beijinho*

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  4. Sem dúvida querida amiga, o povo Palestiniano é a maior vítima de todo este processo, eu diria até que é a única vítima. Isto porque Israel está numa posição lícita, no meu ponto de vista, uma vez que defende o seu território e a segurança da sua população, o Hamas que é um movimento de resistência Islâmico, antes de mais subjugou ditatorialmente o povo Palestiniano,e utiliza o corpo popular para se escudar na afronta ao povo Israelita. Esta afronta tem como fundo a luta pela formação do Estado Palestiniano.
    Tudo isto poderá entender-se melhor se formos ao encontro das raizes da formação dos dois povos.
    O território de Israel, foi aquele a que Moisés conduziu o povo de Deus, desde o Egipto, durante 40 anos através do deserto, até à Terra Prometida, 132 anos do nascimento de Jesus Cristo. Quando da expansão militar Romana, sucedeu uma revolta sem sucesso e os Romanos expulsaram os judeus e passaram a designar o território por Palestina. Os Judeus voltaram a reconquistar o território, sobrando a facha de Gaza para os Palestinianos.
    Será que as guerras entre Palestina e Israel terão fim, continuando a existir o Hamas?
    Será que, se o Hamas for eliminado por Israel, ou Hamas não sobrevirá... desde que exista Palestina?

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  5. Pequena paragem para desejar Um óptimo ano, uma recuperação completa, sem mais dores de costas, e muitos dias muito bons.

    um beijinho
    Gábi

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  6. Rosa,
    Também estou do lado dos palestinianos pelas mesmas razões que tu, mas, como diz Bartolomeu, o enquadramento histórico e geográfico não lhes dá razão, dão abrigo ao Hamas. No entanto, não há que haver razão que se "discuta" em guerras. Seria tão bom, se se pudesse discutir em "reuniões". Sou idealista, o mundo poderia ser tão melhor.
    Beijinho.

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  7. Resta perguntar a quem interessa o acender deste novo rastilho?
    Uma guerra nunca é só um confronto este dois ou mais países. Há sempre coisas escusas por trás.

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  8. ... os israelistas semeiam ventos de guerra em território onde devia haver paz, mais parecendo que a sede de vingança(?!) da sua história passada não tem fim e que os palestinianos são o "bode expiatório"...

    abraço e um óptimo ano.

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  9. razões para apoiar os palestinos - as mesmas que nos fizeram apoiar os judeus -, em situações similares, por ocasião da 2ª grande guerra.


    deixo um abraço fraterno e solidário.

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  10. Caro Batista
    Uma visita do lado de lá do Atlântico é sempre recebida com agrado, por isso obrigada!
    Quanto aos judeus tens toda a razão, nessa altura eles eram o povo mártir, daí também estarmos do seu lado ao sabermos, através de vários tipos de relatos, do seu quase aniquilamento.
    Só que eles, esquecidos da sua história, acham que a solução final é dizimar os palestinianos, independentemente de estarem ao lado do Hamas ou não...

    Abraço

    Nota: não consegui aceder ao teu blogue.

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  11. Não consigo deixar de estar com os palestinianos e só lamento que entre si não se entendam e ganhem força para fazerem valer os seus direitos e a sua razão. Israel pode ter direito a existir naquele espaço geográfico mas devia ter a humildade de saber compartilhar um território e lembrar que, para ganhar espaço, expulsou quem vivia nele.A ostentação da força é repugnante. Ignorar o que a guerrilha pode conseguir, é estúpido. Ter atacado agora enquanto Bush ainda é presidente, é oportunismo cobarde.
    Lamento sentir assim e esquecer todos os israelitas que também sofrem com a guerra.

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  12. Quanta razão engloba a frase do padre António Vieira.
    Apoio o que expões e solidarizo-me contigo neste canto comum a um sonoro basta já. Sei que não depende de nós, pois o ser solidários e sofrer na distância a crueldade de uma guerra inútil de pouco serve, os devem intervir permanecem apáticos.

    Um grande abraço

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  13. apoio o povo palestiniano, não o Hamas, que pôs fim às tréguas de paz com o envio dos primeiros "rockets" para Israel, Rosa.

    claro que esta reacção israelita não tem qualquer justificação, a não ser a tentativa de exterminação de um povo. nunca se pareceram tanto com Hitler...

    abraço

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