"É a guerra aquele monstro que quanto mais come e consome tanto menos se farta." - Padre António VieiraO conflito do Médio-Oriente, que nos entra todos os dias olhos dentro a partir da televisão, tem-nos dado a oportunidade de ver as diferenças abismais existentes nos dois lados.
Tirando a dor e as lágrimas perante a morte de seres queridos que são iguais nos palestinianos e nos israelitas, constatamos no cenário apresentado pelos reporteres que, apesar dos rockets do Hamas, tudo se encontra a funcionar dentro da normalidade possível, em Israel. Os carros circulam, as árvores estão verdejantes, os edifícios de pé e com a monitorização por computadores os alertas são dados atempadamente para as pessoas poderem aceder aos abrigos; assim o número de mortos é bastante reduzido e os feridos têm acesso a bons hospitais onde nada falta.
Do outro lado vemos destruição, miséria, lama, frio, crianças na rua sem qualquer protecção, sabemos que nos hospitais os profissionais da Saúde se defrontam com gravíssimos problemas para realizarem o mais simples tratamento, não há comida, medicamentos, não há aquecimento, enfim não se vive.
Os palestinianos estão encurralados numa nesga de território, sujeitos a um sofrimento incomensurável, enfrentando uma crise humanitária sem fim à vista.
Numa semana, os ataques do Hamas provocaram a morte a 4 israelitas e os de Israel provocaram a morte a 424 palestinianos.
É por esta desigualdade que eu estou do lado dos que mais sofrem - os palestinianos.