quinta-feira, março 15, 2012

Assalto


Não foi bem assim mas como a fotógrafa foi apanhada de surpresa teve que se valer desta imagem bem expressiva do acto em si...
Entraram por uma janela que forçaram, acenderam todas as luzes e transformaram a minha casa numa espécie de arraial minhoto!
Quando voltámos de Lisboa no sábado, por volta das 8 h da noite, estranhámos ver todas as luzes acesas...
Como saio sempre do carro antes dele entrar no jardim após a abertura automática do portão, dirigi-me às traseiras e encontrei a porta da marquise aberta. Entrei e gritei:
- Quem anda aqui?
Ao fundo da cozinha surgem-me dois jovens, deu para ver bem o rosto do mais baixo, a forma como estava vestido e um estranho olhar de animal acossado, atrás estava o outro mas apenas deu para perceber que era bem mais alto.
Pensei dar um passo em frente para me atirar a eles mas numa fracção de segundos avaliei o perigo, recuei, fechei a porta da marquise convencida que os tinha encurralado e gritei para o meu "compagnon de route", que ainda estava a sair do carro, que corresse para a frente da casa para não os deixar sair.
Ainda mal refeito do espanto assim fez mas os ladrões já tinham escapado pela janela do escritório e fugiram rua acima desaparecendo na noite!
Chamámos a GNR e fomos verificar os estragos feitos. Entre muitos objectos também foi o meu computador!
Felizmente chegámos a tempo de não fazerem uma maior "limpeza" mas um susto como aquele não o  desejo a ninguém!
Ainda me sinto afectada com a situação. Medo, impotência,  raiva de ficar sem objectos de que gostamos e que têm valor, sobretudo afectivo, asco pela violação da nossa privacidade uma vez que remexeram em muita coisa...
Depois foi ter que responder a todas as questões dos agentes, algumas impossíveis de responder porque tudo se passou quase em segundos...foi ter que fazer a lista de tudo o que nos faltava o que também não foi fácil, logo ali em cima da hora.
Como uma janela foi arrombada tivemos que arranjar uma solução de emergência para o fim de semana e na segunda feira foi possível resolver o problema logo de manhã, graças à prontidão dos funcionários da  firma que nos apoia nestes arranjos.
Já tenho um novo computador mas lamento imenso ter perdido todas as fotografias que tirei de há seis anos a esta parte. É que há locais onde não voltarei, instantâneos que fixei que não se vão repetir, encontros de amigos e amigas, de família, o crescimento do meu neto  visto pelo meu olhar!...Tanta coisa!
Agora já tenho um disco de segurança..."depois de casa roubada, trancas na porta"!
Mas pelo menos os meus caríssimos leitores ficam livres durante algum tempo dos meus enigmas!
Procurei ser bastante sintética sem deixar de vos transmitir a má experiência que vivi e da qual ainda não recuperei totalmente!

32 comentários:

  1. Nem sei que te diga, é devastador quando isso acontece, há coisas que valem muito mais que dinheiro porque o que tem valor sentimental ou recordações é, realmente, insubstituível.
    Não é que valha de muito mas, pelo menos, não houve agressões físicas algo que está a ficar incontrolável.

    Bjos

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  2. Caso não fosse minha amiga diria frio e distante: isso vai-se tornando banal...
    Todos os dias há mais de um caso em cada jornal

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  5. Bem, Rosa dos Ventos, que experiência mais desagradável! É por essas e por outras que sempre relutei em habitar numa moradia. Um apartamento num andar relativamente elevado, é sempre uma segurança maior. Não tarda, vamos andar todos armados tipo Farwest. Eu tenho uma fisga, mas ando a pensar em adquirir artilharia mais pesada:)

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  6. Ai, Rosa, tadinha de ti! lamento mesmo, isso é uma invasão, muito mais do que do espaço físico.

    Agora, posso dizer que vocês têm muita sorte de viverem em Portugal e não sei em que cidade, mas em uma dessas de tamanho médio, onde os roubos a casas não são a mão armada e onde os gatunos se escapam com um grito de mulher. Há muito pior neste mundo, acredita.

    A "suavidade" da situação, em comparação com outros sítios, não elimina o stress e o trauma que ainda devem acompanhar-vos algum tempo. E pior que tudo isso que passa, é a frustração do perdido, das fotos e conteúdo que nunca mais será reposto.

    Mas olha, cada um de nós é o que é pelas experiências que viveu, pela beleza que viu, pelos momentos que disfrutou, então, todos os momentos retratados nessas memórias perdidas, vivem hoje em vocês e se refletem no vosso olhar sobre o mundo e nas conversas e referências que só podem ser produzidas por vocês.

    Qto à sensação de invasão de intimidade, essa não tem jeito. Só posso solidarizar-me convosco, eu tb já passei por isso.

    Beijo carinhoso,
    Lori

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  7. imagino que nunca recuperamos...

    roubam um bocado de nós, para sempre.

    abraço Rosa

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  8. Amiga,

    Sei que vais ficar assim "abilolada" durante algum tempo mas tudo porque te sentiste violada na tua privacidade.

    Assim fiquei eu há muitos anos atrás quando me assaltaram o carro e me deixaram a carteira toda devassada em cima do banco traseiro. Levaram tudo o que tinha realmente valor mas em mim ficou a sensação de ter sido violada na minha privacidade.

    Vai passar, podes crer.

    Beijosssss

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  9. Qualquer dia, a continuar assim ainda, em vez de ficarmos indignados, vamos ter de agradecer...

    Estes tinham rostos. Mas há os que nem rosto têm e, todos os dias, nos assaltam sem arrombarem janelas.

    Beijo

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  10. Bem sei o que isso é! Aconteceu-me o mesmo em Dezembro - um 4º andar, com porta fechada com 4 voltas de chave... Porta aberta sem estragar - o pior foi cá dentro!

    Passa, mas não se esquece.
    Abraço

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  11. Rosa, como lamento! Considere a hipótese de colocar um alarme dos que funcionam via rádio e portanto mais difícil de o desligarem. Não quer dizer que isso seja garantia de não tentarem, mas como gritam que se fartam sempre os põe a fugir!
    Tente esquecer o que perdeu e quanto ao sentir danos na sua privacidade é psicológico e acaba por passar sobre tudo se pensar que saíram ilesos!

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  12. Já tive um comentário feito para a RV , não sei que comando dei e desapareceu tudo..
    O que lhe aconteceu é horrível e durante uns tempos até pesadelos temos.
    Dizia-lhe eu de tarde , para sempre que tenha + ou - 150 fotografias , mande fazer álbuns digitais e além de ser mais fácil de ver e de mostrar , é outra segurança.Um abraço de solidariedade M.A.A.

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  13. Rosa querida
    Lamento imenso! É assustador, deve ser uma experiência terrivel que deixa as suas marcas.
    sabes um cunhado meu tambem encontrou dois ladroes em casa um fugiu comos valores roubados o outro que ficou o meu cunhado deu-lhe uma sova de porrada, bom foi a tribunal e ainda teve que lhe pagar uma ideminização durante 6 anos porque não podia fazer justiça com as próprias mãos, os ladroes alegaram que apenas queriam pão, e o ouro computadores LCDS e outras coisas mais não apareceram mais.

    Beijinho e uma flor

    Beijinho e uma flor

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  14. Lamento Rosa :(

    Sei bem o que isso é porque também já passei pelo mesmo...e nunca esqueci.

    Não vi ninguém, mas ainda me lembro da sensação horrível de chegar a casa e ver tudo de pernas pró ar, gavetas e armários abertos, coisas partidas, tudo desarrumado...levaram algumas coisas, mas pior que isso foi saber que alguém esteve lá em casa e que andou a mexer no que é meu.
    Tive medo, chorei, revoltei-me, irritei-me até com a polícia e cheguei a desconfiar de tudo e de todos...enfim!

    Abraço de solidariedade :)

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  15. Rosa
    Lamento imenso o que te aconteceu. Compreendo bem, já fui assaltada 2 vezes. De uma vez assaltaram-me a casa e roubaram-me todas as jóias e objetos valiosos (que podiam não ser muitos mas tinham im grande valor afetivo). De outra vez, assaltaram o carro e roubaram-me o computador. É tremendo o sentimento de impotência e de violação de privacidade.
    Coragem.
    Bjs

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  16. É um frio que nos percorre o corpo, durante muito tempo.
    E dos objectos afectivos nunca recuperamos...

    Um abraço.

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  17. Eu vi a referência a um assalto no FB mas pensei que o ladrão(ões) fosse outro!
    Deve ser horrível! Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que aqui dizem ter passado pelo mesmo!
    Penso que só o tempo ajuda mas há coisas que não se esquecem!

    Um abraço

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  18. Cara confrade Rosa dos Ventos!
    Lastimo saber que você também foi vítima de meliantes. Ufa!!! Que alívio!!! Ao menos você não sofreu agressão física...
    Por coincidência, ontem, mantive um colóquio telefônico com meu irmão mais velho, que reside na minha cidade de nascença, Santo André-SP, e ele me disse que a capital do reino distante além-mar é considerada uma das mais seguras da Europa...
    Você nem imagina os sobressaltos constantes que vivemos aqui na Região Metropolitana de São Paulo, que é composta de 39 municípios e conta com mais de 20 milhões de habitantes... São latrocínios, estupros, sequestros, roubos, furtos, estelionatos... Saimos de casa e não sabemos se retornaremos incólumes...
    Tenho uma casa no município de Guarujá-SP, onde residi por 25 anos, que foi completamente depenada, até as torneiras os facínoras levaram... Ainda não consegui vendê-la, porque os interessados querem comprá-la na bacia da almas...
    Caloroso abraço! Saudações solidárias!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP


    PS - Estou aqui na banda de cá torcendo intensamente pela recuperação plena e célere do nosso estimado confrade Rui da Bica!!!!!!!!!!!
    Por Dionísio, como ele faz falta!!!!!

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  19. Apenas envio um beijinho desejando melhores dias e quem sabe, talvez, a recuperação do que foi roubado.
    AS

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  20. Imagino o susto , Rosa. Felizmente nunca me assaltaram a casa ( embora eu já tivesse sido assaltado) talvez porque o alarme os dissuade.
    O pior de tudo - falo pela experiência que tive- é o sentimento de impotência e a perda de coisas que nos eram queridas e que pouco ou nenhum proveito vão dar aos ladrões. Contribui ainda mais para avivar a revolta.
    Infelizmente estas situações são cada vez mais frequentes e não vejo hora de lhes pôr cobro.
    Aceite o meu abraço solidário.

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  21. Sem querer ser pessimista, esta é uma situação que nunca mais esquecerás e que te vai tirar algumas horas de sono nos próximos dias.
    As luzes todas acesas! Mas que à vontade! O que faz a prática e o saber que a possibilidade de serem apreendidos e punidos é mínima.
    Não sei que te dizer, Rosa dos Ventos.
    Abraço

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  22. Vim retribuir aquele abraço a que sempre me habituaste, quando me sabias em baixo.
    Não tendo nunca passado por uma situação assim numa casa minha, recordo-me, há anos atrás, do "assalto" em casa dos meus pais e de ter jogado fora toda a roupa interior que tinha nas gavetas (tratou-se de um empregado que juntou um grupo de amigos/as e foram para lá fazer a festa, mexendo em tudo o que acharam interessante). Do que levaram, meu, apenas senti falta às fitas do final de curso, mas senti esse asco de que falas durante meses, mesmo após a limpeza a fundo do quarto.
    Quanto ao bem maior que perdeste, as memórias, por mais que possam dizer que elas estão em nós, não é verdade que assim seja. A nossa memória não tem capacidade para armazenar tanta coisa. Em dezembro perdi um mês de filmagens. Fiquei destroçada dias a fio, por se tratar de experiências pioneiras do meu filho que, a serem repetidas, nunca serão iguais. Não quero imaginar o que seria se perdesse as milhares de fotos e filmagens destes 5 anos.
    Força, minha querida! É só o que te posso dizer.

    (sobre a questão dos álbuns digitais, se fores como eu e tiveres o vício de clicar a toda a hora, é impossível fazê-los. Fiz até aos 18 meses do Diogo e via-me grega para selecionar as melhores. Agora só já os faço em aniversários e festas maiores...também porque me ficam caros, é um facto.
    Aconselho-te, sim, a teres um disco externo e ainda a fazeres CDS/DVDS, mas isso já o saberás, certamente)
    Outro abraço, minha querida.
    Nina

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  23. Um dos bancos onde trabalhei (já lá vão quase trinta anos) foi assaltado à mão armada duas vezes e ainda não deu para esquecer...
    Essa situação é bem diferente, muito mais íntima, compreende-se que a revolta seja ainda maior. Não sei como reagiria…
    Deixo-lhe um abraço de solidariedade.

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  24. Menina, que susto! E que medo! Tiveste "sorte" por não te darem uns estalos. Que horror!

    Beijinhos solidários (contigo! Não com os ladrões...)

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  25. Nem imagino como te sentiste, amiga. Já tinha visto a tua descrição no FB, embora não tão pormenorizada. Lamento muito todas as tuas perdas, principalmente as de carácter afectivo. Coragem e um grande beijinho

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  26. Cada vez mais vejo e ouço relatos dessas situações.Deve ser horrível passar por tudo isso.As nossas "coisinhas"todas remexidas!
    Há uns meses mandei colocar um alarme,confesso que desde então saio de casa muito mais descansada.
    gb

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  27. Rosa, entendi errado quando soube do acontecido. Pensei que tivesse acontecido em Lisboa.

    Lamento mais ainda que tenha sido no teu lugar de sossego e reflexão. Só o tempo vai te ajudar a superar. Tens o meu carinho.

    Beijos da Pit.

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  28. Voooooooooooooooolta Salazar, estás perdoado.

    Kamaradov

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  29. Agradeço a todos os amigos que me deixaram aqui uma palavra de ânimo e de solidariedade!

    Abraço

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  30. Para o/anónimo/a AS apenas lamento não conseguir identificá-lo/a...:-))

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  31. Bolas! imagino o susto e o mau estar! Vai demorar um tempinho até o susto passar, infelizmente cada vez é mais perigoso deixar a casa desabitada nem que seja um dia.
    Um grande beijinho

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  32. cantinhodacasa18 março, 2012 19:55

    "asco pela violação da nossa privacidade ..."
    É disto que mais receio tenho.
    Penso que a Rosa reagiu da melhor forma. Mas também se o marido os apanhasse pela frente, poderia ter outras consequências.
    O ano passado, os meus tios com 80anos, quando chegaram da fisioterapia viram a porta de casa aberta.A casa fora assltada.
    Levaram todo o ouro que a minha tia tinha, foto da falecida filha, mexeram em tudo.
    Hoje, ela diz que não consegue ainda dormir pelo que viu quando entrou e casa.
    Lamentável o que se está a passar no nosso país.
    Ninguém está seguro de nada.
    Lamentável também sabermos que perdemos as coisas que nos custou a ter, principalmente essas recordaçoes de lugares onde não irá.
    Mas vão-se os anéis, ficam os dedos.
    Um beijinho
    Maria

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